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O turismo como ferramenta na luta contra a pobreza: o caso de Cabo Verde

Working Paper 96/2011: O turismo como ferramenta na luta contra a pobreza: o caso de Cabo Verde


Resumo:

O limiar de pobreza, varia necessariamente de país para país. Nalgumas regiões do mundo, o bem-estar atinge-se quando a quantidade de alimentação e vestuário é suficiente para uma integração social plena. Todavia, nas sociedades mais industrializadas, o nível de exigência será superior. Assim, nalguns casos pode-se concluir que a integração dependerá da cultura, da região e mesmo do período que se atravessa (Sen, 1983) sendo certo que este fenómeno deixará de ser local para passar a ser global como corolário do processo de globalização. Neste contexto, importa salientar que qualquer aproximação que se faça terá sempre um carácter subjectivo e será sempre muito difícil de caracterizar adequadamente que bens e serviços serão realmente fundamentais para poder estipular um determinado nível de pobreza, de exclusão ou até de privação. Este artigo pretende efectuar uma reflexão sobre o drama que assola muitas das sociedades actuais: a pobreza. Este é um fenómeno que urge erradicar rapidamente. O turismo como ferramenta na luta contra a pobreza: o caso de Cabo Verde tem duas partes principais. Numa primeira fase, analisam-se as suas causas e as diversas formas de manifestação. Numa segunda fase, pretende-se analisar mais detalhadamente de que forma o turismo poderá ser utilizado enquanto forma alternativa para reverter ou minimizar esta calamidade. 

 

Citação:

Sarmento, Eduardo Moraes. 2011. “O turismo como ferramenta na luta contra a pobreza: o caso de Cabo Verde”. Instituto Superior de Economia e Gestão. CEsA – Documentos de Trabalho nº 96/2011.

Avaliação do impacte do conflito de 1998/99 : projeto de construção de um observatório de bem-estar do bairro de Quelele

Working Paper 95/2000-2011: Avaliação do impacte do conflito de 1998/99: projeto de construção de um observatório de bem-estar do bairro de Quelele


Resumo:

Para uma análise do bem-estar das populações, consideramos ser fundamental ter uma noção clara do conceito de Estado, e das características específicas que assume num país como a Guiné-Bissau. As instituições com funcionamento contínuo de pessoal qualificado e financiamento certo, surgem em Estados com um processo de organização mais amadurecido, e portanto num Estado em construção, as decisões sobre política económica e social tomadas pelo Governo são executadas por instituições de forma imperfeita e de acordo com o grau de desenvolvimento daquelas que têm responsabilidades em cada área. O resultado é uma passagem à prática das decisões do Governo ou de autarquias de forma lenta e difícil, criando desilusões nas populações que têm como expectativa um aumento do nível de bem-estar, proporcionado por essas instituições. BAYART (1989), ao definir o Estado na generalidade dos países da África Subsaariana, considera uma noção de autoridade que designa o conjunto de instituições envolvendo qualquer posição de poder que permita a acumulação de capital, pela apropriação privada de recursos de diferentes tipos, como os militares, diplomáticos, culturais, tecnológicos e educacionais, para além dos económicos, seja dentro da legislação vigente, seja em acções de predador ou de cobrança de comissões por decisões de responsabilidade institucional. A sua separação da sociedade civil não é nítida, no sentido de que os indivíduos que ocupam as posições de autoridade procuram a apropriação de recursos para si próprios e para o seu grupo social de apoio da mesma forma, quer estejam ou não nessas posições institucionais. Ou seja, adoptamos, com esta interpretação, o conceito de “sobreposição ” de Bayart para a dicotomia Estado/Sociedade civil, onde esse autor defende a ideia de que tais categorias não se distinguem muito nitidamente, nem tem interesse para a compreensão das sociedades africanas a consideração de uma distinção artificialmente definida, que faz esquecer a “profundidade do campo histórico”. Parece-nos que essa sobreposição existe na Guiné-Bissau decorrente da fraqueza das instituições já referida. É a existência dessa sobreposição que leva a uma maior importância nas estratégias das populações prosseguidas fora do quadro estatal. Ou seja quanto menos Estado mais peso têm as acções da sociedade civil. A avaliação do Bem-estar e portanto a metodologia de construção de um Observatório que permita acompanhar a evolução do Bem Estar nos bairros tem um enquadramento teórico que parte da ideia que é fundamental determinar o que aconteceria se não tivesse havido acções concretas para melhoria do Bem Estar. Pretende-se assim operacionalizar a noção de Bem Estar/Pobreza multidimensional, juntando recursos de consumo individual, como a alimentação, de utilização (ou apropriação) social, como os de origem na pertença étnica ou religiosa, e mesmo os recursos de origem institucional, ou a participação na vida política da comunidade. Note-se que a definição dos componentes da PBE tem muito de subjectivo, por mais recurso que faça à literatura existente. Os inquéritos feitos na Europa que procuraram determinar esses componentes deram resultados muito pouco fiáveis quer nos elementos quer na hierarquia dos mesmos (Hagenaars, 1986). Em África os métodos participativos ainda não conseguiram originar uma definição de padrões generalizáveis de BE, embora o recente Voices of the Poor, financiado pelo Banco Mundial, seja um avanço significativo nessa direcção. Aquilo que se pretende detectar, em Avaliação do impacte do conflito de 1998/99 : projeto de construção de um observatório de bem-estar do bairro de Quelele, é a mudança, para melhor ou para pior, e não a situação estática. Por exemplo na componente de habitação o que se procura medir é se as condições de habitação melhoraram ou pioraram.

 

Citação:

Sangreman, Carlos. 2000-2011. “Avaliação do impacte do conflito de 1998/99 : projeto de construção de um observatório de bem-estar do bairro de Quelele”. Instituto Superior de Economia e Gestão. CEsA – Documentos de Trabalho nº 95/2011.

O censo das famílias, pessoas, habitações e actividades económicas: projecto de construção de um Observatório de Bem-estar do Bairro de Quelele

Working Paper 94/2011: O censo das famílias, pessoas, habitações e actividades económicas: projecto de construção de um Observatório de Bem-estar do Bairro de Quelele


Resumo:

O censo das famílias, pessoas, habitações e actividades económicas: projecto de construção de um Observatório de Bem-estar do Bairro de Quelele foi feito prosseguindo o objectivo de reforçar a capacidade das forças vivas (hoje dir-se-ia “dos agentes”) da sociedade civil do bairro de Quelele de intervir no sentido de conseguir criar cada vez mais uma vida melhor, um patamar de bem-estar mais alto, para os habitantes. A base teórica está resumida no livro a sair em abril próximo do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) da OCDE, “DAC Guidelines on Poverty Reduction”, que parte da noção multidimensional do bem-estar para uma definição de pobreza como privação de parte ou da totalidade dessas dimensões. O autor assume igualmente uma atitude activa em relação à investigação aplicada aqui esboçada. Ou seja não se considera como um observador externo de uma identidade colectiva em formação, mas sim como uma pequena peça da acção expressa das várias instituições formais e informais do bairro para que essa identidade se desenvolva e afirme cada vez mais claramente. Este trabalho não teria sido possível sem o trabalho dos inquiridores do bairro de Quelele, que guardaram durante todo o período do conflito armado os boletins que já tinham preenchido, e utilizaram o conhecimento do terreno para fazerem o inquérito num período de tempo muito curto. Igualmente os informáticos da AD aprenderam a trabalhar com o programa de apuramento estatístico com facilidade, num sinal de que os recursos humanos do país têm evoluído de forma significativa. Os agradecimentos são todos para as pessoas da AD, desde os seus dirigentes aos mais simples membros, bem como para o Pedro Lonet Proença que disponibilizou as fotografias que fez no bairro, e a Cristina Duarte, que executou os painéis da exposição de restituição dos resultados de forma entusiasta e criativa.

 

Citação:

Sangreman, Carlos. 2011. “O censo das famílias, pessoas, habitações e actividades económicas: projecto de construção de um Observatório de Bem-estar do Bairro de Quelele”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Documentos de trabalho nº 94-2011.

A cooperação multilateral no contexto da União Europeia: o caso português

Working Paper 93/2011: A cooperação multilateral no contexto da União Europeia: o caso português


Resumo:

Ao longo de mais de seis décadas, o subdesenvolvimento (as situações de pobreza extrema, a inexistência de redes de saneamento básico, o difícil acesso a água potável e a bens alimentares, …) tem sido uma das grandes apreensões da comunidade internacional, mais precisamente da comunidade europeia. De facto, com o final da II Grande Guerra, com a independência de muitas ex-colónias, o subdesenvolvimento que as caracterizava, passou a ser alvo de grande preocupação por parte dos países mais desenvolvidos, não só do ponto de vista económico, mas também do ponto de vista político e social. Embora, umas vezes sobreposta por outras prioridades e preocupações, o que é certo é que neste período já se começava a dar sinais de fomentar uma vontade conjunta no sentido da Cooperação para o Desenvolvimento. Sinais esses, que crescem, assumindo particular relevo em meados do século XX, com o Tratado de Roma em 1957 e, posteriormente, com as convenções de Yaoundé I e II em 1963 e 1969, respectivamente. Porém, e em decorrência do contexto político e económico internacional, é na década de 70 (setenta) que se fala em política de Cooperação para o Desenvolvimento com a Comunidade Europeia. O objectivo era desenvolver uma política de Cooperação que pudesse ser aplicada a todos e quaisquer países, independentemente das características que detivessem. Surge então, a ideia de uma Cooperação global, no sentido mais lato da palavra que com algumas alterações, muito em consequência da evolução e mesmo do fenómeno da globalização a que se tem assistido nos últimos anos, tem perpetuado até aos dias de hoje. É num quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional, tendo como base os princípios defendidos pela política de desenvolvimento da União Europeia (boa governação; promoção dos direitos humanos; promoção de um desenvolvimento justo, equitativo e duradouro; respeito pelo Estado de Direito e pelos regimes democráticos; eliminação das situações de pobreza extrema, …) que a política de Cooperação portuguesa se insere. Efectivamente, a política de Cooperação nacional, não obstante à modalidade de Cooperação que assuma (bilateral, descentralizada ou multilateral), partilha dos mesmos propósitos que a União Europeia, ao definir linhas de actuação que visam em última instância a paz, o espírito de solidariedade entre os povos, o estabelecimento e a consolidação de um regime político democrático em todos os países, independentemente da sua cultura, religião ou etnia. Procura acima de tudo o respeito pelos direitos do homem em qualquer circunstância, assim como a promoção da língua portuguesa e a protecção do meio ambiente, que se encontra cada vez mais menosprezado pelo Homem. Conclui-se então, em A cooperação multilateral no contexto da União Europeia: o caso português, que, e apesar da possibilidade de Portugal participar no processo de definição e de decisão de estratégias, a “(…) UE constitui um quadro político institucional a que estamos vinculados e cujas decisões e processo legislativo influenciam a actuação da cooperação portuguesa de uma forma especial, constituindo simultaneamente o espaço que nos permite difundir e projectar no seu seio os valores e os princípios que animam a cooperação portuguesa, bem como dos nossos parceiros do desenvolvimento. É também através da UE que esses valores podem ser levados a espaços mais amplos do que aqueles que a cooperação bilateral nos permitiria (…)” (Estratégia Portuguesa de Cooperação Multilateral, documento do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento).

 

Citação:

Faria, Raquel. 2011. “A cooperação multilateral no contexto da União Europeia: o caso português”. Instituto Superior de Economia e Gestão. CEsA – Documentos de Trabalho nº 93/2011.

História social e económica dos ismailis de Moçambique - Século XX

Working Paper 92/2011: História social e económica dos ismailis de Moçambique – Século XX


Resumo:

A historiografia recente em torno da presença indiana em Moçambique e nos territórios da África Oriental e Centro Oriental é unânime em evidenciar a sua vocação comercial no contexto da ocupação colonial dos séculos XIX/XX. No caso de Moçambique as fontes documentais disponíveis do tempo da colonização portuguesa atestam a sua importância quer no mundo rural, assegurando a monetarização dos produtos da agricultura africana, essenciais à manutenção da economia de exportação colonial, quer na dinamização de um segmento importante do comércio de retalho em contexto urbano, direccionado a um espectro amplo e heterogéneo de consumidores que estruturavam o mercado interno no tempo colonial. As análises inspiradas em tais fontes privilegiam um enfoque macro histórico da acção e inscrição espacial daqueles agentes económicos e raramente dão conta da natureza heterogénea das comunidades indianas em contexto moçambicano, do ponto de vista religioso e sócio económico. Esta sua invisibilidade respeita a práticas económicas que lhes são próprias, os processos que conduzem à sua integração na sociedade colonial, e oculta também a natureza das relações existentes no seu seio ou resultantes da sua interacção com as sociedades africanas, os agentes económicos europeus e a administração colonial. O que evidencia a necessidade da construção de uma nova história da colonização a partir do testemunho dos membros das diferentes comunidades indianas originárias de Moçambique permitindo alargar e enriquecer a visão redutora das percepções holísticas consagradas pela historiografia económica da colonização, a partir do único recurso a fontes escritas. Foi a intenção de responder a este desafio que nos conduziu a fazer História social e económica dos ismailis de Moçambique – Século XX e recolher narrativas de memória junto a membros da comunidade indiana Ismaili, presentes em Moçambique no período colonial do Estado Novo (1930-74). 

 

Citação:

Leite, Joana Pereira e Nicole Khouri. 2011. “História social e económica dos ismailis de Moçambique – Século XX”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Documentos de Trabalho nº 92-2011.

Les départs des Ismailis du Mozambique: Réflexions sur le départ d'une communauté et sa relation au secret

Working Paper 91/2011: Les départs des Ismailis du Mozambique: Réflexions sur le départ d’une communauté et sa relation au secret


Resumo:

Questionados sobre as suas relações com os diferentes grupos que constituíram a sociedade colonial moçambicana durante as últimas décadas da colonização portuguesa, membros da comunidade ismaelita falaram da sua partida, ocorrida entre 1973 e 1976, como parte de uma escansão “natural” que fecharam sua instalação na colônia por duas ou três gerações. Falar de uma saída comunitária e organizada revelou-se uma tarefa muito delicada, como se os atributos desse evento remetessem a algo proibido ou difícil de dizer a estranhos, neste caso a investigadores. A questão de uma partida coletiva de toda uma comunidade abriu primeiro a porta para muitas interpretações ligadas à história imediata desse evento. É de notar que, em primeiro lugar, a mobilização para uma partida colectiva por parte da comunidade Ismaili antes do mês de Abril 1974, poderia ter perturbado grandemente o regime colonial português, que ainda não acreditava que estivesse a chegar ao fim em Moçambique. A organização desta partida como um facto colectivo devolveu-lhe o sinal da irreversibilidade de um tempo e o toque de morte da ordem colonial. Será que a comunidade Ismaili traiu o governo da colónia ao tomar esta acção mesmo antes da queda do regime colonial? Se o seu líder, o Aga Khan III, não tivesse assegurado ao governo de Salazar a sua comunidade da lealdade da sua comunidade para com a direcção da política portuguesa? Visto do lado moçambicano, teria a partida colectiva traído as populações africanas em cujas terras esta comunidade tinha florescido? Teria também traído os moçambicanos brancos que tinham ficado e assim feito uma escolha diferente? Que tinha feito uma escolha diferente? Escusado será dizer que para a Frelimo, sair significou obviamente trair os ideais da luta pela independência. Les départs des Ismailis du Mozambique: Réflexions sur le départ d’une communauté et sa relation au secret pretende relacionar a partida colectiva e organizada da comunidade Ismaili de Moçambique entre Janeiro de 1973 e Dezembro de 1976, o elemento central do segredo, com as suas várias manifestações nas narrativas dos Ismailis entre 1973 e Dezembro de 1976, a peça central do segredo, com as suas diferentes variações nas contas das partidas dos seus próprios membros.

 

Citação:

Khouri, Nicole, Joana Pereira Leite e Maria José Mascarenhas. 2011. “Les départs des Ismailis du Mozambique: Réflexions sur le départ d’une communauté et sa relation au secret”. Instituto Superior de Economia e Gestão. CEsA – Documentos de Trabalho nº 91/2011.

Dinâmicas de mundialização na América Latina: o Cone Sul e as inversões ibéricas

Working Paper 90/2011: Dinâmicas de mundialização na América Latina: o Cone Sul e as inversões ibéricas


Resumo:

Dinâmicas de mundialização na América Latina: o Cone Sul e as inversões ibéricas tem o objetivo de analisar em perspectiva os processos de integração por que passou a América Latina, particularmente o Cone Sul 1, no largo processo de formação da economia mundial desde a expansão que incorporou o continente americano ao desenvolvimento capitalista até o início do século XXI. A ênfase está colocada a partir dos anos oitenta do século passado, quando se inicia uma outra forma de integração, marcada pela abertura comercial e financeira, assim como por uma crescente integração dos mercados acompanhada pela formação de blocos econômicos no plano mundial e regional. Será abordado mais detidamente as lógicas espaciais e as relações do Cone Sul como destino do investimento direto estrangeiro (IDE) originado da Espanha e Portugal. Este é um aspecto que ressaltamos: do ponto de vista do impacto dos investimentos, o Cone Sul é visto como uma realidade mais ibérica do que europeia ou exclusivamente americana, como foi até o início dos anos noventa. Ou seja, sublinhamos a particularidade da opção ibérica por uma estratégia seletiva de internacionalização de suas empresas, saindo da lógica tradicional ao avançar para um espaço periférico fora dos circuitos da Tríade (EUA, Japão e União Europeia); ao contrário, e de modo diferente dos demais países europeus, possibilitando um caminho de integração que é o que resulta da internacionalização das empresas e a economia no espaço mundial.

 

Citação:

Gómez Olivares, Mario e Cezar Guedes. 2011. “Dinâmicas de mundialização na América Latina: o Cone Sul e as inversões ibéricas”. Instituto Superior de Economia e Gestão .CEsA – Documentos de Trabalho nº 90/2011

Doutorandos em Estudos de Desenvolvimento e investigadores do CEsA aprimoram boas práticas de escrita em retiro de escrita académica saudável


Healthy Academic Writing Retreat

Alunos do Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (PDED) (ISEG/ICS/IGOT/ISA) e investigadores do CEsA e do ISEG reuniram-se nos dias 22 e 23 de junho de 2022 em um retiro de escrita académica saudável. O Healthy Academic Writing Retreat foi facilitado pela Drª Joana Pais Zózimo (Lancaster University Management School) na Brotéria e contou com o apoio do CEsA.

Os dois dias de intensa aprendizam foram dedicados à metodologia Structured Writing Retreat (SWR), desenvolvida pela Professora Rowena Murray (University of the West of Scotland), e trazida para Portugal pela Drª Joana Pais Zózimo. Este método fornece o tempo, o espaço e a estrutura necessários para que os participantes possam progredir em projectos de redação académica, e ao qual Joana adicionou a vertente de saúde e bem-estar.

Joana Pais Zózimo explica que o diferencial da abordagem é o foco saudável e alegre, além de fornecer um espaço de escrita apoiado no compromisso dos participantes e na ausência de distrações. “O tempo de escrita amplo e focado é apoiado por movimentos e intervalos para lanches e refeições e oportunidades para discutir a escrita com o grupo de outros escritores”, diz Zózimo.

Alguns objetivos específicos da aprendizagem foram: melhorar a atitude em relação à prática de escrita, aumentar a confiança em enfrentar desafios académicos e reinterpretar quantidades significativas de escrita para produzir resultados realistas (definição de metas), diminuindo os níveis de estresse e ansiedade, e fornecer perspetivas nas realizações académicas (replicar o método), para além de estabelecer boas conexões colaborativas dentro do grupo participante.

Testemunhos sobre o Healthy Academic Writing Retreat

Silvia Amaral, aluna do 2º ano do Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (ISEG/ICS/IGOT/ISA)

Healthy Academic Writing RetreatO Healthy Academic Writing Retreat foi uma experiência nova para mim. Foi a primeira vez que me juntei a um grupo para escrever, e escrever de forma estruturada. Embora eu tenha autodisciplina para o trabalho, aprendi a fazê-lo de uma maneira mais saudável e, portanto, eficaz. Os slots estruturados de 60 minutos de escrita ininterrupta passaram muito rápido. É, simultaneamente, tempo suficiente para obter um bom fluxo de escrita, mas não muito longo para ficar cansado ou entediado. E se você levantar a cabeça, verá seus colegas trabalhando focados e isso lhe dará motivação extra para continuar. Os intervalos de 20 minutos entre as sessões ajudam a descansar o cérebro e relaxar o espírito, com a oportunidade de conversar com os colegas sobre o trabalho ou qualquer outro assunto.

O local onde decorreu o workshop – um edifício histórico no centro de Lisboa – também contribuiu para o seu sucesso. Trabalhamos melhor em um local agradável com muita luz natural, boa ventilação, cercado de uma bela decoração e em boa companhia de colegas motivados. No geral foi uma experiência muito boa, também graças à liderança calma e organizada da facilitadora, e teve um impacto muito positivo na minha produção, não só durante esses dois dias, mas também pela forma como vou organizar o meu trabalho daqui para a frente. Obrigado CEsA por organizar isso!

Cosmas A. BA-ANA-ITENEBE, aluno do 2º ano do Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (ISEG/ICS/IGOT/ISA)

Healthy Academic Writing RetreatAchei o retiro de escrita muito enriquecedor e orientado ao foco. A metodologia foi bastante original e inovadora, o que realmente faz com que você se concentre e escreva. O fato de também estar na companhia de outras pessoas focadas realmente o impulsiona a escrever e se envolver. As pausas curtas e lanches saudáveis ​​foram realmente incríveis. Também achei que o local escolhido para o retiro foi ótimo. O fato de outras pessoas irem lá para estudar deu mais sabor ao retiro e colocou-nos em modo de estudo. O fato de a Joana não ser apenas uma facilitadora, mas também participar da redação e compartilhar sua experiência foi único e surpreendente.

No entanto, para mim, pensei que aprenderia técnicas de escrita. Sugiro aos facilitadores e organizadores ajudarem os participantes a se prepararem com antecedência, como fazer algumas pesquisas iniciais para saber sobre o que e como os participantes escrevem.

Xin Su, aluna do 1º ano do Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (ISEG/ICS/IGOT/ISA)

Healthy Academic Writing RetreatNo Healthy Academic Writing Retreat escrevemos juntos, estabelecemos metas concretas e nos dedicamos à escrita, o que me ajudou muito. O ambiente da oficina também foi muito descontraído e agradável, e a professora foi muito gentil e cuidou do progresso de cada aluno. Também foi uma experiência muito agradável conversar com meus colegas entre as sessões de redação e no almoço.

Dicas de Joana Pais Zózimo para uma escrita académica saudável

Objetivos de escrita:

  • Tenha uma ideia clara do projeto de redação em que deseja trabalhar.
  • Esboce um plano básico (talvez esboce uma meta/resultado final) para as sessões de redação planeadas; se não tiver certeza do que deseja alcançar, gaste cerca de 20 a 30 minutos escrevendo ou fazendo mapas mentais.
  • Complete a leitura relevante e faça anotações.
  • Faça download de todos os materiais necessários para evitar visitas desnecessárias à internet.

Objetivos de bem-estar:

  • Faça o que puder para garantir um ambiente confortável e livre de distrações:
    • Certifique-se de que os outros saibam quando está ocupado e quando está de folga.
    • Certifique-se de que o espaço de trabalho é o mais ergonômico possível e que tudo o que é preciso está à mão (por exemplo, notas, artigos, papel para anotações, canetas, lápis, etc.).
  • Planeie lanches e bebidas saudáveis e nutritivos com antecedência para que possa apreciá-los sem pressa. Evite alimentos muito pesados ou doces.

Para mais informações, contacte: zozimojoana@gmail.com (e-mail), +351 962392825 ou +447578609287 (whatsapp).

Autor e imagens: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)

Topics in Development Studies 2022

Assista às apresentações dos Seminários “Topics in Development Studies 2022”


O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG/ULisboa), o Instituto Superior de Agronomia (ISA/ULisboa), o Instituto de Ciências Sociais (ICS/ULisboa) e o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT/ULisboa), com o apoio do Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA/ULisboa), corganizaram os Seminários “Topics in Development Studies”. Os seminários foram uma iniciativa no âmbito do Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (PDED). As sessões dos Seminários “Topics in Development Studies 2022” foram transmitidas on-line por Zoom, do dia 14 de março de 2022 até o dia 6 de junho de 2022. As transmissões estão salvas no canal do CEsA no YouTube (aceda neste link). Assista aqui:

“Decline Processes in Technologial Innovation Systems: lessons from energy technologies”, Nuno Bento (IP Viseu/ISCTE-IUL/IGOT), 9 de maio de 2022.

Seminário/Seminar “Topics in Development Studies” 2022. 9 de maio de 2022 | May 9th 2022. Tema/Theme: “Decline Processes in Technologial Innovation Systems: lessons from energy technologies”. Oradora/Speaker: Nuno Bento (IP Viseu/ISCTE-IUL/IGOT). O seminário é uma iniciativa no âmbito do Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (PDED) (ISEG/ISA/IGOT/ICS). The seminar is an initiative within the scope of the PhD Program in Development Studies (PDED)(ISEG/ISA/IGOT/ICS).

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“Four Crises in Global Neoliberalism: economy, politics, health, environment”, Alfredo Saad-Filho (King’s College, UK/ISEG), 23 de maio de 2022.

Seminário/Seminar “Topics in Development Studies” 2022. 23 de maio de 2022 | May 23rd 2022. Tema/Theme: “Four Crises in Global Neoliberalism: economy, politics, health, environment”. Orador/Speaker: Alfredo Saad-Filho (King’s College, UK/ISEG). O seminário é uma iniciativa no âmbito do Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (PDED) (ISEG/ISA/IGOT/ICS). The seminar is an initiative within the scope of the PhD Program in Development Studies (PDED)(ISEG/ISA/IGOT/ICS).

 

“Smallholder’s Food Security Under Climate Change in Africa: a farming systems approach”, Mariam Abbas (ISA), 6 de junho de 2022.

Seminário/Seminar “Topics in Development Studies” 2022. 6 de junho de 2022 | June 6th 2022. Tema/Theme: “Smallholder’s Food Security Under Climate Change in Africa: a farming systems approach”. Oradora/Speaker: Mariam Abbas (ISA). O seminário é uma iniciativa no âmbito do Programa de Doutoramento em Estudos de Desenvolvimento (PDED) (ISEG/ISA/IGOT/ICS). The seminar is an initiative within the scope of the PhD Program in Development Studies (PDED)(ISEG/ISA/IGOT/ICS).

 

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)

Das limitações do PIB enquanto indicador às necessidades de medição dos níveis de desenvolvimento

Working Paper 89/2011: Das limitações do PIB enquanto indicador às necessidades de medição dos níveis de desenvolvimento


Resumo:

Das limitações do PIB enquanto indicador às necessidades de medição dos níveis de desenvolvimento procura problematizar algumas limitações e insuficiências dos utensílios tradicionais de medição da performance económica e de desenvolvimento dos Estados, como o Produto Interno Bruto (PIB) Comenta-se sinteticamente alguns índices que, com vários âmbitos, tentam complementar esta grandeza. Salienta-se a necessidade da consolidação e do estímulo do aperfeiçoamento de indicadores e medidas alternativas, de forma a diminuir as deficiências existentes nas actuais medições do desenvolvimento que servem de referência. Utilizando enquanto válida a definição de economia de alocação de recursos escassos a necessidades ilimitadas, chegamos a uma concepção de política económica enquanto a actuação dos poderes públicos em domínios económicos destinada à obtenção de resultados previamente escolhidos (Amaral, 1996). Interessa, então, reflectir sobre o facto de que, sem a construção de instrumentos e indicadores estatísticos que permitam avaliar as consequências e interpretar os resultados decorrentes da acção política, dificilmente será possível uma orientação consistente da tomada de decisão de política económica. É neste âmbito que encetamos o nosso ensaio com uma meditação a propósito da eventual debilidade do indicador de actividade económica mais utilizado pelos economistas e políticos mainstream.

 

Citação:

Damásio, Bruno e Luís Mah. 2011. “Das limitações do PIB enquanto indicador às necessidades de medição dos níveis de desenvolvimento”. Instituto Superior de Economia e Gestão. CEsA – Documentos de Trabalho nº 89/2011.


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