CESA, autor em CEsA - Página 4 de 65

CESA

Mundo Crítico n.º 1: A propósito de fragilidades e complexidades do desenvolvimento


Resumo:

Numa era de múltiplos desafios, da escala local à escala global, “Mundo Crítico – Revista de desenvolvimento e cooperação” quer responder à necessidade de debate entre actores sociais públicos e privados, de maior ou menor dimensão, de âmbito geográfico ou temático, com um empenhamento crítico, persistente e dialogante. Procura suscitar diálogos improváveis entre texto e imagem, entre arte e ciência, entre académicos, artistas, técnicos, entre pessoas que falam português em diferentes espaços geográficos ou culturais. O debate pretende-se abrangente, com especial enfoque nas transformações sociais, económicas ou políticas em curso no mundo de que fazemos parte.

A linha de orientação deste espaço tem por base uma visão do desenvolvimento como acção social multidisciplinar e de complementaridade entre diversos intervenientes, individuais e colectivos. Considera que a cooperação entre povos é um dos pilares sobre o qual se pode construir uma visão comum dos direitos humanos, do bem estar e do progresso da humanidade, hoje e de futuras gerações. Uma revista de pensamento crítico para reflectir e agir.

Citação:

ACEP & CEsA (2018). “A propósito de fragilidades e complexidades do desenvolvimento”. ISEG/CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento. Revista Mundo Crítico nº 1 (Jan 2018). ISSN 2184-1926.

Os Actores Não Governamentais na Avaliação: Exemplos práticos em Moçambique e Guiné-Bissau


Resumo:

Esta obra foi concebida de forma específica, no sentido de que primeiro se realizaram as avaliações dos projectos e, só depois destas concluídas, se pensou em publicar um pequeno livro com as mesmas. Ora não tendo havido coordenação nem debate entre a ”lógica de teorização” e a “lógica da prática” da avaliação que se pretendia que os avaliadores utilizassem (algo que teria sido sem dúvida interessante se feito previamente ao exercício de avaliação dos projectos) não foi viável para a publicação refazer alguns aspectos das avaliações para tomar em conta sistematicamente o debate internacional sobre as metodologias seguidas. O livro tem uma parte inicial com um primeiro capítulo de Ana Filipa Oliveira que nos oferece um quadro histórico das ideias sobre avaliação e da sua institucionalização a nível dos diferentes financiadores da Cooperação; um segundo capítulo de Jessica Santos procura analisar as fundações enquanto actor da Cooperação, retomando parte da sua investigação para mestrado. Uma segunda parte contém o capítulo de avaliação executado por David Ávila do projecto “Árvore da Esperança” na Província de Maputo, mais especificamente na Vila da Namaacha na área da produção agrícola com uma componente importante de investigação, bem como do projeto “Ponto por Ponto com Saúde” em Inhambane. Jerusa Costa é a autora do capítulo seguinte onde avalia um conjunto de projectos apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian na área da saúde na Guiné Bissau capítulo termina com um comentário de resposta da ACEP ao exercício de avaliação que Jerusa Santos realizou do projecto “Mulheres e Desenvolvimento: auto-emprego e auto-confiança”. Por último Carlos Sangreman escreve as conclusões e as recomendações, sugerindo a efectiva institucionalização da avaliação no contexto da cooperação não-governamental, através da realização de um projecto-piloto de certificação.

Citação:

Sangreman, Carlos (Coordenação) .(2014). Os actores não governamentais na avaliação : exemplos práticos em Moçambique e Guiné-Bissau. Edição CEsA. Apoio Fundação Calouste Gulbenkian. 2014

Oficina Global colabora com o CIDAC no número 4 da revista digital multimédia Outras Economias


No passado dia 7 de novembro, ocorreu o lançamento do número 4 da Revista Outras Economias, uma publicação digital multimédia quadrimestral sobre economia e alternativas económicas editada pelo Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral – CIDAC que nesta edição foi construída em colaboração com a Oficina Global.

Para marcar o lançamento, o CIDAC e a Oficina Global convidaram a Wiki Editoras Lx e a Shifter para uma conversa em que falou-se de tecnologia e inovação, disputas de poder, do resgate da imaginação e do coletivo e da importância do feminismo na construção de narrativas e espaços mais plurais. Se tens curiosidade nestes temas convidamos-te a ler a revista: #4 Inovar ou morrer? Inovação, tecnologia e economia

Texto: Oficina Global

Programa da temporada 2024/2025 do Ciclo de Cinema e Descolonização, atividade paralela à exposição ‘Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário’


O Ciclo de Cinema e Descolonização regressa com uma nova temporada 2024/2025, trazendo sessões mensais em formato cineclube para explorar os legados e as memórias da descolonização. A iniciativa decorre paralelamente à exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário, patente no Museu Nacional de Etnologia até 2 de novembro de 2025.

As sessões terão lugar de novembro de 2024 a junho de 2025, em datas que correspondem sempre a um sábado, pelas 10h. As projeções terão lugar, maioritariamente, no Auditório 2 do ISEG – Lisbon School of Economics and Management/ULisboa (Rua do Quelhas nº 6, 1200-781, Lisboa) e uma única projeção no Auditório do Museu Nacional de Etnologia a 5 de abril de 2025 (Avenida da Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa). Cada exibição contará com a presença de artistas envolvidos na realização dos filmes, bem como de investigadores e moderadores indicados pelo CEsA.

Sobre o Ciclo de Cinema e Descolonização
Urge entender a descolonização como um processo ainda em curso, que é preciso aceitar e integrar na dinâmica social, política, cultural e pessoal. O projeto visa criar um espaço de partilha, aberto e dinâmico, em que possam surgir memórias, narrativas, diálogos e reflexões. Tem coordenação da investigadora Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e curadoria da investigadora e realizadora moçambicana Isabel Noronha (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e do cineasta Camilo de Sousa.

Coordenação: Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa)
Curadoria: Isabel Noronha (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e do cineasta Camilo de Sousa
Consultoria científica: Isabel Castro Henriques (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa), Joana Pereira Leite (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa)
Colaboração: Luca Fazzini e João Moreira Silva
Apoio: CEsA/CSG/ISEG-ULisboa

 

Leia mais:

Ciclo de Cinema e Descolonização inaugura mostra de filmes no âmbito da exposição ‘Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário’, com primeira sessão a 9 de Novembro no ISEG

Exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário” patente no Museu Nacional de Etnologia até 2 de novembro de 2025

Exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário” (site do Museu Nacional de Etnologia)

 

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: CEsA/Reprodução

Edições Colibri lança guia que acompanha a Exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário”, patente no Museu Nacional de Etnologia


A Exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades, patente ao público até 2 de novembro de 2025 no Museu Nacional de Etnologia, é acompanhada pela edição de um livro homónimo, publicado pelas Edições Colibri, em cujas 344 páginas os cerca de 30 investigadores que colaboraram no projeto desenvolvem os vários temas abordados.

Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades é um guia que acompanha a exposição, concebida e coordenada pela historiadora Isabel Castro Henriques, que visa apresentar as linhas de força do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX. Tem como objetivos desconstruir os mitos criados pela ideologia colonial, descolonizar os imaginários portugueses e contribuir, de forma pedagógica e acessível, para uma renovação do conhecimento sobre a questão colonial portuguesa.

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Comunicação do Museu Nacional de Etnologia e das Edições Colibri
Imagem: Reprodução

Investigadora do CEsA inaugura a exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades”


A historiadora e investigadora do CEsA, Professora Doutora Isabel Castro Henriques (CSG/ISEG-ULisboa, Portugal) inaugurou no passado 29 de outubro de 2024 a Exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades, patente até 2 de novembro de 2025 na maior sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Etnologia (Avenida da Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa).

O projeto foi concebido e coordenado por Castro Henriques para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, sublinhando a importância de revisitar, refletir e compreender a história do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX para construir um futuro mais inclusivo. É co-organizado pelo CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e pelo Museu Nacional de Etnologia, com apoio da Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril.

A convite de Castro Henriques, a sessão de abertura teve a participação do Presidente do CEsA, Eduardo Moraes Sarmento (CSG/ISEG-ULisboa), do Diretor do Museu Nacional de Etnologia/Museu de Arte Popular, Paulo Ferreira da Costa, do Presidente da Museus e Monumentos de Portugal – EPE, Alexandre Pais, e da Secretária de Estado da Cultura, Maria de Lourdes Craveiro. Sarmento evocou o poema de Eugénio de Andrade, Urgentemente, para assinalar a importância da liberdade, cultura e memória enquanto valores constituintes das experiências individuais e coletivas para uma sociedade mais justa e solidária.

“A valorização da cultura, das tradições e da memória poderão ajudar a superar as desigualdades sociais e promover o diálogo intercultural. É impreterível que a nossa comunidade faça a sua parte para preservar o que não podemos esquecer enquanto sociedade, para que todos possamos aprender com as lições do passado, evitando perpetuá-las, e pacificando os nossos laços com a história”, disse Sarmento na abertura da exposição.

Estrutura da exposição

Dois eixos centrais estruturam a exposição: o poder da narrativa histórica, que parte do trabalho de pesquisa de cerca de 30 investigadores e investigadoras e do contributo de documentação iconográfica cedida por entidades portuguesas e estrangeiras, para articular texto e imagem que dão voz ao conhecimento histórico; e a voz das culturas africanas, que através de 139 obras de arte nos revela as evidências materiais dos pensamentos e das culturas de África, desafiando os estereótipos perpetuados pela ideologia colonial. Este segundo eixo da exposição é constituído por uma seleção de obras das coleções do Museu Nacional de Etnologia, peças em depósito da Fundação Calouste Gulbenkian e das coleções de Francisco Capelo, Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko e Mónica de Miranda.

A Comissão Executiva da Exposição é presidida por Isabel Castro Henriques e integrada por Inocência Mata, Joana Pereira Leite, João Moreira da Silva, Luca Fazzini e Mariana Castro Henriques, e a sua Comissão Científica, igualmente presidida por Isabel Castro Henriques, é constituída por 20 elementos, entre os quais António Pinto Ribeiro, Aurora Almada Santos, Elsa Peralta, Isabel do Carmo e José Neves.

Programa paralelo

A exposição abrange ainda um extenso programa paralelo, constituído pela realização de um Ciclo de Cinema e Descolonização, com sessões no ISEG e no Museu Nacional de Etnologia, uma exposição itinerante em escolas e centros culturais em Portugal e em espaços de língua portuguesa em África e no Brasil, um ciclo de conversas a decorrer no Museu Nacional de Etnologia intitulado Desconstruir o Racismo, Descolonizar o Museu, Repensar o Saber, além de conferências e colóquios de caráter científico.

A realização da exposição é acompanhada pela edição de um livro homónimo, publicado pelas Edições Colibri, em cujas 344 páginas os cerca de trinta investigadores que colaboraram neste projeto desenvolvem os vários temas abordados.

 

Leia mais:

Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário (site da Edições Colibri)

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Comunicação do Museu Nacional de Etnologia
Imagens: Iria Simões

Gravação do Seminário “A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras” disponível no canal de YouTube do CEsA


O Seminário A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras teve lugar no dia 14 de novembro, às 16h30, na Sala Novo Banco do ISEG, apresentado por Tarik Almeida, doutorando em Teoria e História Literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem – Unicamp (IEL/Unicamp – CAPES/Brasil). A palestra foi gravada e agora está disponível no canal de YouTube do CEsA. A sessão foi promovida no âmbito do estágio de investigação que Almeida está a realizar desde setembro no CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento, sob a supervisão da investigadora Jessica Falconi, ao abrigo do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES).

A Ilha de Moçambique foi apresentada como um lugar paradigmático, em razão da sua geografia, topografia e historiografia, sendo objeto de algumas reflexões ricas e inovadoras:

  • Anteposto africano com importância histórica para o colonialismo português na costa oriental africana;
  • Fragmento identitário e paradigmático da Nação, desconstruindo a ideia de uma identidade nacional única;
  • Espaço marcado por paisagens líquidas, húmidas e marítimas, que interligam o humano e o não-humano.

À luz da ecocrítica, Almeida observou o Oceano Índico não apenas como uma zona de fronteira e um lugar transnacional, mas também como um método de análise crítica, promovendo uma abordagem oceânica que ultrapassa os limites da Nação. A O investigador fez as leituras de poemas de Rui Knopfli, Luís Carlos Patraquim, Ana Mafalda Leite e Sangare Okapi, os quais inspiraram a reflexão sobre o Índico enquanto rede poética e cartografia de espaços recuperados.

Assista à gravação

Leia mais:

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: CEsA/Reprodução

Mobility and Public Transport in Post-independence Mozambican Fiction (1992-2022)


Resumo:

Este artigo analisa representações de mobilidade e transporte público nos seguintes romances moçambicanos: Terra Sonâmbula (1992) e O Outro Pé da Sereia (2006) de Mia Couto, O Comboio de Sal e Açúcar (1999) de Licínio Azevedo, e Museu da Revolução (2022) de João Paulo Borges Coelho. Apesar da importância da mobilidade e do transporte público nestas obras, a investigação existente não tem abordado estes temas, optando antes por categorias mais tradicionais como “viagem”, “diáspora” e “migração”. Focando-se nas representações literárias do transporte público e da infraestrutura de mobilidade – isto é, autocarros, navios e estações ferroviárias (Couto), um comboio de movimento lento (Azevedo) e uma carrinha Toyota Hiace (Borges Coelho) –, este artigo procura demonstrar o papel central que o binómio mobilidade/imobilidade desempenha na representação de Moçambique pós-independência. O principal argumento deste artigo é que as imagens da ferrovia, da estrada, da automobilidade e da viagem marítima constituem a força motriz literal das narrativas e contribuem para a (des)construção do espaço nacional. Recorrendo a perspetivas literárias sobre estudos de mobilidade e abordagens do sistema-mundo desenvolvidas no âmbito da literatura-mundo (Warwick Research Collective), argumento que os tropos da mobilidade e as representações do transporte público nos quatro romances registam e codificam as transições sociais, políticas e económicas na história colonial e pós-colonial de Moçambique e a sua incorporação no sistema-mundo capitalista.

Citação:

Falconi, J. (2024). Mobility and Public Transport in Post-independence Mozambican Fiction (1992-2022). English Studies in Africa67(2), 61–76. https://doi.org/10.1080/00138398.2024.2384758

Seminário “A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras” a 14 de novembro, 16h30, no ISEG


O CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento convida ao Seminário A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras, que terá lugar no dia 14 de Novembro, às 16h30, na Sala Novo Banco – ISEG (Rua do Quelhas 6, Edifício Quelhas, 4º Piso) com entrada livre.

A apresentação será realizada por Tarik Almeida, doutorando em Teoria e História Literária no Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (IEL/Unicamp – CAPES/Brasil). O investigador está desde setembro a fazer um estágio acolhido pelo CEsA, sob a supervisão da investigadora Jessica Falconi e no âmbito do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES).

 

Sobre A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico entre fragmentos e fronteiras

  • De que forma a Ilha de Moçambique e o Oceano Índico podem ser estudados enquanto dispositivos “estéticos e conceptuais” para as Literaturas Africanas?
  • Como poderá a posição genealógica da Ilha de Moçambique e do Oceano Índico influenciar a construção de identidades poéticas e culturais em Moçambique e, mais amplamente, na literatura africana?
  • Que desafios e oportunidades surgem na crítica literária contemporânea das Literaturas Africanas com a incorporação de perspetivas ecocríticas?

Este seminário visa interrogar ou revisitar dois dispositivos importantes para um estudo sistemático da poesia moçambicana, dentro de seu cariz índico: a Ilha de Moçambique e o Oceano Índico. Para isso, buscamos pensar na relação entre fragmento(s) e fronteira(s) para revisitar: 1) algumas questões históricas e historiográficas da Ilha de Moçambique e do Oceano Índico; 2) a possível posição genealógica da Ilha e do Índico como dispositivos “estéticos e conceituais” (Brugioni, 2021) para o estudo de Literaturas Africanas; 3) o papel da crítica literária das Literaturas Africanas na era Contemporânea, dentro da vertente da ecocrítica. Desse modo, a relação entre fronteira e fragmento adquire uma visão metodológica e conceitual e serão lidas enquanto unidades de análise para (re)pensar a Ilha de Moçambique e o Oceano Índico e suas fronteiras ecológicas, históricas e culturais. O córpus adotado neste seminário advém sobretudo da poesia moçambicana, a partir da produção poética de autores como Luís Carlos Patraquim, Ana Mafalda Leite e Sangare Okapi, buscando, ao mesmo tempo, inseri-los em quadros de correspondência moçambicana, em suas redes de intertexto.

Sobre Tarik Almeida

Investigador da área de Teoria Literária e Literatura Comparada. Almeida é licenciado em Letras Português e Literaturas Correspondentes e mestre em Letras – Estudos Literários pela Universidade Estadual de Maringá (Brasil). Atualmente é doutorando em Teoria e História Literária no Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Brasil). Desde setembro está a fazer um estágio acolhido pelo CEsA, sob a supervisão da investigadora Jessica Falconi e no âmbito do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES).

 

Leia mais:

Projeto NILUS – Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono

Seminário Entre Comentário e Ativismo: A Perspetiva Ecocrítica na Literatura Africana (Marta Banasiak)

 

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: CEsA/Reprodução

Ciclo de Cinema e Descolonização inaugura mostra de filmes no âmbito da exposição ‘Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário’, com primeira sessão a 9 de Novembro no ISEG


 

O Ciclo de Cinema e Descolonização regressa com uma nova temporada 2024/2025, trazendo sessões mensais em formato cineclube para explorar os legados e as memórias da descolonização. A iniciativa decorre paralelamente à exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário, patente no Museu Nacional de Etnologia.

A primeira sessão, marcada para 9 de novembro, às 10h, no Auditório 2 do ISEG (Rua do Quelhas 6, Edifício Quelhas, 2º Piso – Claustro), exibe o filme Independência (Fradique, 2016, Angola, 105 min). A obra apresenta as memórias da situação colonial em Angola, revela os passos iniciais da luta de libertação e percorre alguns dos seus principais cenários. O debate pós-filme terá a participação de Ana Paula Tavares, poeta, professora e historiadora.

As sessões terão lugar de novembro de 2024 a junho de 2025, com projeções no Auditório 2 do ISEG. Cada exibição contará com a presença de artistas envolvidos na realização dos filmes, bem como de investigadores e moderadores indicados pelo CEsA.

Sobre o filme Independência
A 11 de Novembro de 1975 Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português. O regime de Salazar recusava qualquer negociação com os independentistas, aos quais restava a clandestinidade, a prisão ou o exílio. Quando quase toda a África celebrava o fim dos impérios coloniais, Angola e as outras colónias portuguesas seguiam um destino bem diferente. Só após o golpe militar de 25 de Abril de 1974 ter derrubado o regime, Portugal reconheceu o direito dos povos das colónias à autodeterminação.

Os anos de luta evocados em “Independência” determinaram o rumo de Angola após 1975. Opções políticas, conflitos internos e alianças internacionais começaram a desenhar-se durante a luta anti-colonial. As principais organizações (FNLA e MPLA e, mais tarde, UNITA) nunca fizeram uma frente comum e as suas contradições eram ampliadas pelo contexto da Guerra Fria. A independência foi proclamada já em clima de guerra, mas com muita emoção e orgulho, como é contado no filme.

Produção: Associação Tchiweka de Documentação e Geração 80
Realização: Mário Bastos (Fradique)
Produção: Paulo Lara e Jorge Cohen
Consultoria histórica: Conceição Neto
Investigação: Conceição Neto, Paulo Lara e Mário Bastos (Fradique)
Guião: Mário Bastos (Fradique), Conceição Neto e Paulo Lara
Direcção de fotografia: Kamy Lara
Edição: Charles Alexander, Kamy Lara e Zeno Monyak
Música: Victor Gama
Narrador: Kalaf Epalanga
Voz de Deolinda Rodrigues: Elizângela Rita

 

Sobre o Ciclo de Cinema e Descolonização
Urge entender a descolonização como um processo ainda em curso, que é preciso aceitar e integrar na dinâmica social, política, cultural e pessoal. O projeto visa criar um espaço de partilha, aberto e dinâmico, em que possam surgir memórias, narrativas, diálogos e reflexões. Tem coordenação da investigadora Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e curadoria da investigadora e realizadora moçambicana Isabel Noronha (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e do cineasta Camilo de Sousa.

Coordenação: Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Curadoria: Isabel Noronha (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e Camilo de Sousa
Consultoria científica: Isabel Castro Henriques (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), Joana Pereira Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Colaboração: Luca Fazzini e João Moreira Silva
Apoio: CEsA/CSG/ISEG/ULisboa

 

Leia mais:

Independência – Website da Associação Tchiweka de Documentação

Exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário” patente no Museu Nacional de Etnologia até 2 de novembro de 2025

 

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Associação Tchiweka de Documentação
Imagem: CEsA/Reprodução


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