Projetos CEsA
Conheça os projetos do CEsA, propostos e realizados enquanto instituição e financiados externamente.
Our Lands are Disappearing: A Study of Gully Erosion Impacts in Southeast Nigeria and the Urgent Need for Immediate Sustainable Action
2024-2025
Investigador responsável: Vincent Agulonye (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa)
Equipa de investigação: Daniel Adayi (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e Francisca Ezeigwe
Descrição do Projeto:
Este estudo tem como objetivo determinar os efeitos das alterações climáticas e da degradação do solo induzida pelo ser humano – erosão do solo e formação de ravinas – em comunidades selecionadas no sudeste da Nigéria, com foco no impacto económico da erosão na subsistência de famílias deslocadas, no mapeamento das estratégias de adaptação das comunidades à contaminação da água devido à erosão, nos efeitos dos deslocamentos causados pelas erosões em crianças em idade escolar primária e nas estratégias de resposta para a sua sustentabilidade.
Financiamento:
MULTIBIZ – Multiplexing Business Power: The EU and Global Infrastructure Competition
2024-2025
Investigador responsável: Luis Pais Bernardo (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa)
Descrição do Projeto:
Este projeto examina o poder empresarial no contexto de uma ordem mundial multiplexada e usa a estratégia Global Gateway da União Europeia como um estudo de caso. O estudo desenvolverá o conceito de poder empresarial multiplexado para esclarecer a mudança de papel e posição dos negócios na ordem mundial em mudança e o impulso global contínuo para o desenvolvimento de infraestrutura.
Financiamento:
Challenges of climate change in rural Africa: agricultural transition and farmers’ resilience on the island of Santo Antão – Cape Verde
2024-2025
Investigadores responsáveis: Sónia Frias (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa), Arlindo Fortes (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e Leonel Fernandes Landim (ICTA/UTA)
Descrição do Projeto:
Este projeto visa contribuir para reunir conhecimento sobre a forma como os indivíduos e as comunidades rurais africanas em particular, estão a lidar com os efeitos das mudanças ambientais.
Consideramos que os estudos sobre possibilidades e mecanismos de adaptação às alterações climáticas têm valorizado de forma insuficiente elementos do foro cultural, social ou relativo à economia de pequena escala das comunidades. Estes poderão ser considerados aspetos micro, mas são aspetos fundamentais porque contextualizantes e que importa por isso contemplar e integrar nas análises sobre questões da adaptação à mudança.
A observação das paisagens das várias ilhas de Cabo Verde mostra já a sua vulnerabilidade aos processos de desertificação e prolongamento de períodos de seca. Em Sto. Antão as flutuações na produção agrícola mostram-se já mais imprevisíveis e esse é um enorme risco para as populações. A diminuição da pluviosidade está a afetar o desenvolvimento do sector agrícola (de que dependem muitas famílias).
Estas vulnerabilidades são exacerbadas por outros fatores como a pobreza generalizada, uma significativa dependência de recursos naturais e biodiversidade. Daqui resulta que importa considerar a natureza destas ligações e a forma como elas próprias estão a ser afetadas pelas grandes variações no que toca aos processos produtivos, socioeconómicos e políticos e contribuir para uma discussão sobre estes elementos, dada a sua ancoragem aos contextos onde se inserem.
Financiamento:
The Emergence of Alternative Forms of Governance in Sub-Saharan Africa. Informal Economies as forms of Social and/or Solidarity Economy on the island of Santiago (Cape Verde) and in Cabo Delgado Province (Mozambique)
2024-2025
Investigadores responsáveis: Odair-Barros-Varela (CEsA/CSG/ISEG-ULisboa) e Júlio Ambrósio Masquete (Rovuma University – Cabo Delgado, Moçambique)
Descrição do Projeto:
A investigação será realizada na ilha de Santiago (Cabo Verde) e na Província de Cabo Delgado (Moçambique), e se concentrará no estudo do modus operandi dos protagonistas das Economias Informais, nomeadamente os Rabidantes no caso de Cabo Verde e os comerciantes “informais” em Moçambique. No caso destes últimos, estatísticas recentes estimam que cerca de 13 milhões de cidadãos se dedicam ao comércio “informal”, representando quase metade da população moçambicana, estimada em cerca de 30 milhões de pessoas, e que o setor “informal” contribuiu com cerca de 45 por cento para o Produto Interno Bruto (PIB). O principal objetivo deste projeto é contribuir para a criação de uma agenda de investigação sobre economias informais (como parte da Economia Social e/ou Solidária), olhando para o conhecimento não como uma simples reprodução conceitual de dados objetivos da realidade, mas como uma constituição e/ou fundação autêntica dela, centrada nos sujeitos.
Financiamento:
Conferência 50 anos da Literatura Moçambicana: Percursos e Práticas Criativas
9 e 10 de outubro de 2025, local a definir
Investigadora Responsável: Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Apoio concedido no âmbito do Concurso 50 anos das independências dos PALOP, da Fundação Calouste Gulbenkian.
Financiamento:
Oficina Global
2021- em curso
Investigadores Responsáveis: Ana Luísa Silva (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), Prof. Hemma Tengler (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), Prof. Susana Réfega (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), Prof. Luís Pais Bernardo (FEUC e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e Prof. Luís Mah (ISCTE-IUL e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Descrição do Projeto:
A Oficina Global é uma iniciativa de um grupo de investigadores do CEsA (Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento do ISEG) e de docentes no Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa). Acreditamos que a universidade, enquanto agente educador e de produção de conhecimento, tem uma responsabilidade acrescida no processo de mudança. A nossa visão é a de uma universidade cidadã, cuja ação educativa e académica contribui para a construção de um mundo melhor. Assumimos, por isso, como missão estabelecer um diálogo construtivo e permanente entre os diversos atores que trabalham para a mudança global, através da produção e divulgação de conhecimento e pensamento crítico sobre processos de transformação social.
AFRO-PORT – Afrodescendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. Um estudo na Área Metropolitana de Lisboa
2018-2022
Investigadora responsável: Prof. Doutora Iolanda Évora (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Descrição do Projeto:
Numa altura em que se celebra a Década dos Afrodescendentes (2015-2024), proclamada pela ONU é de alta relevância social e académica/científica abordar o tema em Portugal. A ONU considera que “as pessoas de ascendência africana ainda têm acesso limitado à educação de qualidade, serviços de saúde, habitação e segurança social. (…) A sua situação permanece em grande parte invisível e é insuficiente o reconhecimento do esforço em busca de reparação para a sua condição atual. Além disso, são discriminadas no acesso à justiça e apresentam taxas alarmantes da violência policial associada a perfis raciais”. Neste projeto propomos caracterizar a população portuguesa de origem africana cuja autoidentificação como afrodescendente orienta a sua participação no cenário social português.
Referência do Projeto: PTDC/SOC-ANT/30651/2017
Financiamento:
AFRICA HABITAT – From the sustainability of habitat to the quality of inhabit in the urban margins of Luanda and Maputo
2018-2022
Investigadoras responsáveis: Profs. Doutoras Isabel Ortins de Simões Raposo (FA/ULisboa) e Sónia Frias (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa e ISCSP/ULisboa)
Descrição do projeto:
O projeto trata de formas de intervenção socio-urbanística e habitacional nas margens urbanas das cidades africanas de Lusotopie, no novo milénio, centrando-se naquelas que contribuem para melhorar a qualidade de habitar e a sustentabilidade do habitat dos grupos de baixos rendimentos. No atual contexto de urbanização acelerada, globalização e crescentes desigualdades sócio-espaciais, inscritas no paradigma neoliberal, é urgente refletir sobre o impacto de tais intervenções, bem como sobre como construir um habitat mais inclusivo e sobre como e o que fazer para as reforçar. Luanda e Maputo, com constrangimentos estruturais semelhantes, são tomados como estudos de caso.
Financiamento:
Aid2Growth – Da Redução da Pobreza ao Crescimento Económico: Ajuda, Interesses Empresariais e a Agenda 2030-Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
2018-2021
Investigador responsável: Prof. Doutor Luís Mah (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Descrição do projeto:
O projeto Aid2Growth investiga a transformação das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (DFI) europeias e da Ásia Oriental numa arena global em mudança, onde a Ásia Oriental está a crescer e a importância dos fluxos privados está a aumentar. Enquanto a investigação sobre as DFI é um campo em expansão, a Aid2Growth inova ao adoptar uma perspectiva comparativa explícita que associa agências europeias e da Ásia Oriental, numa altura em que estes atores são mais importantes do que nunca. medida que os instrumentos tradicionais de APD (subvenções e empréstimos concessionais) se tornam menos centrais para muitos (mas não para todos) os países em desenvolvimento, os programas, políticas e projetos de financiamento misto e de envolvimento do sector privado substituem-nos como centrais para as estratégias de desenvolvimento. As DFIs são as agências preferidas através das quais esta agenda é promulgada e prosseguida. Aid2Growth fornece conhecimentos sobre as estruturas organizacionais, processos e prioridades de cada agência selecionada para um estudo aprofundado. Para além disso, fornece um painel de controlo visualmente apelativo com estatísticas atualizadas sobre a atividade das DFI. O projeto visa aumentar a transparência do DFI através da investigação e o portal que está agora a explorar é uma parte importante das nossas atividades. Os resultados do projeto incluem estudos de caso sobre DFI relevantes na Europa e na Ásia Oriental e um Centro de Dados sobre a atividade DFI.
Referência do Projeto: PTDC/CPO-ADM/28597/2017
Financiamento:
NILUS – Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono
2014-2020
Investigadora Responsável: Prof. Ana Mafalda Leite (FLUL e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Descrição do Projeto:
Na sequência das produções teóricas que pautam a reflexão crítica e cultural sobre os espaços líquidos da contemporaneidade – do Black Atlantic (Gilroy, 1993) ao Atlântico sul (Santos, 2001; Vale de Almeida, 2000; Stam e Shoat, 2012) – O Projeto Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono fundamenta-se numa articulação teórica e disciplinar entre os Estudos do Oceano Índico – Indian Ocean Studies – e os Estudos Literários, Visuais e Culturais Lusófonos. Pretende-se deste modo colmatar uma lacuna disciplinar significativa motivada pela quase total ausência de um diálogo crítico entre estas duas áreas de estudos, sobretudo nos contextos de língua portuguesa. Observando a produção científica que se situa na área dos Estudos do Oceano Índico os estudos de natureza histórica, nas suas articulações políticas e antropológicas, sobressaem como os mais desenvolvidos, principalmente no que diz respeito ao período anterior à chegada dos europeus no Índico e à época pré-moderna, permanecendo menos aprofundados os períodos moderno e contemporâneo (Pearson, 2011). À luz destas considerações, julga-se que o diálogo disciplinar proposto por este Projeto aponta para potencialidades analíticas, conceptuais e epistemológicas de grande relevo e atualidade, proporcionando um alargamento significativo das áreas de estudo em objeto.
Referência do Projeto: PTDC/CPC-ELT/4868/2014
Financiamento:
NEVIS – Narrativas Escritas e Visuais da Nação Pós-Colonial
2012-2015
Investigadora Responsável: Prof. Ana Mafalda Leite (FLUL e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Descrição do Projeto:
A proposta do Projeto Narrativas Escritas e Visuais da Nação Pós-Colonial visa problematizar de que forma a narrativa literária e fílmica de Cabo Verde, S.Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, constitui um laboratório propício à construção de comunidades imaginadas e à projeção de novas identidades. É nosso propósito indagar o papel da narrativa – em várias vertentes, como o romance, o conto, o filme, o documentário – bem como a produção paratextual paralela, através dos depoimentos de autores e de realizadores (e de autores simultaneamente realizadores) – na construção e desconstrução de conceitos como nação, etnia, diáspora, migração, transnacionalidade, configurando e desfigurando identidades, alicerçando a pesquisa de um suporte teórico adequado na área dos estudos pós-coloniais.
Referência do Projeto: PTDC/CPC-ELT/4939/2012
Financiamento:
NNPC
NNPC – Nação e Narrativa Pós-Colonial
2007-2011
Investigadora Responsável: Prof. Ana Mafalda Leite (FLUL e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Descrição do Projeto:
O projeto NNPC propõe-se indagar o papel da narrativa – em várias vertentes de escrita – bem como a produção paratextual paralela – na construção e desconstrução de conceitos como nação, diáspora, migração, pós-nacionalidade, configurando e desfigurando identidades. Visa descrever essencialmente três tópicos relevantes para estas representações: Imagens/Temas da História e a da Memória colonial e pré-colonial na reconstrução e releitura pós-colonial, enquanto des(ocultação) e reconfiguração de passados históricos e míticos; Imagens/Temas da Localização e Deslocalização: Viagem e Diáspora enquanto descrição de diferentes etnopaisagens, criadoras de movimentos no sentido centro/periferia, urbano/rural, local/global, que permitem surgimento de configurações identitárias pluralizadas, e Estratégias Discursivas: Géneros/Cânones reconfigurados na escrita, enquanto herança e transformação de modelos genológicos e linguísticos diversos, adequados a procedimentos de figuração nacional e identitária.
Referência do Projeto: PTDC/AFR/68941/2006
Financiamento:
Memórias d’África e d’Oriente
1997- em curso
Investigadores responsáveis: Prof. Carlos Sangreman (UAveiro e CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), Prof. Joaquim Arnaldo Martins (UAveiro) e Dr. Hélder Oliveira (Fundação Portugal-África)
Descrição do Projeto:
O Portal das Memórias de África e do Oriente é um projeto da Fundação Portugal-África desenvolvido e mantido pela Universidade de Aveiro e pelo Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento desde 1997. É um instrumento fundamental e pioneiro na tentativa de potenciar a memória histórica dos laços que unem Portugal e a Lusofonia, sendo deste modo uma ponte com o nosso passado comum na construção de um identidade coletiva aos povos de todos esses países.
Financiamento:
Rota do Escravo
1994-2020
Investigadora Responsável: Prof. Isabel Castro Henriques (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Descrição do Projeto:
A Conferência Geral da UNESCO aprovou em 1993, na sua 27ª sessão, por proposta do Haiti e de países africanos, a criação do Projeto “A Rota do Escravo” (Resolução 27/C/3.13). O projeto foi oficialmente lançado em 1994, na cidade de Ouidah, no Benim, tendo como preocupação central contribuir para uma revisão da história da escravatura e do tráfico de escravos no mundo, no quadro dos valores da UNESCO. O projeto assenta em cinco pilares: cumprir o dever de memória, promover o pluralismo e o diálogo intercultural, favorecer a instauração de uma cultura de paz e coesão social, estimular a construção de novas identidades e cidadanias oriundas do tráfico negreiro e da escravatura, estabelecer as verdades históricas sobre os fenómenos desta natureza. O Comité Português do Projeto UNESCO A Rota do Escravo nasceu no quadro desta iniciativa, por proposta de Isabel Castro Henriques, membro do Comité Científico Internacional deste projeto, desde 1995. Apoiado pela Comissão Nacional da UNESCO em Portugal, e homologado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros em 1998, o Comité Português integra investigadores de diferentes formações e competências, promovendo múltiplas atividades sobre estas problemáticas, nas esferas da educação, da cultura, da ciência e da comunicação, para estimular a reflexão e o debate na sociedade portuguesa. A concretização dos seus trabalhos assenta no estabelecimento de parcerias com diversas entidades públicas (autarquias, universidades, bibliotecas) e privadas, nacionais e internacionais, em especial com os países da CPLP. O Comité Português desenvolve uma ação regular através da realização de conferências, de workshops, de publicações, de exposições, de produção de materiais didáticos e de outras iniciativas relevantes no âmbito dos seus objetivos.