Ciclo de Cinema e Descolonização: 22 de Abril
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Ciclo de Cinema e Descolonização: Moçambique em foco | 22 de abril | A última prostituta e Sonhos guardados | Debate com Catarina Laranjeiro e Paulo Granjo

 

O Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa), no âmbito do Ciclo de Cinema e Descolonização: Moçambique em foco, tem a honra de anunciar a projeção de duas curtas metragens documentais, “A última prostituta” (Licínio Azevedo, 1999, Documental, 48 min, português) e “Sonhos guardados” (Isabel Noronha, 2005, Documental, 29 min, português). Os filmes serão exibidos com entrada livre no dia 22 de abril de 2023, pelas 10h, no ISEG – Lisbon School of Economics and Management (Auditório 2, Entrada pela Rua do Quelhas, nº 6, Piso do Claustro, 1200-781, Lisboa, Portugal).

Seguir-se-á o debate com os investigadores Catarina Laranjeiro (IHC/NOVA-FCSH) e Paulo Granjo (ICS/ULisboa e CEA/UEM). 

O filme será reproduzido em português. Recomendamos o registo prévio, mas a lotação do auditório será por ordem de chegada.

INSCREVA-SE: https://www.eventbrite.pt/e/bilhetes-ciclo-cinema-e-descolonizacao-mocambique-em-foco-22-de-abril-607287211397

 

Sinopses:

“A última prostituta”

Documentário de Licínio Azevedo que deu origem ao célebre filme de ficção Virgem Margarida (2012) do mesmo realizador, A última prostituta foca as memórias e as vivências de um grupo de mulheres que, após a independência de Moçambique, foram enviadas para os campos de reeducação, para serem “descolonizadas”. Misturando elementos ficcionais e testemunhos, o filme proporciona uma reflexão sobre as contradições do processo de descolonização em Moçambique sobretudo no que se refere às mulheres e aos papéis de género. Diversamente do filme de ficção, A última prostituta continua praticamente desconhecido junto do público geral e académico.

 

“Sonhos guardados”

Este documentário de Isabel Noronha, premiado em vários festivais, aborda as trajetórias, os sonhos e as dificuldades diárias de um grupo de homens que perderam os seus empregos e ficaram a trabalhar como guardas de segurança. De acordo com a realizadora, o filme retrata “a trajectória de um país desde a época pós-independência até à entrada na era capitalista selvagem” e transmite “o sentimento de desilusão e desesperança das pessoas que tinham a ideia de um país onde podiam ter trabalho, casa, um sonho, e que de repente se vêem sem nada” (Público, 16/02/2008).

 

 

Conheça os debatedores:

Catarina Laranjeiro

Catarina Laranjeiro é investigadora do Instituto de História Contemporânea da NOVA FCSH, onde desenvolve uma investigação sobre cinema vernacular em Cabo-Verde e Guiné-Bissau e respectivas diásporas em Portugal e França. É doutora em Pós-Colonialismos e Cidadania Global pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e mestre em Antropologia Visual e dos Media pela Freie Universitaet Berlin. Participa, regularmente, em diversos projetos e colectivos que cruzam a antropologia, a fotografia e o cinema. Realizou o filme Pabia di Aos (2013) e co-realizou, com Daniel Barroca, o filme Fogo no Lodo (2022).

Paulo Granjo

Paulo Granjo é doutorado em Antropologia Social (ISCTE, 2001) e pioneiro da antropologia industrial em Portugal e Moçambique.  Iniciou a sua atividade docente em 1999, como Professor Visitante na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), onde até 2006 contribuiu para a formação da atual geração de antropólogos moçambicanos. Para além da sua participação continuada nos programas de mestrado e doutoramento do ICS-ULisboa, foi também Professor Convidado na ULHT, na FLUL e na FCSH-UNL. Membro do Conselho Científico e da Comissão de Estudos Pós-graduados do ICS-ULisboa e Pesquisador Correspondente do Centro de Estudos Africanos da UEM. 

 

Clique na imagem abaixo para aceder à folha de sala do evento:

 

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Sobre o Ciclo “Cinema e Descolonização: Moçambique em foco”
Urge entender a descolonização como um processo ainda em curso, que é preciso aceitar e integrar na dinâmica social, política, cultural e pessoal. O projeto visa criar um espaço de partilha, aberto e dinâmico, em que possam surgir memórias, narrativas, diálogos e reflexões. Tem coordenação da investigadora Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e curadoria da investigadora e realizadora moçambicana Isabel Noronha e cineasta Camilo de Sousa.

O Ciclo decorrerá em formato cineclube, de janeiro a julho de 2023, com projeções uma vez por mês, sempre ao sábado, onde se pretende debater e refletir sobre os legados e as memórias da descolonização em Moçambique. Cada sessão contará com a presença de artistas envolvidos na realização dos filmes, bem como de investigadores e moderadores indicados pelo CEsA.

Coordenação: Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Curadoria: Isabel Noronha e Camilo de Sousa
Consultoria científica: Joana Pereira Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Apoio: CEsA/CSG/ISEG/ULisboa

 

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Confira a programação de filmes do Ciclo “Cinema e Descolonização: Moçambique em foco” para 2023

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Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução


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