destaque

Clube de Leitura Development Studies sobre Literaturas Africanas homenageia os 50 anos das Independências Africanas
O CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (ISEG Research) vai lançar, em março de 2025, o seu primeiro clube de leitura, sob a rubrica Development Studies e sob a coordenação da investigadora Susana Brissos, professora auxiliar convidada do ISEG – Universidade de Lisboa.
O Clube de Leitura Development Studies sobre Literaturas Africanas nasce para assinalar os 50 anos das Independências Africanas, iniciando-se com a leitura de Nós, os do Makulusu, do angolano José Luandino Vieira, e Terra Sonâmbula, do moçambicano Mia Couto – dois dos mais destacados escritores contemporâneos de língua portuguesa.
As sessões inaugurais terão lugar a 31 de março e 23 de abril, sempre às 16h30, na Sala 209 do Edifício Francesinhas 1 – ISEG (Entrada pela Rua das Francesinhas, 1200-731 Lisboa, Portugal). A participação é gratuita e a discussão decorrerá em português.
Clube de Leitura Development Studies sobre Literaturas Africanas
31 de março de 2025, 16h30, Sala 209-Ed. Francesinhas 1, ISEG: Livro Nós os do Makulusu (José Luandino Vieira, Angola)
23 de abril de 2025, 16h30, Sala 209-Ed. Francesinhas 1, ISEG: Livro Terra Sonâmbula (Mia Couto, Moçambique)
Sinopse do livro Nós, os do Makulusu (José Luandino Vieira, Angola)
Escrito em 1967 no campo de concentração do Tarrafal (crismado de “Campo de Trabalho de Chão Bom”) em apenas uma semana — “de um só jacto”, para usar as palavras do próprio autor —, Nós, os do Makulusu continua a ser a obra de José Luandino Vieira mais complexa no seu processo de construção de uma linguagem literária com base na linguagem popular de Luanda e das interferências entre as línguas portuguesa e quimbunda. A isso não será certamente alheio o facto de, a par do fluxo do passado — uma constante em todos os seus livros —, o futuro ser também chamado à narrativa, obviamente sob forma prospectiva. Uma narrativa cujo sujeito, interrogando-se até à última linha, é afinal o espelho de uma geração frente à necessidade histórica de uma guerra de libertação — individual e colectiva — e a que coube questionar o passado e partir à invenção do futuro. Terminando por uma interrogação face a esse futuro, o romance mantém-se, hoje, mais actual que no momento da escrita. A resposta à pergunta final continua em aberto.
Sinopse do livro Terra Sonâmbula (Mia Couto, Moçambique)
Primeiro romance do moçambicano Mia Couto, já bem conhecido e apreciado pelo público português, Terra Sonâmbula tem como pano de fundo os tempos da guerra em Moçambique, da qual traça um quadro de um realismo forte e brutal. Dentro deste cenário de pesadelo movimentam-se personagens de uma profunda humanidade, por vezes com uma dimensão mágica e mítica, todos vagueando pela terra destroçada, entre o desespero mais pungente e uma esperança que se recusa a morrer. Terra Sonâmbula é um romance admirável, sem dúvida uma das melhores obras literárias que nos últimos anos se escreveram em português. Foi considerado um dos melhores livros africanos do século XX.
Sobre o Clube de Leitura Development Studies
O projeto visa criar um espaço de diálogo aberto e criativo entre pessoas interessadas em explorar, aprofundar conhecimentos e discutir perceções sobre as Literaturas Africanas. A ideia é trabalhar a literatura produzida em língua portuguesa no âmbito dos países da CPLP e eventualmente alargar a outros autores africanos e da América Latina. Tem coordenação da investigadora Susana Brissos (CEsA/ISEG RESEARCH/ISEG/Universidade de Lisboa) e apoio do CEsA (ISEG RESEARCH/ISEG/Universidade de Lisboa).
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução

Colóquio A Revolução e a Economia debate o impacto do 25 de Abril na economia e na política, a 15 de março no ISEG
O CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e a iniciativa Abril É Agora irão promover um evento aberto para analisar o 25 de Abril nas suas relações com a economia e a política e debater os antecedentes e o legado da experiência revolucionária. O Colóquio A Revolução e a Economia reunirá historiadores, economistas e especialistas das ciências sociais a 15 de março (sábado), das 10h30 às 18h, no Auditório 2 do ISEG (Rua do Quelhas 6, Edifício Quelhas, 2º Piso – Claustro), com entrada livre.
A Revolução e a Economia || Abril é Agora / CEsA || 15 março || ISEG (Auditório 2, Edifício Quelhas, 6)
Até que ponto e de que forma é que a irrupção revolucionária de 25 de Abril de 1974 foi consequência do esgotamento do modelo económico do Estado Novo? Numa altura em que as leituras revisionistas sobre esse modelo ganham fulgor, que balanço devemos fazer das contradições e bloqueios que caracterizavam a sociedade e economia portuguesas nas vésperas da Revolução? Que novas experiências de organização económica foram ensaiadas nas fábricas e nos campos no período revolucionário? Que visões e modelos de sociedade é que essas experiências procuravam concretizar e quais os limites e desafios que enfrentaram? Como, com que atores e com que consequências teve lugar a transição liberal na ressaca da Revolução?
Cinquenta anos volvidos sobre o período revolucionário desencadeado pelo 25 de Abril de 1974, o Abril é Agora e o CEsA -Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento promovem um colóquio para analisar a Revolução de Abril nas suas relações com a economia, incluindo ao nível da política económica e da economia política. Ao longo de um dia de comunicações e debates, pretendemos discutir os antecedentes da Revolução, o processo revolucionário propriamente dito e o legado da experiência revolucionária em termos daquilo que foi conquistado, aquilo que permaneceu e aquilo que foi desmantelado.
No ISEG, em Lisboa, reuniremos historiadores, economistas e outros especialistas no dia 15 de março para debater estas e outras questões de forma rigorosa e tomando partido, como deve fazer toda a boa ciência social. Estão todas e todos convidados a juntar-se a nós para este evento.
Para participares deves inscrever-te aqui: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfIetPmO72pH9zQ-UrAlBHSNwCXJJYWg95CO55b2l19nP9Xxw/viewform?pli=1
PROGRAMA
10h30 – Receção aos participantes
10h45 – Abertura – Alexandre Abreu
11h00 – Painel 1: A crise do modelo económico do Estado Novo
– Guilherme Rodrigues e João Reis: O mito do milagre económico-educacional do Estado Novo
– António Rafael Amaro: O fracasso do modelo de Estado Social Corporativo de Salazar e Caetano
– Manuel Loff: “Ouvem-se já os tambores…”: Guerra e crise de hegemonia da ditadura salazarista (1960-74)
12h30 – Pausa para almoço
14h00 – Painel 2: PREC, economia e participação popular
– Ricardo Noronha: A via portuguesa para o socialismo: planos, projetos e debates (1974-76)
– Pâmela Cabreira: A autogestão em fábricas têxteis durante o PREC: limites e desafios
– Cecília Honório e Rita Calvário: A Revolução de Abril vivida pelas mulheres rurais
15h30 – Pausa para café
15h45 – Painel 3: O refluxo da Revolução e a transição liberal
– Ana Costa: O Banco de Portugal e a produção e disseminação de ideias económicas na transição liberal
– Maria Clara Murteira: O refluxo dos direitos sociais na transição liberal
– Carlos Bastien: O desenvolvimento económico português antes e depois da revolução de Abril visto do ISEG
17h15 – Encerramento – Francisco Louçã
Leia mais:
Colóquio A Revolução e a Economia – Site Abril É Agora
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações do Abril É Agora
Imagem: Abril É Agora/Reprodução

ACEP, CEsA e Universidade de Aveiro realizam sondagem de opinião sobre a Cooperação para o Desenvolvimento portuguesa com financiamento do Camões, I.P

O CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento, a ACEP – Associação para a Cooperação entre os Povos e o Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro apresentarão, no próximo dia 25 de fevereiro, às 10h, os resultados da sondagem A Opinião Pública e a Cooperação para o Desenvolvimento Portuguesa, em uma sessão pública na Assembleia da República (Refeitório dos Monges), em Lisboa. A sessão de discussão reunirá os responsáveis de instituições transversais públicas e da cooperação portuguesa, deputados, jornalistas, ONGs, entre outros.
A auscultação foi realizada pela empresa de sondagens políticas Aximage e foi co-financiada pela Cooperação Portuguesa, através do Camões, I.P.
Links:
Site do DCSPT da Universidade de Aveiro
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da ACEP
Imagem: Reprodução/ACEP

CEsA é parceiro institucional do Colóquio Internacional 50 Anos de Dipanda. A imprensa africana e a democracia
O CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento convida os/as estudantes e investigadores/as das Ciências Sociais e Humanas à submissão de propostas de comunicações em língua portuguesa para o Colóquio Internacional 50 Anos de Dipanda. A imprensa africana e a democracia. O encontro é organizado pela Biblioteca Nacional de Angola, em parceria com o GIEIPC-IP – Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português.
Os resumos deverão ser submetidos em formato word (até 300 palavras, Times New Roman, 12) até ao dia 16 de Março de 2025 (novo prazo), para o endereço: coloquiodipanda@gmail.com
O colóquio internacional decorrerá em formato híbrido e será estruturado em painéis temáticos, nos dias 28 e 29 de maio, em Luanda. O objetivo do evento é impulsionar os estudos sobre a história da imprensa angolana e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, explorando a sua vertente cultural e política, e o seu papel intelectual na história dos países envolvidos, das suas conexões e inscrição em redes intelectuais mais vastas.
Mais informações sobre a Chamada para Comunicações: https://coloquiodipanda.weebly.com/
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: Reprodução

Working Paper CEsA investiga a complexa relação entre deslocamento forçado e desenvolvimento humano
A investigação conclui que os fatores mais urgentes para a migração forçada são a violência política, especialmente os conflitos civis, e as alterações climáticas – agravados pelas crises económicas, a insegurança alimentar e danos nas infraestruturas
Como tem evoluído o fluxo de refugiados no mundo? Quais as principais causas dos deslocamentos forçados e quais características partilham os países de origem dos refugiados? Há uma relação entre a migração forçada e o desenvolvimento humano? Essas são as principais questões de investigação exploradas pelos autores Marcela Rocha, mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional (ISEG-Universidade de Lisboa), e o Professor Doutor Eduardo Moraes Sarmento, doutor em Economia com especialização em Turismo, no Working Paper CEsA n.º 121/2025, intitulado A Glance at International Challenges of Refugee Crises in the New Millenium.
O artigo é inovador ao ligar os estudos sobre refugiados e os estudos de desenvolvimento para investigar a relação entre o deslocamento forçado, as suas causas profundas e o desenvolvimento humano. A partir da utilização de uma metodologia qualitativa de estudo de caso, os autores examinaram as saídas de refugiados dos principais países de origem, nomeadamente Afeganistão, Sudão do Sul, Síria, Ucrânia e Venezuela (segundo a ACNUR), para buscar compreender os fatores que impulsionam estes movimentos e o seu efeito para o desenvolvimento.
O Working Paper n.º 121/2025 pode ser descarregado através da coleção do CEsA, disponível para consulta no Repositório da Universidade de Lisboa: https://repositorio.ulisboa.pt/handle/10400.5/97910
Resumo:
O presente estudo investiga a complexa relação entre deslocamento forçado e desenvolvimento humano. Utilizando uma metodologia qualitativa de estudo de caso, este artigo examina as saídas de refugiados de regiões-chave para buscar compreender os fatores que impulsionam estes movimentos e o seu efeito para o desenvolvimento. A investigação conclui que os fatores mais relevantes para a migração forçada são a violência política, especialmente os conflitos civis, e as alterações climáticas – agravados pelas crises económicas, a insegurança alimentar e danos nas infraestruturas. Apesar de não identificar correlações fortes entre deslocamento e desenvolvimento humano (medido através do IDH), exceto para a Síria, o estudo revela que estas emergências são simultaneamente desafios humanitários e de desenvolvimento. As repercussões são mais proeminentes no Sul Global (a origem e o destino de mais de 70% das pessoas deslocadas). As conclusões reiteram a urgência de intervenções integradas que unam iniciativas humanitárias e de desenvolvimento.
Sobre os autores:
Marcela Rocha é mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional (ISEG-Universidade de Lisboa).
Eduardo Moraes Sarmento é doutor em Economia com especialização em Turismo, coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do ISEG (Universidade de Lisboa), investigador e presidente do CEsA e membro da Comissão Científica do ISEG Research.
Clique aqui e consulte toda a Coleção de Working Papers do CEsA
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução

Conferência “50 Anos da Literatura Moçambicana: Percursos e Práticas Criativas” terá lugar nos dias 9 e 10 de outubro na Fundação Calouste Gulbenkian
Conferência 50 Anos da Literatura Moçambicana: Percursos e Práticas Criativas
Data: 9 e 10 Outubro 2025, com entrada livre. Horário a confirmar
Local: Sala 1 da zona de congressos da Fundação Calouste Gulbenkian (Av. de Berna, 45A, 1067-001 Lisboa)
Organização: CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e UEM – Universidade Eduardo Mondlane
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian e CEsA/CSG/ISEG-ULisboa
Parcerias: Universidade de Bayreuth, Sorbonne Nouvelle e Universidade Estadual de Campinas
No ano em que se comemoram 50 anos da criação curricular das Literaturas Africanas na Universidade Portuguesa (FLUL-ULisboa) esta Conferência, programada para dois dias, promovida pelo CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CSG/ISEG-ULisboa), em parceria e colaboração organizativa com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) de Moçambique, será constituída por quatro mesas-redondas temáticas. Vai integrar simultaneamente escritores/as, artistas, docentes universitários de Portugal e de Moçambique, a fim de apresentar e discutir os desenvolvimentos nas prática criativa e investigativa das literaturas africanas, centralizando-se na discussão e desenvolvimento em torno da Literatura Moçambicana ao longo de cinquenta anos – enquanto exemplo singular no quadro das literaturas africanas de língua portuguesa – e suas propostas para o futuro. Integraremos também a colaboração de especialistas de Literaturas Africanas, em especial da Literatura Moçambicana, em parceria com Universidades europeias (Bayreuth e Sorbonne Nouvelle) e brasileiras (Unicamp – Universidade Estadual de Campinas).
A Conferência de dois dias 50 Anos da Literatura Moçambicana: Percursos e Práticas Criativas ao incluir escritores/as, editores/as, cineastas e artistas, procurará evidenciar a dimensão criativa, enquanto propulsionadora da dimensão investigativa. Os diferentes intervenientes irão trazer testemunhos e posicionamentos sobre um passado recente, que perfaz meio século, nos domínios da criação, ensino, edição, tradução, e um futuro que se promete com novas propostas a partir das experiências dos mais jovens.
A entrada é livre e não haverá chamadas de comunicação universitária e académica.
Comissão Organizadora:
Ana Mafalda Leite (FLUL/ULisboa e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Lucílio Manjate (UEM)
Comissão Científica:
Ana Mafalda Leite (FLUL/ULisboa e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Egídia Souto (Sorbonne Nouvelle)
Elena Brugioni (UNICAMP)
Elídio Nhamona (UEM)
Jessica Falconi (FLUL/ULisboa e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Joana Pereira Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
José Camilo Manusse (UEM)
Lucílio Manjate (UEM)
Ute Fendler (University Bayreuth)
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: Reprodução

Investigadora do CEsA inaugura a exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades”
A historiadora e investigadora do CEsA, Professora Doutora Isabel Castro Henriques (CSG/ISEG-ULisboa, Portugal) inaugurou no passado 29 de outubro de 2024 a Exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades, patente até 2 de novembro de 2025 na maior sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Etnologia (Avenida da Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa).
O projeto foi concebido e coordenado por Castro Henriques para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, sublinhando a importância de revisitar, refletir e compreender a história do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX para construir um futuro mais inclusivo. É co-organizado pelo CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e pelo Museu Nacional de Etnologia, com apoio da Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril.
A convite de Castro Henriques, a sessão de abertura teve a participação do Presidente do CEsA, Eduardo Moraes Sarmento (CSG/ISEG-ULisboa), do Diretor do Museu Nacional de Etnologia/Museu de Arte Popular, Paulo Ferreira da Costa, do Presidente da Museus e Monumentos de Portugal – EPE, Alexandre Pais, e da Secretária de Estado da Cultura, Maria de Lourdes Craveiro. Sarmento evocou o poema de Eugénio de Andrade, Urgentemente, para assinalar a importância da liberdade, cultura e memória enquanto valores constituintes das experiências individuais e coletivas para uma sociedade mais justa e solidária.
“A valorização da cultura, das tradições e da memória poderão ajudar a superar as desigualdades sociais e promover o diálogo intercultural. É impreterível que a nossa comunidade faça a sua parte para preservar o que não podemos esquecer enquanto sociedade, para que todos possamos aprender com as lições do passado, evitando perpetuá-las, e pacificando os nossos laços com a história”, disse Sarmento na abertura da exposição.
Estrutura da exposição
Dois eixos centrais estruturam a exposição: o poder da narrativa histórica, que parte do trabalho de pesquisa de cerca de 30 investigadores e investigadoras e do contributo de documentação iconográfica cedida por entidades portuguesas e estrangeiras, para articular texto e imagem que dão voz ao conhecimento histórico; e a voz das culturas africanas, que através de 139 obras de arte nos revela as evidências materiais dos pensamentos e das culturas de África, desafiando os estereótipos perpetuados pela ideologia colonial. Este segundo eixo da exposição é constituído por uma seleção de obras das coleções do Museu Nacional de Etnologia, peças em depósito da Fundação Calouste Gulbenkian e das coleções de Francisco Capelo, Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko e Mónica de Miranda.
A Comissão Executiva da Exposição é presidida por Isabel Castro Henriques e integrada por Inocência Mata, Joana Pereira Leite, João Moreira da Silva, Luca Fazzini e Mariana Castro Henriques, e a sua Comissão Científica, igualmente presidida por Isabel Castro Henriques, é constituída por 20 elementos, entre os quais António Pinto Ribeiro, Aurora Almada Santos, Elsa Peralta, Isabel do Carmo e José Neves.
Programa paralelo
A exposição abrange ainda um extenso programa paralelo, constituído pela realização de um Ciclo de Cinema e Descolonização, com sessões no ISEG e no Museu Nacional de Etnologia, uma exposição itinerante em escolas e centros culturais em Portugal e em espaços de língua portuguesa em África e no Brasil, um ciclo de conversas a decorrer no Museu Nacional de Etnologia intitulado Desconstruir o Racismo, Descolonizar o Museu, Repensar o Saber, além de conferências e colóquios de caráter científico.
A realização da exposição é acompanhada pela edição de um livro homónimo, publicado pelas Edições Colibri, em cujas 344 páginas os cerca de trinta investigadores que colaboraram neste projeto desenvolvem os vários temas abordados.
Leia mais:
Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário (site da Edições Colibri)
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Comunicação do Museu Nacional de Etnologia
Imagens: Iria Simões

Website e Brochura da História do CEsA
O momento da comemoração dos 40 anos de existência do CEsA, e dos 30 anos da criação do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do ISEG, oferece-nos uma oportunidade única para recordar a trajetória e o legado no domínio da investigação em Portugal, com o lançamento de um website e de uma brochura sobre a história do CEsA: https://cesa.rc.iseg.ulisboa.pt/cesa-40-anos/