CESA

Investigadora do CEsA inaugura a exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades”
A historiadora e investigadora do CEsA, Professora Doutora Isabel Castro Henriques (CSG/ISEG-ULisboa, Portugal) inaugurou no passado 29 de outubro de 2024 a Exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades, patente até 2 de novembro de 2025 na maior sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Etnologia (Avenida da Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa).
O projeto foi concebido e coordenado por Castro Henriques para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, sublinhando a importância de revisitar, refletir e compreender a história do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX para construir um futuro mais inclusivo. É co-organizado pelo CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e pelo Museu Nacional de Etnologia, com apoio da Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril.
A convite de Castro Henriques, a sessão de abertura teve a participação do Presidente do CEsA, Eduardo Moraes Sarmento (CSG/ISEG-ULisboa), do Diretor do Museu Nacional de Etnologia/Museu de Arte Popular, Paulo Ferreira da Costa, do Presidente da Museus e Monumentos de Portugal – EPE, Alexandre Pais, e da Secretária de Estado da Cultura, Maria de Lourdes Craveiro. Sarmento evocou o poema de Eugénio de Andrade, Urgentemente, para assinalar a importância da liberdade, cultura e memória enquanto valores constituintes das experiências individuais e coletivas para uma sociedade mais justa e solidária.
“A valorização da cultura, das tradições e da memória poderão ajudar a superar as desigualdades sociais e promover o diálogo intercultural. É impreterível que a nossa comunidade faça a sua parte para preservar o que não podemos esquecer enquanto sociedade, para que todos possamos aprender com as lições do passado, evitando perpetuá-las, e pacificando os nossos laços com a história”, disse Sarmento na abertura da exposição.
Estrutura da exposição
Dois eixos centrais estruturam a exposição: o poder da narrativa histórica, que parte do trabalho de pesquisa de cerca de 30 investigadores e investigadoras e do contributo de documentação iconográfica cedida por entidades portuguesas e estrangeiras, para articular texto e imagem que dão voz ao conhecimento histórico; e a voz das culturas africanas, que através de 139 obras de arte nos revela as evidências materiais dos pensamentos e das culturas de África, desafiando os estereótipos perpetuados pela ideologia colonial. Este segundo eixo da exposição é constituído por uma seleção de obras das coleções do Museu Nacional de Etnologia, peças em depósito da Fundação Calouste Gulbenkian e das coleções de Francisco Capelo, Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko e Mónica de Miranda.
A Comissão Executiva da Exposição é presidida por Isabel Castro Henriques e integrada por Inocência Mata, Joana Pereira Leite, João Moreira da Silva, Luca Fazzini e Mariana Castro Henriques, e a sua Comissão Científica, igualmente presidida por Isabel Castro Henriques, é constituída por 20 elementos, entre os quais António Pinto Ribeiro, Aurora Almada Santos, Elsa Peralta, Isabel do Carmo e José Neves.
Programa paralelo
A exposição abrange ainda um extenso programa paralelo, constituído pela realização de um Ciclo de Cinema e Descolonização, com sessões no ISEG e no Museu Nacional de Etnologia, uma exposição itinerante em escolas e centros culturais em Portugal e em espaços de língua portuguesa em África e no Brasil, um ciclo de conversas a decorrer no Museu Nacional de Etnologia intitulado Desconstruir o Racismo, Descolonizar o Museu, Repensar o Saber, além de conferências e colóquios de caráter científico.
A realização da exposição é acompanhada pela edição de um livro homónimo, publicado pelas Edições Colibri, em cujas 344 páginas os cerca de trinta investigadores que colaboraram neste projeto desenvolvem os vários temas abordados.
Leia mais:
Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário (site da Edições Colibri)
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Comunicação do Museu Nacional de Etnologia
Imagens: Iria Simões

Gravação do Seminário “A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras” disponível no canal de YouTube do CEsA
O Seminário A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras teve lugar no dia 14 de novembro, às 16h30, na Sala Novo Banco do ISEG, apresentado por Tarik Almeida, doutorando em Teoria e História Literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem – Unicamp (IEL/Unicamp – CAPES/Brasil). A palestra foi gravada e agora está disponível no canal de YouTube do CEsA. A sessão foi promovida no âmbito do estágio de investigação que Almeida está a realizar desde setembro no CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento, sob a supervisão da investigadora Jessica Falconi, ao abrigo do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES).

A Ilha de Moçambique foi apresentada como um lugar paradigmático, em razão da sua geografia, topografia e historiografia, sendo objeto de algumas reflexões ricas e inovadoras:
- Anteposto africano com importância histórica para o colonialismo português na costa oriental africana;
- Fragmento identitário e paradigmático da Nação, desconstruindo a ideia de uma identidade nacional única;
- Espaço marcado por paisagens líquidas, húmidas e marítimas, que interligam o humano e o não-humano.
À luz da ecocrítica, Almeida observou o Oceano Índico não apenas como uma zona de fronteira e um lugar transnacional, mas também como um método de análise crítica, promovendo uma abordagem oceânica que ultrapassa os limites da Nação. A O investigador fez as leituras de poemas de Rui Knopfli, Luís Carlos Patraquim, Ana Mafalda Leite e Sangare Okapi, os quais inspiraram a reflexão sobre o Índico enquanto rede poética e cartografia de espaços recuperados.
Assista à gravação
Leia mais:
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: CEsA/Reprodução

Mobility and Public Transport in Post-independence Mozambican Fiction (1992-2022)
Resumo:
Este artigo analisa representações de mobilidade e transporte público nos seguintes romances moçambicanos: Terra Sonâmbula (1992) e O Outro Pé da Sereia (2006) de Mia Couto, O Comboio de Sal e Açúcar (1999) de Licínio Azevedo, e Museu da Revolução (2022) de João Paulo Borges Coelho. Apesar da importância da mobilidade e do transporte público nestas obras, a investigação existente não tem abordado estes temas, optando antes por categorias mais tradicionais como “viagem”, “diáspora” e “migração”. Focando-se nas representações literárias do transporte público e da infraestrutura de mobilidade – isto é, autocarros, navios e estações ferroviárias (Couto), um comboio de movimento lento (Azevedo) e uma carrinha Toyota Hiace (Borges Coelho) –, este artigo procura demonstrar o papel central que o binómio mobilidade/imobilidade desempenha na representação de Moçambique pós-independência. O principal argumento deste artigo é que as imagens da ferrovia, da estrada, da automobilidade e da viagem marítima constituem a força motriz literal das narrativas e contribuem para a (des)construção do espaço nacional. Recorrendo a perspetivas literárias sobre estudos de mobilidade e abordagens do sistema-mundo desenvolvidas no âmbito da literatura-mundo (Warwick Research Collective), argumento que os tropos da mobilidade e as representações do transporte público nos quatro romances registam e codificam as transições sociais, políticas e económicas na história colonial e pós-colonial de Moçambique e a sua incorporação no sistema-mundo capitalista.
Citação:
Falconi, J. (2024). Mobility and Public Transport in Post-independence Mozambican Fiction (1992-2022). English Studies in Africa, 67(2), 61–76. https://doi.org/10.1080/00138398.2024.2384758

Seminário “A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras” a 14 de novembro, 16h30, no ISEG
O CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento convida ao Seminário A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico: entre fragmentos e fronteiras, que terá lugar no dia 14 de Novembro, às 16h30, na Sala Novo Banco – ISEG (Rua do Quelhas 6, Edifício Quelhas, 4º Piso) com entrada livre.
A apresentação será realizada por Tarik Almeida, doutorando em Teoria e História Literária no Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (IEL/Unicamp – CAPES/Brasil). O investigador está desde setembro a fazer um estágio acolhido pelo CEsA, sob a supervisão da investigadora Jessica Falconi e no âmbito do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES).
Sobre A Ilha de Moçambique e o Oceano Índico entre fragmentos e fronteiras
- De que forma a Ilha de Moçambique e o Oceano Índico podem ser estudados enquanto dispositivos “estéticos e conceptuais” para as Literaturas Africanas?
- Como poderá a posição genealógica da Ilha de Moçambique e do Oceano Índico influenciar a construção de identidades poéticas e culturais em Moçambique e, mais amplamente, na literatura africana?
- Que desafios e oportunidades surgem na crítica literária contemporânea das Literaturas Africanas com a incorporação de perspetivas ecocríticas?
Este seminário visa interrogar ou revisitar dois dispositivos importantes para um estudo sistemático da poesia moçambicana, dentro de seu cariz índico: a Ilha de Moçambique e o Oceano Índico. Para isso, buscamos pensar na relação entre fragmento(s) e fronteira(s) para revisitar: 1) algumas questões históricas e historiográficas da Ilha de Moçambique e do Oceano Índico; 2) a possível posição genealógica da Ilha e do Índico como dispositivos “estéticos e conceituais” (Brugioni, 2021) para o estudo de Literaturas Africanas; 3) o papel da crítica literária das Literaturas Africanas na era Contemporânea, dentro da vertente da ecocrítica. Desse modo, a relação entre fronteira e fragmento adquire uma visão metodológica e conceitual e serão lidas enquanto unidades de análise para (re)pensar a Ilha de Moçambique e o Oceano Índico e suas fronteiras ecológicas, históricas e culturais. O córpus adotado neste seminário advém sobretudo da poesia moçambicana, a partir da produção poética de autores como Luís Carlos Patraquim, Ana Mafalda Leite e Sangare Okapi, buscando, ao mesmo tempo, inseri-los em quadros de correspondência moçambicana, em suas redes de intertexto.
Sobre Tarik Almeida
Investigador da área de Teoria Literária e Literatura Comparada. Almeida é licenciado em Letras Português e Literaturas Correspondentes e mestre em Letras – Estudos Literários pela Universidade Estadual de Maringá (Brasil). Atualmente é doutorando em Teoria e História Literária no Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Brasil). Desde setembro está a fazer um estágio acolhido pelo CEsA, sob a supervisão da investigadora Jessica Falconi e no âmbito do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES).
Leia mais:
Projeto NILUS – Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: CEsA/Reprodução

Ciclo de Cinema e Descolonização inaugura mostra de filmes no âmbito da exposição ‘Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário’, com primeira sessão a 9 de Novembro no ISEG
O Ciclo de Cinema e Descolonização regressa com uma nova temporada 2024/2025, trazendo sessões mensais em formato cineclube para explorar os legados e as memórias da descolonização. A iniciativa decorre paralelamente à exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário, patente no Museu Nacional de Etnologia.
A primeira sessão, marcada para 9 de novembro, às 10h, no Auditório 2 do ISEG (Rua do Quelhas 6, Edifício Quelhas, 2º Piso – Claustro), exibe o filme Independência (Fradique, 2016, Angola, 105 min). A obra apresenta as memórias da situação colonial em Angola, revela os passos iniciais da luta de libertação e percorre alguns dos seus principais cenários. O debate pós-filme terá a participação de Ana Paula Tavares, poeta, professora e historiadora.
As sessões terão lugar de novembro de 2024 a junho de 2025, com projeções no Auditório 2 do ISEG. Cada exibição contará com a presença de artistas envolvidos na realização dos filmes, bem como de investigadores e moderadores indicados pelo CEsA.
Sobre o filme Independência
A 11 de Novembro de 1975 Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português. O regime de Salazar recusava qualquer negociação com os independentistas, aos quais restava a clandestinidade, a prisão ou o exílio. Quando quase toda a África celebrava o fim dos impérios coloniais, Angola e as outras colónias portuguesas seguiam um destino bem diferente. Só após o golpe militar de 25 de Abril de 1974 ter derrubado o regime, Portugal reconheceu o direito dos povos das colónias à autodeterminação.
Os anos de luta evocados em “Independência” determinaram o rumo de Angola após 1975. Opções políticas, conflitos internos e alianças internacionais começaram a desenhar-se durante a luta anti-colonial. As principais organizações (FNLA e MPLA e, mais tarde, UNITA) nunca fizeram uma frente comum e as suas contradições eram ampliadas pelo contexto da Guerra Fria. A independência foi proclamada já em clima de guerra, mas com muita emoção e orgulho, como é contado no filme.
Produção: Associação Tchiweka de Documentação e Geração 80
Realização: Mário Bastos (Fradique)
Produção: Paulo Lara e Jorge Cohen
Consultoria histórica: Conceição Neto
Investigação: Conceição Neto, Paulo Lara e Mário Bastos (Fradique)
Guião: Mário Bastos (Fradique), Conceição Neto e Paulo Lara
Direcção de fotografia: Kamy Lara
Edição: Charles Alexander, Kamy Lara e Zeno Monyak
Música: Victor Gama
Narrador: Kalaf Epalanga
Voz de Deolinda Rodrigues: Elizângela Rita
Sobre o Ciclo de Cinema e Descolonização
Urge entender a descolonização como um processo ainda em curso, que é preciso aceitar e integrar na dinâmica social, política, cultural e pessoal. O projeto visa criar um espaço de partilha, aberto e dinâmico, em que possam surgir memórias, narrativas, diálogos e reflexões. Tem coordenação da investigadora Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e curadoria da investigadora e realizadora moçambicana Isabel Noronha (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e do cineasta Camilo de Sousa.
Coordenação: Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Curadoria: Isabel Noronha (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e Camilo de Sousa
Consultoria científica: Isabel Castro Henriques (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), Joana Pereira Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Colaboração: Luca Fazzini e João Moreira Silva
Apoio: CEsA/CSG/ISEG/ULisboa
Leia mais:
Independência – Website da Associação Tchiweka de Documentação
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Associação Tchiweka de Documentação
Imagem: CEsA/Reprodução

Exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário” patente no Museu Nacional de Etnologia até 2 de novembro de 2025
O CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e o Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, convidam para uma profunda reflexão e desconstrução dos mitos sobre o colonialismo português em África nos séculos XIX e XX, visando a renovação do conhecimento sobre a questão colonial, com uma visita à exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades, inaugurada a 29 de outubro de 2024, patente ao público até 2 de novembro de 2025 na maior sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Etnologia (Avenida da Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa).
O projeto foi concebido e coordenado pela investigadora do CEsA e historiadora Isabel Castro Henriques para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, sublinhando a importância de compreender o passado para construir um futuro mais inclusivo. É co-organizado pelo CEsA e pelo Museu Nacional de Etnologia, com apoio da Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril.
Dois eixos centrais estruturam a exposição: o poder da narrativa histórica, que parte do trabalho de pesquisa de cerca de 30 investigadores e investigadoras e do contributo de documentação iconográfica cedida por entidades portuguesas e estrangeiras, para articular texto e imagem que dão voz ao conhecimento histórico; e a voz das culturas africanas, que através de 139 obras de arte nos revela as evidências materiais dos pensamentos e das culturas de África, desafiando os estereótipos perpetuados pela ideologia colonial. Este segundo eixo da exposição é constituído por uma seleção de obras das coleções do Museu Nacional de Etnologia, peças em depósito da Fundação Calouste Gulbenkian e das coleções de Francisco Capelo, Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko e Mónica de Miranda.
A Comissão Executiva da Exposição é presidida por Isabel Castro Henriques e integrada por Inocência Mata, Joana Pereira Leite, João Moreira da Silva, Luca Fazzini e Mariana Castro Henriques, e a sua Comissão Científica, igualmente presidida por Isabel Castro Henriques, é constituída por 20 elementos, entre os quais António Pinto Ribeiro, Aurora Almada Santos, Elsa Peralta, Isabel do Carmo e José Neves.
Programa paralelo
A exposição abrange ainda um extenso programa paralelo, constituído pela realização de um Ciclo de Cinema e Descolonização, com sessões no ISEG e no Museu Nacional de Etnologia, uma exposição itinerante em escolas e centros culturais em Portugal e em espaços de língua portuguesa em África e no Brasil, um ciclo de conversas a decorrer no Museu Nacional de Etnologia intitulado Desconstruir o Racismo, Descolonizar o Museu, Repensar o Saber, além de conferências e colóquios de caráter científico.
A realização da exposição é acompanhada pela edição de um livro homónimo, publicado pelas Edições Colibri, em cujas 344 páginas os cerca de trinta investigadores que colaboraram neste projeto desenvolvem os vários temas abordados.
Leia mais:
Exposição sobre o colonialismo no Museu Nacional de Etnologia (site do ISEG)
Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário (site da Edições Colibri)
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Comunicação do Museu Nacional de Etnologia
Imagem: Reprodução

Novos mestres em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do ISEG celebram conquista académica em cerimónia de graduação
O CEsA parabeniza todos os diplomados em 2024 do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional (MDCI/ISEG/ULisboa) e do Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (PDED/ISA, ICS, IGOT e ISEG/ULisboa) do ISEG – Lisbon School of Economics and Management. O CEsA (CSG/ISEG/ULisboa) pertence à Comissão Científica e Pedagógica do PDED e do MDCI, apoiando na lecionação das unidades curriculares, na organização e realização de seminários e eventos académicos, e supervisiona as dissertações finais dos alunos, enquadrando-as nas linhas de investigação do Centro.
A Cerimónia de Entrega de Diplomas de Mestrados e Doutoramentos teve lugar no dia 26 de setembro de 2023, no Pátio das Francesinhas, no campus do ISEG, em Lisboa. O fim do ciclo de estudos foi celebrado com o discurso do Presidente João Duque, com a entrega do certificado de conclusão e com as apresentações da Tuna Económicas.
Os graduados do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional são (clique nos nomes para aceder às dissertações): Américo Azevedo, Ana Carolina de Andrade, Ana Luísa Soares, Ana Maltinha, Ana Sofia Dinis, Andreia Pessoa, Arthur Hartz, Beatriz Martins, Bruno Feder, Carla Gomes, Carolina Fonseca, Catarina Henriques, Diogo Fernandes, Francisca Coelho, Izabella Aguiar, Joana Bastos, João Oliveira, João Leite, Juliana Soares, Lorraine Silva, Luiza Oliveira, Margarida Falcão, Marianela Camacho, Mila Dezan, Raquel Carvalho e Sara Martins.
Os graduados do Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento são (clique nos nomes para aceder às teses): Ana Luísa Silva, Cleuber Silva, Paulo Francisco e Yasser Dadá.
Aceda às fotografias da Cerimónia de Graduação dos Mestrados e Doutoramentos 2023 do ISEG na página do Marketing do ISEG no Flickr (clique aqui)
A Cerimónia de Graduação pode ser assistida, abaixo, e no canal do ISEG no YouTube (clique aqui)
Leia/Veja mais:
Cerimónia de Graduação – Mestrados e Doutoramentos 2024 – YouTube ISEG
Cerimónia de Graduação – Mestrados e Doutoramentos 2024 – Flickr Marketing ISEG
CEsA dá as boas-vindas ao ano letivo 2024/25 com uma sessão de Cine Debate a 18 de setembro
Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional – ISEG
Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento – ISEG/ISA/ICS/IGOT
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: Reprodução/ISEG

Mundo Crítico – Revista de Desenvolvimento e Cooperação | N.º 10: Desenvolvimento e paz em tempos de conflitos
Mundo Crítico – Revista de Desenvolvimento e Cooperação | N.º 10: Desenvolvimento e paz em tempos de conflitos
Perante a crescente polarização e proliferação de conflitos à escala mundial, urge pensar no mundo e procurar soluções conjuntas e caminhos para a paz. A Cooperação para o Desenvolvimento pode ser uma via de diálogo e de acção, assumindo um papel na procura de respostas positivas e construtivas para a promoção da paz e do desenvolvimento sustentável à escala global. Porém, como sublinham Sara De Simone e Pedro Rosa Mendes na conversa imperfeita de abertura deste número, não há fórmulas one size fits all e é crucial envolver todos os envolvidos, actores formais e informais, no diálogo para a paz e reconciliação e procurar sobretudo soluções a partir de processos endógenos.
Os conflitos actuais, sobretudo os mais mediatizados e com grande impacto global como a guerra na Ucrânia e no Médio Oriente, têm consequências devastadoras para as suas populações e para os equilíbrios entre regiões. Para além destes conflitos, os focos de tensão e conflitos prolongados noutras partes do mundo, nomeadamente em países africanos, têm também um efeito desestabilizador à escala regional e mundial.
Nesta décima edição da Mundo Crítico – Revista de Desenvolvimento e Cooperação, procuramos questionar de que forma os processos de desenvolvimento são afectados pela guerra e pelos conflitos latentes. Questionamos se o “subdesenvolvimento” é, de facto uma ameaça ou se se enraizou uma narrativa de divisão do mundo entre zonas propensas à violência, na periferia do mundo, e zonas de paz, no centro de decisão. E, como tema transversal, surgem as migrações, com a crescente instrumentalização do fenómeno e cedências ao discurso de extrema-direita, sobretudo na União Europeia.
Este número integra ainda uma reflexão sobre o papel das mulheres no diálogo e na acção para a construção de uma paz duradoura, sobre o futuro dos Estados em situação de fragilidade, muitos deles vítimas das alterações climáticas, da pandemia e de “conflitos por procuração” entre diferentes potências, ao estilo da Guerra Fria, e sobre o papel das cidades em zonas de conflito rural, como no caso de Pemba, em Moçambique.
O ensaio fotográfico desta edição percorre os muros (ainda) erguidos em diferentes continentes, do Brasil ao Médio Oriente, e que acentuam a divisão do mundo e de quem tem direito a mover-se. Por fim, num registo mais jornalístico, fala-se dos conflitos relacionados com água e sobre África, negligenciada pelos grandes grupos de notícias.*
*Texto Editorial

Investigadora do CEsA integra projeto sobre o impacto das agendas de cooperação internacional nas políticas públicas de Cabo Verde, galardoado com financiamento do CODESRIA
A doutora em psicologia social e investigadora do CEsA, Iolanda Évora (ISEG-ULisboa, Portugal), integrará o projeto “Agendas de Cooperação Internacional e Seus Impactos nas Políticas Nacionais: Tendências, Mudanças e Implicações Uma Análise para Cabo Verde”, coordenado pela investigadora Djalita Fialho (Instituto Pedro Pires para a Liderança, Cabo Verde) e em colaboração com a investigadora Jandira Barros (Social3, Cabo Verde).
Este projeto de investigação sobre o impacto das agendas de cooperação internacional nas políticas públicas de Cabo Verde foi selecionado no concurso “Iniciativa de Pesquisa para a Construção de Significado – MRI” para ser galardoado com financiamento do CODESRIA – Council for the Development of Social Science Research in Africa (consulte a lista de projetos vencedores neste link). Segundo a carta enviada pelo Conselho, a proposta de pesquisa foi escolhida entre mais de 400 candidaturas pela sua qualidade, bem como pelo seu “potencial para contribuir e aprofundar significativamente o nosso conhecimento sobre as realidades africanas”.
Resumo do projeto:
Esta pesquisa analisa o impacto das agendas de cooperação internacional nas políticas públicas de Cabo Verde, destacando aspetos socioeconómicos e culturais. Utilizando uma abordagem que combina a análise de políticas públicas com a reflexão crítica às abordagens hegemónicas do desenvolvimento em África, explora as interações entre políticas globais e as dinâmicas específicas de Cabo Verde. Investiga os efeitos dessas agendas internacionais nas dinâmicas sociais e nos processos de tomada de decisão política nacional. As questões centrais de pesquisa referem-se à forma como essas agendas são adotadas em Cabo Verde e a sua pertinência face às necessidades locais, às crises e às perspetivas endógenas relativamente ao bem-estar social. A metodologia envolve análise de documentos de cooperação, políticas governamentais, planos de ONGs e entrevistas com membros da sociedade civil. Esta abordagem abrangente visa revelar os desafios que o país enfrenta na cooperação internacional e enfatiza a importância de vozes locais na formação das trajetórias de desenvolvimento. A importância prática da pesquisa está em informar os formuladores de políticas e as agências internacionais sobre a necessidade de abordagens de desenvolvimento inclusivas e contextualmente relevantes. Com um orçamento de 25.000 USD ao longo de 16 meses, o estudo promove estratégias de desenvolvimento sustentável e culturalmente sensíveis, alinhadas com as aspirações locais.
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução

Lançamento da Mundo Crítico n.º 10, dedicada ao Desenvolvimento, Paz e Conflitos, a 16 de Setembro
Perante a crescente polarização e proliferação de conflitos à escala mundial, urge pensar no mundo e procurar soluções conjuntas e caminhos para a paz. A Cooperação para o Desenvolvimento pode ser uma via de diálogo e de acção, assumindo um papel na procura de respostas positivas e construtivas para a promoção da paz e do desenvolvimento sustentável à escala global.
Esta edição inicia, por isso, com uma conversa imperfeita entre a investigadora italiana Sara De Simone e o especialista em desenvolvimento e acção humanitária Pedro Rosa Mendes, que sublinham que não há fórmulas one size fits all e é crucial envolver todos os actores, formais e informais, no diálogo para a paz e reconciliação e procurar sobretudo soluções a partir de processos endógenos.
A apresentação, que decorre a 16 de Setembro, às 17 horas, no Auditório do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, contará com as boas-vindas da Embaixadora Florbela Paraíba, Presidente do Camões, I.P. À semelhança dos números anteriores, seguir-se-á o prolongamento da conversa imperfeita, desta vez com moderação do jornalista português Nuno Ramos de Almeida.
A revista resulta de uma parceria entre a ACEP e o Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento do ISEG, e conta com o apoio do Camões, I.P. e da FCT.
Onde?
Auditório do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua
R. Rodrigues Sampaio 113 (Marquês de Pombal), Lisboa
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução