CESA

Luís Mah/CEsA comenta na RTP3 sobre as detenções em Hong Kong por incentivo à insurgência
O investigador do CEsA e coordenador do mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional no ISEG, Luís Mah, esteve ao vivo no programa “360” da RTP3 para comentar sobre as detenções em Hong Kong por incentivo à insurgência. A entrevista foi realizada no dia 30 de dezembro de 2021.

Assista à participação do nosso investigador no site do programa 360 da RTP3.
Luis Mah é docente no Mestrado e Doutoramento no Programa em Estudos de Desenvolvimento na Lisbon School of Economics and Management (ISEG/ULisboa). É Diretor no Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento no CSG/ISEG/ULisboa. Foi diretor da Campanha do Milénio das Nações Unidas (UNMC) e da Chamada Global para a Ação Contra a Pobreza (GCAP) em Portugal. Trabalhou como Analista de Políticas Públicas na área da Finança Ética na ONGD Oikos e foi membro da direção executiva da ONGD TESE e da Transparência e Integridade – Associação Cívica, representação em Portugal da TI-Transparency International. Tem um doutoramento em Estudos de Desenvolvimento pela LSE-London School of Economics and Political Science (Londres, 2004), um mestrado pela Universidade de Yonsei (Seul, 1996) e uma licenciatura em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa (Lisboa, 1993).
Aceda à ficha do professor aqui.
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: Reprodução/RTP3

A dialética da primazia pela acomodação brasileira, a economia-mundo capitalista e o choque do novo coronavírus
A dialética da primazia pela acomodação brasileira, a economia-mundo capitalista e o choque do novo coronavírus de Marcelo José Moreira procura inserir uma proposta conceitual que, ainda que inicial e imersa em uma reflexão de caráter eminentemente analítico, sugere uma forma de abstrair como o subdesenvolvimento-dependente brasileiro se estrutura no tempo-presente, de uma perspetiva acomodacionista.
Resumo:
A economia-mundo capitalista está imersa em uma inércia generalizada. Um movimento de lenta acumulação, baixo investimento, limitadas taxas de crescimento, mas com elevado nível de lucro, e que se dá por uma intensa pressão sobre os níveis das desigualdades existentes, combinando reestruturação mundial da geração de riqueza e renda a um padrão de reprodução da força de trabalho ao nível de sua limitada manutenção. Inércia que se verifica, sobretudo, a partir da crise financeiro-produtiva da primeira década dos anos de 2000. O Brasil não está alheio a essa inércia e aos seus desdobramentos. Este ensaio pretende, a partir de uma reflexão conceitual, em primeiro momento, discutir, em segundo, elementos que caracterizam o que denominamos de estrutura da acomodação brasileira.
Citação:
Moreira, Marcelo José (2021). “A dialética da primazia pela acomodação brasileira, a economia-mundo capitalista e o choque do novo coronavírus”. Comunicação apresentada no 15º Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo: Pandemia e tendências seculares da economia-mundo capitalista , Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina

Itinéraires de Kamba Simango: dialogue entre un Mozambicain apprenti ethnographe et Franz Boas
Itinéraires de Kamba Simango: dialogue entre un Mozambicain apprenti ethnographe et Franz Boas de Lorenzo Macagno explora o diálogo entre o antropólogo Franz Boas e Kamba Simango. Analisa também a relação etnográfica entre eles e a trajetória cosmopolita de Simango.
Resumo:
Este artigo explora o diálogo entre o antropólogo Franz Boas e Kamba Simango. Simango nasceu em 1890, no Distrito de Machanga, na costa de Moçambique actual. Em 1914, sob os auspícios de missionários do Conselho de Missões Americano, foi enviado para os Estados Unidos para estudar no Instituto Hampton. Kamba Simango e Franz Boas reuniram-se pela primeira vez em 1919 na Universidade de Columbia. Boas não queria que Simango se tornasse um mero “informador”, mas sim um etnógrafo nativo. Com base numa troca de cartas não publicadas e numa série de documentos publicados principalmente por missionários, este artigo analisa a relação etnográfica entre Boas e Simango, bem como a sua trajectória cosmopolita. A vida e carreira de Kamba Simango ajuda-nos a compreender a experiência colonial par le bas, e a compreender a construção de subjectividades e historialidades específicas a partir de uma perspectiva menos centrada na nação.
Citação:
Lorenzo Macagno, « Itinéraires de Kamba Simango : dialogue entre un Mozambicain apprenti ethnographe et Franz Boas », Cahiers d’études africaines, 244 | 2021, 831-858.

Digitalization and Corporate Transformation: the case of European oil & gas firms
Digitalization and corporate transformation: The case of European oil & gas firms de Jorge Fernandez-Vidal, Reyes Gonzalez, Jose Gasco e Juan Llopis destaca vários movimentos transformacionais nas empresas em estudo que trazem novas capacidades substanciais e permitem que possam alcançar posições de liderança de mercado em áreas de negócios novas e digitalmente nativas – junto de tamanho modesto.
Resumo:
Digital technologies have had a tremendous impact on the world and have forced companies to adapt their business models, strategies and management practices. There is a scarcity of research about digital transformation in the energy sector, so this paper aims to analyze this phenomenon in the Oil & Gas sector through a comparative case analysis of eight market leading European Oil & Gas companies. To ensure an adequate methodological approach, the authors have applied Eisenhardt’s framework to build theories from case study research. This article relies on multiple data collection methods. 26 interviews with 18 senior executives from the sample energy firms and two global consulting firms were completed in two separate phases. To complement these interviews, information and data were collected from a range of public sources, such as newspapers, video interviews, business magazines and analyst reports, as well as public information from the eight companies under analysis, such as annual and financial reports, company presentations, regulatory filings and announcements and company news. Our research highlights several transformational moves in the firms under study that bring substantial new capabilities and allow them to achieve market-leading positions in new and digitally native business areas -although modest in size. The sample firms mainly opt for combinations of small transformational strategies to achieve their large transformation goals. However, in many organizations, digital and business transformation initiatives suffer from poor governance and are typically just a collection of unconnected activities, piecemeal strategies and pilot projects. Developing a coherent transformation strategy, with the right structure and governance, remains a challenge for most organizations. This paper, leveraging the collective learnings from the eight companies studied, aims to help decision-makers with a conceptual guideline to select the most appropriate strategic tools when undergoing a transformation, based on four dimensions that are of high relevance across multiple strategic environments.
Citação:
Jorge Fernandez-Vidal, Reyes Gonzalez, Jose Gasco, Juan Llopis, Digitalization and corporate transformation: The case of European oil & gas firms, Technological Forecasting and Social Change, Volume 174, 2022, 121293, ISSN 0040-1625

A Crying Economy in a Bleeding State: effects of religious and ethnic militia in Nigeria
A Crying Economy in a Bleeding State: effects of religious and ethnic militia in Nigeria de Vincent Agulonye e Daniel Adayi analisa os fatores por trás do surgimento dessas milícias e as consequências que suas atividades têm em economias locais de suas regiões e da economia nacional.
Resumo:
Nigeria’s multi-ethnic, multi-cultural, and multi-ideological nature is a complexity that should spur a synergy for development in all spheres. The theory of dissipative structures employed suggests that. Contrarily, the pursuit of individual group interests to the detriment of others leads to entropy that dissipates development and economic growth that its population needs. Ethnic and religious militia emerged in response to such problems and threats that has brought in consistent loss of lives and properties which whip the economy and country leaving the state bleeding. Militia internationalisation are important factors discussed as well. A Crying Economy in a Bleeding State: effects of religious and ethnic militia in Nigeria looks at the factors behind the emergence of these militias and the consequences their activities have on local economies of their regions and the national economy.
Citação:
Agulonye, Uzoma Vincent Patrick e Daniel Adayi (2022). “A crying economy in a bleeding state : effects of religious and ethnic militia in Nigeria”. In Handbook of research on ethnic, racial, and religeous conflicts ans their impact on state and social security, Emilia Alaverdov, Muhammad Waseem Bari (eds), 273-297. Hershey: IGI Global

Common Causes in Grassroot Development: a case for community-based and communitydriven response in the postpandemic era
O objetivo de Common Causes in Grassroot Development: a case for community-based and communitydriven response in the postpandemic era de Vincent Agulonye é determinar o impacto das abordagens baseadas na comunidade e conduzidas durante os bloqueios e os primeiros períodos da pandemia. O estudo examina o impacto e as percepções da intervenção conduzida pelo Estado. Isso ajudaria a descobrir uma melhor abordagem para intervenções pós-operações e respostas políticas.
Resumo:
O objectivo de Common Causes in Grassroot Development: a case for community-based and communitydriven response in the postpandemic era é determinar o impacto das abordagens baseadas e conduzidas pela comunidade durante os lockdowns e períodos iniciais da pandemia. O estudo examina o impacto e as percepções da intervenção liderada pelo Estado. Isto ajudaria a descobrir uma melhor abordagem para intervenções e respostas políticas pós-pandémicas. Este artigo utilizou o método indutivo e recolheu os seus dados a partir de inquéritos. Em busca de opiniões globais sobre as respostas COVID-19 recebidas nas comunidades, dois países em cada continente com elevada infecção COVID-19 por 100.000 durante o período de pico foram escolhidos para estudo. No total, foram amostrados 13 trabalhadores comunitários, líderes e membros por continente. O método do percentil simples foi escolhido para análise. A interpretação simples foi utilizada para discutir os resultados. Conclusões – O estudo mostrou que a fraca publicidade de intervenções baseadas na comunidade afectou a consciência e a fama, como a maioria foi confundida com intervenções governamentais. O estudo concluiu que a maioria dos inquiridos preferia intervenções estatais mas preferia muitas comunidades ou avaliações locais de projectos e intervenções enquanto os projectos estavam em curso para ajustar o projecto e a intervenção à medida que avançavam. No entanto, muitos preferiam intervenções baseadas na comunidade e orientadas. Limitações/implicações da investigação – O segredo de Estado e a opressão da oposição percebida limitaram a recolha de dados para este estudo em países onde as intervenções estatais são realizadas em segredo e a opressão das vozes da oposição percebida limitou a recolha de dados em alguns países. Assim, foram feitas alterações de última hora para recolher dados de países do mesmo continente. Um estudo intercontinental requer dados de mais países, o que exigiria mais tempo e recursos. Este estudo foi afectado pelo acesso a habitantes locais em áreas remotas onde os dados em bruto teriam beneficiado o estudo.

A Rede Cáritas em Portugal e a Resposta à Covid-19
O estudo inédito realizado com o apoio do CEsA para a Rede Cáritas Portuguesa, no âmbito das atividades da Oficina Global, demonstra a importância das atividades da Cáritas em Portugal, principalmente no contexto inesperado e de urgência da pandemia.
Resumo:
O estudo “A Rede Cáritas em Portugal e a Resposta à Covid-19” analisa a importância da ação social da Rede Cáritas em Portugal em contexto inesperado e de emergência sanitária, ao documentar a resposta da organização à pandemia de Covid-19. É feita uma análise das ações de continuidade, mas também das inovações que surgiram durante o primeiro ano da pandemia. Com uma presença que abrange a totalidade dos distritos de Portugal Continental e Ilhas, a Rede Cáritas em Portugal desenvolveu, pela primeira vez, um Programa Nacional de apoio direto às famílias em forma de bens e vales alimentares, bem como apoios financeiros pontuais e urgentes destinados ao pagamento de necessidades básicas como rendas, despesas com saúde e eletricidade, junto de um número considerável de beneficiários (10.444 pessoas, 3.205 famílias). O estudo mostra que a Rede Cáritas em Portugal conseguiu continuar as atividades de apoio alimentar e apoios pontuais que já desenvolvia, face a uma maior procura por parte das famílias: 60% das pessoas que procuraram o apoio da Cáritas neste período nunca tinha recorrido a este tipo de ajuda.
O estudo faz ainda uma análise preliminar do impacto socioeconómico da pandemia na população portuguesa e das vulnerabilidades socioeconómicas reveladas pela ação da Rede Cáritas em Portugal em contexto de pandemia. O relatório termina com um conjunto de 8 alertas que resultam do estudo e que merecem maior reflexão e ação em conjunto pela sociedade portuguesa.
Aceda ao artigo aqui.

António Mendonça/CEsA é eleito Bastonário da Ordem dos Economistas
O professor catedrático do ISEG e investigador do CEsA António Mendonça foi eleito no dia 3 de dezembro de 2021 o novo Bastonário da Ordem dos Economistas, em sucessão ao Dr. Rui Leão Martinho. A tomada de posse de António Mendonça terá lugar no dia 30 de dezembro.
Mais informações no site da Ordem dos Economistas.
Professor Catedrático do ISEG/ULisboa. Agregado em Economia pelo ISEG-ULisboa (1995). Doutor em Economia pelo ISEG/ULisboa (1987). Ministro das Obras Publicas, Transportes e Comunicações do XVIII Governo Constitucional de Portugal (26.10.2009 – 22.06.2011). Membro da Direção da Ordem dos Economistas (Triénio 2015 – 2017). Presidente do Conselho de Escola do ISEG/ULisboa (Quadriénio 2014-2018) Presidente do Conselho Diretivo do ISEG/ULisboa (1999-2002 e 2007-2009). Presidente do Conselho Pedagógico do ISEG/ULisboa (1993-1994). Presidente do CEsA/CSG/ISEG/ULISBOA (2013 – 2021). Presidente do CEDIN-Centro de Estudos de economia Europeia e Internacional, (biénios 1995/97, 2003/04, 2004/05, 2005/06). Docente e investigador nas áreas da Macroeconomia, Economia Internacional, Economia Financeira Internacional e Economia e Política dos Transportes. Professor convidado das Universidades de Orléans (França), Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal da Bahía e Universidade Federal da Paraíba (Brasil), University of National and World Economy (Sofia-Bulgária), Universidade Agostinho Neto (Angola-Luanda, Benguela e Lubango), Universidade Mandume Ya Ndemufayo (Angola-Lubango).
Desenvolveu várias missões de ensino e formação em, França, Brasil, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Bulgária. Enquanto Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, teve sob sua responsabilidade, o acompanhamento da gestão das diversas empresas públicas de transportes (terrestres, marítimos e aéreos) e respetivas regulações setoriais, a administração dos portos, a regulação e regulamentação das comunicações, a gestão das diversas infraestruturas de transportes e comunicações. Em particular, acompanhou a elaboração, o financiamento e a execução de diversos projetos, em regime de empreitada pública, de parceria publico-privada, de concessões diversas, de preparação de processos de privatização, nos aeroportos, transporte aéreo e transporte ferroviário.
Foi responsável pela produção de diversa legislação sectorial, pela articulação com as instituições europeias, designadamente com as instituições de financiamento, como o Banco Europeu de Investimentos e outras. Na qualidade de membro da Direção da Ordem dos Economistas participou numa comissão conjunta com a Ordem dos Engenheiros para a elaboração de um Código Deontológico e de Metodologia de Decisão para projetos públicos, relacionados com privatizações, parcerias público-privadas e concessões, por solicitação do governo português.
Enquanto consultor dirigiu e participou em vários projectos nacionais e internacionais sendo de destacar, entre outros, os quatro últimos: (1) Projeto “Desenho de um Observatório dos mercados da mobilidade, preços e estratégias empresariais” (Implementação e desenvolvimento de um Observatório da Mobilidade tendente à identificação, acompanhamento e monitorização da aplicação das regras e princípios gerais de custeio e formação de preços e tarifas no seio dos sectores regulados pela AMT) (2017); (2) Projeto de Privatizações e Parcerias Público-Privadas. Realização de um Estudo sobre a percepção da sociedade sobre o Programa de Privatizações e Parcerias Público-Privadas em Cabo Verde. Ministério das Finanças e do Planeamento. Unidade de Privatizações e Parcerias Público-Privadas (2015); (3) Projecto “Estudo Geoestratégico e de viabilidade económica de uma proposta de expansão da armazenagem subterrânea de gás natural em Portugal”. Transgás Armazenagem, S.A., Ref. 1-E/TRGM-09(2009); e, (4) Projecto “A competitividade sectorial em Portugal numa perspectiva comparada. Estudo realizado para o GEPE – Ministério da Economia (2003).
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)

Estudo do CEsA para a Cáritas Portuguesa mostra importância de ação social que beneficiou mais de 10 mil pessoas durante a pandemia
Um estudo inédito realizado com o apoio do Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento, ligado à unidade de Investigação em Ciências Sociais e Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), para a Cáritas Portuguesa mostrou que a instituição beneficiou 10.444 pessoas e 3.205 famílias com ações sociais de resposta à Covid-19 ao longo de 2021 nos distritos de Portugal Continental e Ilhas. Uma dessas ações é um Programa Nacional de apoio alimentar e financeiro que visa suprir necessidades básicas como rendas, despesas com saúde e eletricidade.
Entre os beneficiários das ações sociais da Rede Cáritas em Portugal, 60% recorreram pela primeira vez a esse apoio, o que demonstra a importância das atividades da Rede, principalmente no contexto inesperado e de urgência da pandemia.
Esses e outros resultados foram apresentados no último dia 16 de dezembro de 2021 durante o lançamento do estudo “A Rede Cáritas em Portugal e a Resposta à Covid-19”. O estudo foi realizado entre abril e agosto de 2021 e contou com o apoio do CEsA, no âmbito das atividades da Oficina Global. O relatório é de autoria dos investigadores Luís Mah (coordenador), Luís Pais Bernardo, Ana Luísa Silva e Renata Vieira de Assis.
O estudo pode ser descarregado integralmente no repositório do CEsA ou no site da Cáritas Portuguesa. Há também a versão sumário executivo, disponível no site da Oficina Global.
Mais informações nos sites da Oficina Global e da Rede Cáritas em Portugal.
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Cáritas Portuguesa
Imagem: Reprodução/Cáritas Portuguesa