CESA, autor em CEsA

CESA

Águas Pós-coloniais em Romances Angolanos e Moçambicanos


Resumo:

Este artigo apresenta uma proposta de cartografia do papel narrativo da água na literatura angolana e moçambicana, através da leitura comparada de quatro romances: O desejo de Kianda (1995) do angolano Pepetela; O livro dos rios (2006) de Luandino Vieira; Água: uma novela rural (2016) e Ponta Gea (2017) ambas do moçambicano João Paulo Borges Coelho. A introdução situa a cartografia proposta no quadro dos estudos de ecocrítica, cujos vários paradigmas oferecem ferramentas e conceitos úteis para a leitura das obras literárias selecionadas. A abordagem metodológica temática e comparativa evidencia experiências e imaginários comuns a dois contextos pós-coloniais, apesar da diferença de cenários, temáticas, escolhas estéticas e estratégias narrativas. Os resultados da análise demonstram que a água é um elemento crucial para narrar as sociedades angolana e moçambicana pós-coloniais.

Citação:

Falconi, Jessica (2024). “Águas pós-coloniais em romances angolanos e moçambicanos”. Caligrama: Revista de Estudos Românicos, 29(1):75-86

A Cooperação Europeia para o Desenvolvimento em 2024: Desafios e perspectivas


Resumo:

Em ano de eleições para o Parlamento Europeu (PE), e num contexto de incerteza crescente à escala planetária, o estudo “A Cooperação Europeia para o Desenvolvimento em 2024: Desafios e perspectivas” foi elaborado no seguimento da publicação “O Futuro da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento: Fragmentação, adaptação e inovação num mundo em mudança” (2021). Nele, traçamos a evolução mais recente da cooperação internacional para o desenvolvimento (CID) da União Europeia (UE) a nível institucional e das políticas, com destaque para o papel do Parlamento Europeu. Analisamos ainda a relação da CID portuguesa com a sua congénere europeia, com destaque para a centralidade dos países parceiros dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste (PALOP-TL) e para o papel da sociedade civil. Concluímos este trabalho com reflexões sobre as implicações para a cooperação europeia, para a cooperação portuguesa e para a sociedade civil da crescente importância da geopolítica no atual contexto de incerteza global, das transformações político-institucionais observadas na CID europeia e de uma provável configuração do PE para a nova legislatura, onde é expectável que forças políticas opositoras à cooperação para o desenvolvimento sairão reforçadas.

Citação:

Bernardo, Luís Pais, Luís Mah e Ana Luísa Silva (2024). A cooperação europeia para o desenvolvimento em 2024 : desafios e perspectivas. Lisboa: Plataforma Portuguesa das ONGD

A certificação de sustentabilidade na Indústria Têxtil Portuguesa: um estudo exploratório


Resumo:

Este estudo é uma análise da certificação de sustentabilidade na indústria têxtil portuguesa. O objetivo central é mapear o panorama atual das práticas sustentáveis adotadas por este setor crucial da economia portuguesa, avaliando as implicações, desafios e benefícios da certificação no contexto económico e ambiental contemporâneo. Procuramos entender como as certificações de sustentabilidade podem servir como um instrumento estratégico para impulsionar a competitividade das empresas portuguesas no mercado global, respondendo à procura crescente por produtos éticos e ambientalmente conscientes. A metodologia empregada neste estudo envolve uma revisão da literatura existente sobre sustentabilidade na indústria têxtil. Fundamentalmente, é uma análise híbrida e comparativa: utilizamos o universo completo das empresas têxteis portuguesas certificadas. Esta abordagem estreita não responde a todas as questões, mas permite transformar o presente estudo num pequeno passo para uma investigação comprometida com o apoio às empresas que, com riscos e custos claros, decidem investir na sustentabilidade e com a pressão que a sociedade pode e deve exercer sobre os legisladores, no sentido da implementação de quadros regulatórios mais fortes, e as empresas que decidem não investir em sustentabilidade. É um pequeno passo que, esperamos, resultará em novos esforços de investigação. Oferecemos, assim, uma visão sobre o papel da certificação de sustentabilidade como um diferencial competitivo para a indústria têxtil portuguesa. Enfatiza-se a importância crescente da sustentabilidade como critério de escolha para consumidores e parceiros comerciais internacionais, reforçando a necessidade de as empresas portuguesas continuarem a investir em práticas sustentáveis e na obtenção de certificações que validem seus esforços. O estudo também apresenta e discute recomendações para políticas e estratégias futuras, com o objetivo de fortalecer a posição de Portugal como líder em produção têxtil sustentável no cenário global.

Citação:

Bernardo, Luís Pais (2024). A certificação de sustentabilidade na Indústria Têxtil Portuguesa : um estudo exploratório. Lisboa: Oficina Global.

Primeiro Passo Repensar: Um olhar sobre o consumo de moda sustentável dos jovens universitários em Portugal


Resumo:

O consumo sustentável de moda passa por escolhas conscientes de compra, uso/manutenção e descarte de cada peça de roupa. É por isso importante Repensar, Rejeitar, Reduzir, Reparar, Reutilizar e Reciclar. Este estudo foi realizado com o objetivo de perceber os comportamentos e consciência ambiental dos jovens universitários residentes em Portugal durante as três principais fases do consumo de moda, a partir de um inquérito por questionário online junto de 271 jovens universitários entre os 18 e os 26 anos. Este estudo foi realizado com o inquérito esteve aberto para submissão de respostas no período de 15 de junho a 24 de julho de 2023.

Citação:

Silva, Ana Luísa e Renata Assis (2024). Primeiro passo repensar : um olhar sobre o consumo de moda sustentável dos jovens universitários em Portugal. Lisboa: FEC | Fundação Fé e Cooperação e CEsA/ISEG-UL.

Algodão, uma fibra global


Resumo:

O algodão não engana. Esta frase, tão conhecida em Portugal, mostra bem como a mais importante das fibras naturais – do ponto de vista histórico e comercial – se estabeleceu nas nossas vidas. Mas o algodão, embora não engane, esconde. Não é apenas uma fibra. É toda uma indústria global. Articula relações de produção e consumo com impacto direto na sobrevivência de milhões de seres humanos em todo o planeta. Define o destino de solos e fontes de água. Tem um impacto muito relevante no ambiente. O algodão é agricultura, moda e alta tecnologia. Tem uma história complexa e perturbadora: pode ser doce, mas também é amargo. A simplicidade do toque combina com a complexidade do seu ciclo de vida, que abarca campos de algodão no Burkina Faso, fábricas de vestuário no Bangladesh, desfiles de moda em Milão e algoritmos em Nova Iorque. Esta distribuição não é inocente: a divisão do valor, que se intui a partir da diferença entre o rendimento de uma trabalhadora agrícola no Burkina Faso, uma gestora de fábrica no Bangladesh e uma estilista consagrada em Milão, ilustra bem como se organizam assimetrias à escala planetária. O algodão ajuda-nos a articular estas paisagens e atividades. Este briefing destina-se a qualquer pessoa interessada em compreender a moda que consome e as fibras que veste. Mas também se destina, em particular, a quem toma decisões sobre a regulação da produção e consumo do algodão. O consumo responsável pode ser uma base importante para a alteração das estruturas económicas, mas raramente basta. O nosso propósito é claro: agir só faz sentido depois de clarificar, conhecer e informar.

Citação:

Bernardo, Luís Pais (2023). Algodão, uma fibra global. Lisboa: FEC | Fundação Fé e Cooperação.

Perspetivas do desenvolvimento dos jovens residentes na Freguesia de Santa Clara em Lisboa, pós-pandemia Covid-19


Resumo:

O presente estudo foi realizado entre os meses de setembro e dezembro de 2021 e teve como objetivo identificar as perspetivas, analisar as barreiras do desenvolvimento pessoal e local e compreender o impacto da Covid-19 na vida dos jovens de 15 a 24 anos residentes na Freguesia de Santa Clara, em Lisboa. O estudo serve para a melhor compreensão das vulnerabilidades e perspetivas dos jovens e investigou até que ponto as iniciativas por parte das instituições públicas e organizações da sociedade civil conseguem dar respostas a estes desafios. Os resultados deste estudo de caso dos jovens de uma freguesia específica da cidade de Lisboa podem ser utilizados para a planificação das políticas públicas para os jovens.

Citação:

Tengler, Hemma (coord.). (2022). Perspetivas do desenvolvimento dos jovens residentes na Freguesia de Santa Clara em Lisboa, pós-pandemia Covid-19. Lisboa: Oficina Global.

Brochura “O CEsA no seu 40º aniversário: Memória”


Resumo:

O Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA) do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG-ULisboa) é um centro de investigação com personalidade jurídica própria, fundado em 1983 por docentes do ISEG. Tem atualmente duas grandes linhas de investigação: 1) Economia, Desenvolvimento e Cooperação Internacional e 2) História, Culturas e Identidades. A principal instituição financiadora do CEsA é a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Ao longo dos anos, entidades como a Fundação Portugal-África, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Instituto Camões, I.P., a Caixa Geral de Depósitos, o ISEG, a União Europeia, o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, entre outras, têm apoiado diferentes atividades e projetos. O âmbito geográfico dessa atividade tem sempre sido, em maioria, a África Subsaariana com ligações históricas a Portugal, sem descuidar a Ásia, particularmente Timor-Leste, e o Brasil. O momento da comemoração dos 40 anos de existência do CEsA, e dos 30 anos da criação do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do ISEG, oferece-nos uma oportunidade única para recordar a trajetória e o legado no domínio da investigação em Portugal.

Citação:

CEsA (2024). “O CEsA no seu 40º Aniversário: Memória”. ISEG/CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento.

Concurso para Financiamento de Pequenos Projetos da Iniciativa de Investigadores/as do CEsA – 2024


CHAMADA PARA CANDIDATURAS

Concurso para Financiamento de Pequenos Projetos da Iniciativa de Investigadores/as do CEsA – 2024

O CEsA abre concurso para atribuição de financiamento de pequenos projetos de investigação da iniciativa dos/as seus/uas membros investigadores/as.

O objetivo fundamental desta iniciativa é potenciar a atividade de investigação do CEsA e dos seus membros e, em particular, criar condições para o aumento do número e qualidade de publicações do Centro em revistas indexadas, bem como para o aumento das candidaturas com probabilidades de sucesso a linhas de financiamento de maior dimensão.

As candidaturas e os documentos de suporte à candidatura devem ser submetidos, obrigatoriamente, em língua inglesa e por correio eletrónico, enviado para cesa@cesa.iseg.ulisboa.pt com conhecimento para comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt.

Todos os detalhes do concurso estão publicados no Regulamento (download NESTE LINK).

Abaixo, um resumo dos principais pontos:

Período de candidatura
1 a 31 de julho de 2024 (até às 23h59 – hora de Lisboa).

Financiamento disponível

Até quatro mil euros (4.000,00€) por projeto.

Total de financiamento disponível: doze mil euros (12.000,00€), a repartir por diferentes projetos.

Projetos elegíveis

Temática: áreas de investigação do CEsA, designadamente das linhas Economia, Desenvolvimento e Cooperação Internacional e/ou História, Culturas e Identidades.
Investigador(a) responsável: deve ser membro do CEsA.
Outputs: devem ser apresentados na sua totalidade como sendo do CEsA.

Avaliação das candidaturas

Realizada por um júri maioritariamente composto por elementos externos à Direção.
Critérios: mérito científico, exequibilidade das propostas, potencial de resultar em publicações e/ou candidaturas a linhas de financiamento de maior dimensão.

Resultados
Anúncio até ao dia 15 de setembro de 2024, através do site do CEsA e por correio eletrónico.

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução

Evento “Pequenos Passos”: Acreditas que uma t-shirt não se esgota?


No próximo dia 3 de julho, pelas 10h, no Auditório 3 do ISEG, a FEC – Fundação Fé e Cooperação e a Oficina Global vão apresentar os estudos desenvolvidos no âmbito da campanha “Pequenos Passos”, cofinanciada pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. O evento terá a presença de representantes políticos, ativistas ambientais e marcas sustentáveis para falar sobre o papel do consumo têxtil no combate às alterações climáticas.

Inscrições abertas neste LINK.

Autor: FEC
Imagem: FEC/Reprodução

Jessica Falconi e Elena Brugioni coordenam painéis no 12º Congresso Ibérico de Estudos Africanos


O 12º Congresso Ibérico de Estudos Africanos, que terá lugar nos dias 29, 30 e 31 de janeiro de 2025, na Universidade de Barcelona, está com uma chamada em aberto para a apresentação de propostas de comunicação até ao dia 12 de setembro de 2024. As investigadoras do CEsA Jessica Falconi e Elena Brugioni participarão como coordenadoras dos painéis 3 – Traços de um Arquivo Anticolonial Africano na Península Ibérica (1933-1975), em conjunto com Maria del Mar García (UAB – Universitat Autònoma de Barcelona) e 4 – O “ambientalismo literário do pobre”. Por uma ecocrítica das literaturas africanas, respetivamente.

Mais informações sobre a call no website do congresso: https://redestudiosafricanos.org/pt-pt/convite-a-apresentacao-de-propostas-para-communications-no-ciea12-aberto-ate-12-de-setembro-de-2024/

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução


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