Arquivo de Economia e Política do Desenvolvimento - Página 4 de 6 - CEsA

Economia e Política do Desenvolvimento

The Value of Information: The Impact of European Union Banks Stress Tests on Stock Markets

The Value of Information: The Impact of European Union Bank Stress Tests on Stock Markets


Resumo:

Em The Value of Information: The Impact of European Union Banks Stress Tests on Stock Markets testamos se os testes de stress dos bancos da União Europeia de 2010, 2011 e 2014 produziram informações úteis e reais para o mercado. Utilizando um modelo de precificação de activos de capital aumentado, analisámos o impacto da divulgação de informação em cada teste de stress (anúncio, metodologia e eventos de resultados) nos retornos do mercado de acções e no risco dos bancos. A nossa abordagem permite uma análise integrada, tendo sido utilizada uma amostra de 41 bancos que participaram em todos os três testes de stress. O evento mais significativo foi a divulgação da metodologia, em termos do seu impacto no risco e nos retornos. Em contraste, os eventos de resultados não tiveram grande impacto no mercado de acções ao considerar toda a amostra de bancos. Por outro lado, após dividir a amostra de bancos em dois grupos (os que passaram no teste de stress da União Europeia de 2014 versus os que falharam), observámos uma reacção significativa dos mercados bolsistas em ambos os grupos. Estas conclusões são consistentes com a hipótese de que os testes de esforço fornecem informações reais e valiosas aos mercados sobre o sistema bancário. Uma parte significativa dessa informação é transmitida por anúncios e eventos metodológicos.

 

Citação:

“Borges, M. R., Mendes, J. Z. and Pereira, A. (2019). “The Value of Information: The Impact of European Union Banks Stress Tests on Stock Markets”. International Advances in Economic Research, 25, 429-444. https://doi.org/10.1007/s11294-019-09760-5

Cultural and creative entrepreneurs in financial crises: Sailing against the tide?. Scientific Annals of Economics and Business

Cultural and Creative Entrepreneurs in Financial Crises: Sailing against the tide?


Resumo:

Cultural and creative entrepreneurs in financial crises: Sailing against the tide?. Scientific Annals of Economics and Business concentra-se numa série de idiossincrasias de empresários culturais e criativos (CCEs) para estudar a capacidade de resistência dos CCEs em tempos de crise (crise económica, financeira e da dívida). É analisada a demografia das empresas CC (nascidas e mortas), as tendências e o desempenho e a associação entre os subsídios recebidos e a sobrevivência da empresa. Analisa principalmente as microempresas de um país onde as CCE são particularmente desafiadas do ponto de vista financeiro, nomeadamente Portugal. Explora a disponibilidade única de micro dados contabilísticos a nível de empresa privada num período de 8 anos (2004-2011), o que permite incluir os efeitos da última crise financeira, e compreender a evolução do critério do sucesso económico. Os resultados obtidos sobre o impacto dos subsídios na sobrevivência são interessantes tanto nas CCE como nas perspetivas políticas, sugerindo um impacto positivo dos subsídios em períodos de recessão, e um impacto negativo dos subsídios em períodos de crescimento da economia. Além disso, as empresas CCE revelaram-se mais dinâmicas do que outras empresas de outros sectores.

 

Citação:

Fontainha, E., & Lazzaro, E. (2019). Cultural and creative entrepreneurs in financial crises: Sailing against the tide? Scientific Annals of Economics and Business, 66 (Special issue – dedicated to the VIII Wo), 73–89. https://doi.org/10.47743/saeb-2019-0022

Perspective piece on “Transfers in an Ageing European Union” by Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein and Tobias C. Vogt

Perspective Piece on “Transfers in an Aging European Union” by Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein and Tobias C. Vogt


Resumo:

O crescimento da longevidade da população europeia é uma consequência dos desenvolvimentos em vários domínios, incluindo medicina, nutrição e políticas de bem-estar, e reflecte o progresso geral do bem-estar, do desenvolvimento humano e da qualidade de vida. No entanto, como a melhoria contínua da esperança de vida tem sido acompanhada por um declínio nas taxas de fertilidade, que as migrações não são suficientes para compensar, resultou num envelhecimento crescente da população, o que levanta desafios societais críticos. Vários artigos apresentados nesta revista exploram os efeitos a curto e longo prazo do envelhecimento da população na UE e em cada um dos seus países membros. O artigo escrito por Fanny Kluge, Joshua Goldstein e Tobias Vogt, Transfers in an ageing European Union, (a seguir “KGV”) contribui para a compreensão dos efeitos do envelhecimento da população nos orçamentos fiscais dos países da UE-28 e “as suas implicações para os potenciais fluxos de transferência entre países da UE”. Os resultados de “KGV” abrem várias vias para a continuação da investigação. Elsa Fontainha comenta o trabalho de Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein e Tobias C. Vogt quanto às transferências de população na União Europeia.

 

Citação:

Fontainha, E. (2019). Perspective piece on “Transfers in an Ageing European Union” by Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein and Tobias C. Vogt. Journal of the Economics of Ageing, 13, 55-55. https://doi.org/10.1016/j.jeoa.2018.10.006

A caminho de uma recaída da economia mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia

A Caminho de uma Recaída da Economia Mundial? Ainda Algumas Notas sobre a Natureza da Crise Económica e Financeira de 2008-2009 e os seus Impactos na Economia Europeia


Resumo:

Partindo da análise dos últimos dados sobre a evolução da economia mundial, discutem-se as razões que poderão estar na base da persistência das dificuldades em recuperar, de forma sustentada, os ritmos de crescimento, em particular na zona euro, mais de uma década após a eclosão da crise de 2008 – 2009. Discute-se em A caminho de uma recaída da economia mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia a natureza desta crise económica global, os seus impactos a nível regional europeu, a emergência do que se designou por crise de identidade do projeto de integração europeia, a ineficiência do sistema euro enquanto mecanismo de ajustamento, interno e externo, e o papel da política monetária não convencional. Conclui-se pela necessidade de a Europa proceder a uma redefinição profunda do seu projeto de integração, incluindo o redesenho do sistema euro à luz da experiência recente da política monetária não convencional. Neste processo, considera-se haver um lugar importante para Portugal, enquanto país europeu atlântico, cuja identidade se formou e consolidou no processo de constituição da economia global.

 

Citação:

Mendonça, António .2019. A caminho de uma recaída da economia mundial?: Ainda algumas notas sobre a natureza mundial?: Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia”, Lusíada – Economia & Empresa, nº 26, p. 31-66

Guiné-Bissau – Notas sobre o presente e o futuro

Guiné-Bissau – Notas sobre o presente e o futuro


Resumo:

A ideia de editar o livro Notas sobre o presente e o futuro sobre a Guiné-Bissau surgiu a partir da necessidade de conhecer melhor o país e pensar alguma coisa do seu passado recente que vai inevitavelmente contribuir para o que será o futuro próximo. Assim procurou-se recolher textos já existentes que foram revistos e atualizados bem como pedir a alguns autores que refletissem sobre temas a partir do mote “Guiné-Bissau, notas sobre o presente e o futuro”. Estes textos são editados num momento especial do país. Depois de um período de um governo indicado por militares que tomaram o poder em 2012, realizaram-se em 2014 eleições e uma mesa redonda em Bruxelas onde o país recebeu um grande incentivo da parte dos seus parceiros internacionais – instituições e países – de apoio a um governo e um presidente que todos tinham esperança que proporcionassem uma evolução mais estável e de sucesso como até à altura não tinha havido. Mas essas expectativas esbarraram com um conflito entre órgãos de soberania, que frustrou esse apoio e atirou o país para um período de instabilidade de quatro anos que começou a terminar com as eleições legislativas de 10 de Março de 2019 mas só se espera que volte à normalidade de funcionamento institucional com as eleições presidenciais de Novembro do mesmo ano.

 

Citação:

Sangreman, Carlos, Fátima Proença, Luís Vaz Martins, Mamadu Alfa Djau, Pedro Rosa Mendes e Rui Jorge Semedo Guiné-Bissau – Notas sobre o presente e o futuro, com, ISBN 978-989-20-9932-3, CESA-ISEG/ULisboa, 2019, Lisboa.

The Causality between Energy Consumption, Urban Population, Carbon Dioxide Emissions and Economic Growth

The Causality between Energy Consumption, Urban Population, Carbon Dioxide Emissions and Economic Growth


Resumo:

The Causality between Energy Consumption, Urban Population, Carbon Dioxide Emissions and Economic Growth avalia a relação entre o consumo de energia eléctrica e a urbanização comparando os resultados econométricos do desfasamento autoregressivo distribuído (ARDL) e do autoregressivo vectorial (VAR) para o período 1960-2015. A causalidade granjeira é também aplicada à economia portuguesa. Neste estudo, usamos algumas hipóteses que descrevem a ligação entre o consumo de energia eléctrica, população urbana, emissões de dióxido de carbono, e crescimento económico. A motivação desta investigação centra-se na relação entre o consumo de energia eléctrica (consumo de energia) e a população urbana, apoiada pelas contribuições teóricas e empíricas da energia e da economia urbana. Os resultados empíricos mostram que o consumo de energia eléctrica apresenta uma causalidade com o crescimento económico, a população urbana, as emissões de dióxido de carbono, e o comércio internacional. Esta investigação também prova que existe cointegração entre todas as variáveis a longo prazo. Este documento apresenta contribuições significativas para a política económica, mostrando que existe uma associação entre o consumo de energia e o crescimento económico.

 

Citação:

Leitão, N.C. & Lorente, D. B. (2020): The Causality between Energy Consumption, Urban Population, Carbon Dioxide Emissions and Economic Growth. Springer Handbook Green Energy Series: Econometry of Green Energy- Economy and Technological and Development. Publisher: Springer.

The Cluster as a theoretical and practical tool for Portuguese International Cooperation for Development: the cases of Mozambique and Angola

The Cluster as a Theoretical and Practical Tool for Portuguese International Cooperation for Development: The cases of Mozambique and Angola


Resumo:

The Cluster as a theoretical and practical tool for Portuguese International Cooperation for Development: the cases of Mozambique and Angola procura dar um contributo para o conhecimento dos efeitos teóricos e práticos do novo instrumento nas mãos da cooperação portuguesa para o desenvolvimento – clusters em cooperação – tanto no que diz respeito aos países que recebem ajuda internacional como ao nível do efeito que a sua criação e implementação pode ter, através do que podemos chamar de “efeito bumerangue”, na reforma das instituições públicas e privadas de cooperação em Portugal, sobretudo no Instituto de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD). Quanto à vertente teórica, defendemos que é apenas a ligação deste conceito ao benchmarking, tal como é entendido na reforma da administração pública em curso, que o transformará numa verdadeira medida de política, por oposição a medidas virtuais que são anunciadas e nunca postas em prática. Poderá então dar um contributo inovador para a reforma das instituições públicas e dos atores não estatais que compõem o campo da cooperação portuguesa, que opera no atual quadro de consenso internacional sobre a área, e da política de reforma da administração pública do atual governo. Em termos de operações práticas, sustentamos que isso deve ser alcançado por um modelo flexível, perfeitamente viável e de forma alguma utópico. Com este modelo, podem ser desenvolvidos programas de cooperação adaptados às prioridades de cada país. Isso pode ser feito usando a metodologia de parceria e a avaliação dos resultados que dão a melhor qualidade e são os mais participativos possíveis em todas as fases de identificação, concepção, implementação e avaliação. Isto significa ter presente as opções políticas portuguesas e dos países parceiros, bem como a coerência, consistência e capacidade institucional de ambas as partes. São necessárias experiências de outros países que financiam a cooperação, devendo referir-se o cluster mais avançado em Portugal – o projecto para a Ilha de Moçambique – bem como apresentar propostas para a operacionalização dos clusters. Estes podem constituir um modelo do que Portugal pode traçar para os países com os quais está a cooperar, podendo depois estender-se também ao que pensamos serem as transformações nas instituições portuguesas do “campo” à luz das ideias aqui expressas.

 

Citação:

Sangreman, C., coord. (2017). The Cluster as a theoretical and practical tool for Portuguese International Cooperation for Development: the cases of Mozambique and Angola. Lisboa: ISEG – CEsA & CEI-ISCTE/IUL.

Dialética do acomodatismo Brasileiro

Dialética do Acomodatismo Brasileiro


Resumo:

A economia-mundo capitalista está imersa em uma inércia generalizada. Um movimento de lenta acumulação, baixo investimento, limitadas taxas de crescimento, que se dá por uma intensa pressão sobre os níveis das desigualdades, historicamente, existentes. O Brasil não está alheio aos tensionamentos desse movimento. Dialética do acomodatismo Brasileiro apresenta os elementos que caracterizam o que denominamos estrutura da acomodação brasileira. A pesquisa mostrou que a recente acomodação da economia brasileira se expressou na perda relativa de sua capacidade produtiva, no desempenho do volume das importações e na deterioração de seu mercado de trabalho. A dinâmica econômica brasileira de desenvolvimento concentrador de renda e de riqueza se viu revestida: 1. por uma trajetória de atividades industriais, sem se configurar um processo de industrialização propriamente dito; 2. por um avanço contínuo das atividades agroeconômicas em um processo de primarização da pauta exportadora que se expande e se afirma como uma espécie de modo perpétuo; e 3. por um mercado de trabalho estruturado à precarização das condições e relações de trabalho e à reprodução de desigualdades. Sob a perspectiva acomodacionista, aqui exposta, o IA-Br mostrou que a recente acomodação da economia brasileira se deu por um desempenho significativo do setor externo, pela perda relativa, não  significativa, de sua capacidade produtiva e pelo recrudescimento de seu mercado de trabalho, que somados às alterações recentes, de ordem político-institucionais, caracterizam a Estrutura da Acomodação Brasileira.

 

Citação:

Moreira, Marcelo José (2021). “Dialética do acomodatismo Brasileiro”. Comunicação apresentada no VIII Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás (Cepe|UEG), Universidade Estadual de Goiás, Anápolis

O acesso à água e ao saneamento nos países em desenvolvimento : a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné-Bissau

Brief Paper 1/2015: O Acesso à Água e ao Saneamento nos Países em Desenvolvimento: a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné-Bissau


Resumo:

Este documento nasce da readaptação da tese de mestrado “O acesso à água e ao saneamento nos países em desenvolvimento: a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné Bissau” realizada no decorrer de 2014 e defendida em Novembro do mesmo ano. O trabalho enquadra-se no tema da cooperação internacional com os Países em Desenvolvimento (PD) no sector da água, do saneamento e da higiene (WASH)3 e tem o propósito de investigar de que forma as boas práticas, acordadas pelos doadores internacionais, para o acesso à água e ao saneamento, influenciam o trabalho das ONGDs que atuam neste sector. Assim, procurou-se analisar como é que a União Europeia (UE), o mais importante doador no sector WASH a nível internacional, tem influenciado o trabalho no sector WASH da ONGD portuguesa – TESE – Associação Para o Desenvolvimento. Procurou-se observar de que forma a TESE interpreta as orientações da UE no sector WASH, tentando compreender se se verifica uma cega adaptação às linhas orientadoras de forma a captar os fundos, ou se ao contrário existe uma visão que orienta as ações da TESE independentemente da disponibilidade dos financiamentos. A UE, na primeira década de 2000, tem fortalecido o seu empenho no sector WASH, financiando inúmeros projetos de cooperação e contribuindo ativamente no debate político internacional. Entre os critérios que levaram à escolha da TESE, para além da proximidade geográfica e da oportunidade de colaboração com os membros da organização, figura o facto desta ser uma das poucas ONGD em Portugal empenhadas na cooperação no sector WASH no espaço lusófono. Esta, ao longo da última década, tem-se afirmado como organização de referência no panorama das ONGDs portuguesas estando envolvida em vários projetos no sector da água e do saneamento. Desde o seu nascimento até hoje, verificou-se uma evolução substancial da organização, que passou a ter uma estrutura estável e objetivos bem definidos. Com o tempo a TESE foi definindo um modelo de intervenção próprio à organização. Entre os projetos realizados destaca-se um, Bafatá Misti Iagu (BMI), cofinanciado pela UE em Bafatá, na Guiné Bissau (GB). Este será objeto de análise enquanto estudo de caso. Entre fevereiro e maio de 2014, foi acompanhado o trabalho diário da sede da TESE em Lisboa. Foram analisados os documentos que orientam a cooperação e as linhas de financiamento da UE no sector WASH e comparados com os resultados do caso de estudo sobre Bafatá, escrever o contexto de intervenção do projeto BMI. provenientes da análise dos documentos dos projetos realizados pela TESE, das avaliações dos projetos e das entrevistas realizadas aos membros atuais e anteriores da ONGD5. A comparação foi focada principalmente sobre: (1) os objetivos desejados, os grupos alvo, as ações propostas e a abordagem promovida nas ações; (2) a abordagem sobre as questões chave do acesso e da gestão dos serviços hídricos. Aqui procurou-se comparar os princípios inerentes a questões institucionais e de gestão (Qual o modelo de gestão do recurso que é promovido?), sociais e económicas (Qual o valor atribuído à água, na equidade, nos direitos humanos, na equidade de género, na qualidade dos serviços promovida, e nas questões de propriedade, preço, tarifação dos serviços?), e finalmente ambientais, de informação, educação, comunicação e tecnológicas6. Desta análise resultou uma substancial aproximação entre as orientações da UE e os projetos realizados pela TESE. Este resultado se torna mais interessante tendo em consideração que a linha de financiamento com a qual a TESE financiou o projeto BMI em 2009 não incluía orientações específicas sobre o sector da água e a definição dos objetivos, dos resultados esperados, das atividades e mais em geral da abordagem, não estando sujeita aos critérios de elegibilidade da CE no sector WASH. No que diz respeito os objetivos desejados, os grupos alvo, as ações propostas e a abordagem promovida nas ações encontra-se uma alta correspondência de visão. As ações da TESE englobam quer uma componente infraestrutural (construção e reabilitação de infraestruturas, implementação de medidas de prevenção da poluição e proteção da água), quer medidas direcionadas à melhoria da gestão dos recursos de forma a garantir a durabilidade da intervenção (sensibilização para a utilização correta dos recursos e educação para a higiene, reforço e gestão das instituições no sector da água). Entre as medidas partilhadas pela EU e a TESE direcionadas à gestão dos recursos encontra-se a da gestão da procura, a qual, porém, não foi aplicada indiscriminadamente nos projetos realizados pela TESE, sendo que cada vez houve uma identificação prévia do contexto e das suas necessidades. A afinidade de visão entre a CE e a TESE se mantém constante, se bem com alguma diferença, olhando para os princípios chave de acesso e gestão aplicados na implementação do projeto BMI (Ver Tabela A). Este não surgiu pela abertura de uma linha de financiamento, mas sim pela identificação das necessidades e das oportunidades de cooperação em Bafatá, numa ótica de complementaridade e de integração com as outras iniciativas em curso. Os resultados esperados não foram definidos para responder às condições de elegibilidade do Apelo para a Apresentação de Candidaturas (ou Call for Proposal -CfP-), mas sim para ter o melhor impacto do ponto de vista da sustentabilidade económica, humana e ambiental. A definição destes resultados deriva de um padrão de intervenção próprio da TESE, que pode sofrer alterações segundo o contexto e as exigências das linhas de financiamento, mas que na substância não é alterado. Através da análise dos projetos realizados pela TESE foi possível identificar um modelo de intervenção próprio da organização. Este modelo, fio condutor entre os projetos, é parte integrante da sua estratégia de cooperação. Tendo em conta o observado, pode-se afirmar que a TESE tem uma visão que orienta as suas ações no sector WASH, não limitando-se a aplicar ipsis verbis o que é pedido nas CfP da CE. Contudo, como vimos, existe uma boa correspondência nos objetivos e nas boas práticas aprovadas pela CE e a visão e o trabalho da TESE. Na comparação dos objetivos, dos princípios e das ações propostas, pode-se deduzir que, tendo como exemplo a aplicação do princípio da gestão da procura, não há execução das boas práticas reconhecidas internacionalmente sem uma prévia análise do contexto de intervenção.

 

Citação:

Gentili, Davide (2015). “O acesso à água e ao saneamento nos países em desenvolvimento : a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné-Bissau”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Brief papers nº 1-2015.

A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos

Brief Paper 1/2008: A Gestão do Fundo Petrolífero de Timor Leste: Alguns aspectos


Resumo:

Do Artº 11º da Lei do Fundo Petrolífero (Lei 9/2005 de 3 de Agosto) deduz-se que é ao Governo, através do Ministério das Finanças – anteriormente o Ministério do Plano e das Finanças – que compete decidir sobre as linhas fundamentais da política de investimentos do Fundo Petrolífero (FP) após receber o parecer do Comité de Assessoria do Investimento – ao qual, como parece que é, o Ministro não está o brigado a seguir mas que, por se tratar de um órgão constituído por técnicos especialistas, não deverá ser descartado sem fortes razões para o fazer e, ainda que tal não seja exigido por lei, sem justificação pública cabal. Tal como indica as características da série de textos do CEsA em que é publicado – a dos seus Brief Papers – A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos deve ser entendido como correspondendo a uma fase (pouco mais que) inicial se investigação sobre o tema que nos propusemos estudar. Por isso as suas conclusões – se é que podemos falar de verdadeiras conclusões ou, até, lições – são meramente provisórias e sujeitas a alguma modificação em resultado da continuação da investigação que vimos fazendo sobre o tema. Por isso e tanto ou mais que noutras circunstâncias faz sentido um apelo para que o leitor nos comunique as suas opiniões sobre o que fica escrito, incluindo eventuais incorrecções na abordagem do tema.

 

Citação:

Serra, António M. de Almeida. 2008. “A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Brief papers nº 1-2008.


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