Arquivo de Colonialismo - CEsA

Colonialismo

História de São Tomé e Príncipe de Meados do Século XIX ao Fim do Regime Colonial (1852-1974): As plantações, economia, cultura e religião


Resumo:

Este livro explica as razões que levaram os portugueses a recolonizar as ilhas São Tomé e Príncipe a partir de 1852 e as estratégias que adotaram para institucionalizar a nova ordem colonial no arquipélago. Afastaram os nativos da posse das terras e das instituições e introduziram o modelo de economia da plantação em torno da qual toda a vida económica e social passou a girar, ficando o território dividido entre as populações das grandes plantações e as populações nativas. O trabalho e a terra foram explorados até à exaustão, com maus-tratos e a discriminação racial, e a queda progressiva da produtividade dos solos. A crise de produção surgiu e pôs a nu os limites do modelo de economia da plantação. Ocorreram várias tentativas de contratação forçada da mão-de-obra nativa que geraram muitos conflitos e conduziram ao massacre de “Batepá” de 1953. Este acontecimento fez despertar a consciência dos nacionalistas pela independência do arquipélago, que ocorreu em 12 de julho de 1975. O livro aborda também a cultura e religião como elementos centrais modeladores da sociedade e identidade são-tomenses.

Citação:

Espírito Santo, A. (2023). História de São Tomé e Príncipe – De Meados do Século XIX ao Fim do Regime Colonial (1852-1974): As plantações, economia, cultura e religião. Lisboa: Nimba Edições.

De Escravos a Indígenas: o Longo Processo de Instrumentalização dos Africanos (Séculos XV-XX)

De escravos a indígenas: O longo processo de instrumentalização dos africanos (séculos XV-XX)


Resumo:

De Escravos a Indígenas: o Longo Processo de Instrumentalização dos Africanos (Séculos XV-XX), que reúne um conjunto de textos escritos ao longo de quarenta anos e dispersos em publicações de natureza diversa, nem sempre de acesso fácil, tem como objectivo contribuir para uma renovação da historiografia relativa às relações entre Portugal e África, no domínio concreto das formas de instrumentalização dos Africanos levadas a cabo pelos Portugueses durante quase cinco séculos. Um longo processo, cuja natureza interna se revelou capaz de metamorfose e reconversão nos séculos XIX e XX, assegurando a continuidade do ‘uso’ violento das populações africanas, recorrendo a um aparelho classificatório novo – selvagens, indígenas, assimilados – destinado a manter os Africanos na esfera da dominação portuguesa, contribuindo para legitimar a sua escravização e fixar interpretações deformadoras da História. Se uma primeira vertente visa proceder a uma revisão da história da escravatura e do tráfico negreiro e das suas ideologias nos espaços de ‘ocupação’ portuguesa, como Angola, uma segunda linha de estudo privilegia o documento iconográfico como fonte histórica, sublinhando a sua dimensão histórica e informativa. Finalmente, a terceira linha deste estudo procura pôr em evidência a evolução do processo de instrumentalização portuguesa dos Africanos, que recorre a categorias classificatórias inéditas – selvagem, indígena, assimilado – e a práticas que emergem do trabalho escravo do passado para assegurar a exploração colonial das populações africanas. Juízos de valor, mercantilização, coisificação, exploração, ridicularização dos homens africanos fabricaram imaginários portugueses que reduziram o preto/africano a escravo, o selvagem/indígena a preguiçoso, ladrão e bêbado, o assimilado/’civilizado’ a cópia ridícula e negativa do branco/português, consagrando a inferiorização dos Africanos, e no mesmo movimento, glorificando a ‘raça’ portuguesa, hierarquizando as humanidades e valorizando a dimensão e a natureza das acções portuguesas primeiro esclavagistas, depois colonialistas, que deixaram marcas até hoje na sociedade portuguesa.

 

Citação:

Henriques, Isabel C., De Escravos a Indígenas: o Longo Processo de Instrumentalização dos Africanos (Séculos XV-XX), Lisboa, Ed. Caleidoscópio, 2019.

Navigating ontological (in)security in EU–Africa relations

Navigating ontological (in)security in EU–Africa relations


Resumo:

Quando os seis primeiros membros da Comunidade Económica Europeia (CEE) deram aquele passo inicial para uma integração mais profunda que culminou no que é agora a União Europeia (UE), concordaram também em “associar com… os países e territórios não europeus que têm relações especiais com a Bélgica, França, Itália, Países Baixos e Reino Unido”. Seis décadas depois e várias tentativas de redefinir as relações UE-África, é apropriado fazer um balanço das relações, especialmente à luz das mudanças ocorridas em ambos os continentes desde 2000. Este artigo baseia-se na ideia de segurança ontológica para compreender a natureza das mudanças e continuidades no envolvimento da UE com África. Argumenta que as relações UE-África que se basearam numa colonialidade de poder também foram cruciais para a segurança ontológica da UE. No entanto, a crescente agência africana e novos actores externos como a China em África estão a desafiar esta segurança. Embora os desafios à segurança ontológica da UE tenham sido vistos como sendo constituídos principalmente internamente, os desafios externos dentro de um contexto específico oferecem a oportunidade de repensar o que a segurança ontológica exige. É importante notar que este artigo, Navigating ontological (in)security in EU–Africa relations, destaca a razão pela qual uma parceria de iguais é um imperativo urgente para o futuro das relações UE-África, embora continue a ser esquiva.

 

Citação:

Toni Haastrup, Niall Duggan & Luis Mah (2021) Navigating ontological (in)security in EU–Africa relations, Global Affairs, 7:4, 541-557, DOI: 10.1080/23340460.2021.1981144

Literatures and Cultures of the Indian Ocean

Literatures and Cultures of the Indian Ocean


Resumo:

Portuguese Studies é uma revista bianual multi-disciplinar dedicada à investigação sobre as culturas, literaturas, história e sociedades do mundo lusófono. Ana Mafalda Leite, Elena Brugioni e Jessica Falconi foram as organizadoras desta edição da revista, Literatures and Cultures of the Indian Ocean. A presidente do Conselho Editorial para 2021 é Catarina Fouto, e a editora das Revistas é Emanuelle Rodrigues Dos Santos. A revista é publicada pela Associação de Investigação em Humanidades Modernas (MHRA), uma organização internacional com membros em todas as partes do mundo. O objectivo da Associação é encorajar e promover o estudo e a investigação avançada no campo das humanidades modernas. Tem a preocupação de quebrar as barreiras entre os académicos que trabalham em diferentes disciplinas e de manter a unidade da bolsa de estudo humanista face à crescente especialização. Os resultados do presente volume enfeitam o trabalho académico conduzido pelos membros do projecto de investigação NILUS – Narratives Of the Indian Ocean in the Lusophone Space. O principal objectivo do projecto consistiu em estabelecer uma ligação teórica e disciplinar entre os Estudos Literários, Visuais e Culturais Lusófonos e o campo transdisciplinar dos Estudos do Oceano Índico. O projecto sobre as narrativas escritas e visuais provenientes ou relacionadas com os territórios anteriormente colonizados por Portugal ao longo do Oceano Índico, especificamente Moçambique, Goa, e Timor Leste. Este volume constitui, portanto, uma tentativa de colmatar uma lacuna crítica e disciplinar significativa, motivada por uma quase total falta de diálogo entre os campos de estudo acima mencionados. Esta falta de diálogo torna-se cada vez mais evidente se tivermos em conta o papel cada vez mais central desempenhado pelos estudos históricos, antropológicos, literários e culturais do Oceano Atlântico na abordagem dos resultados e relações culturais e identitários coloniais e pós-coloniais a partir dos territórios que Fora do domínio colonial português. Considere-se, por exemplo, a influência da noção de Atlântico Pardo, de,’elopado pelo antropólogo Miguel Vale de Almeida como contraponto ao Atlântico Negro de Paul Gilroy, ou a utilização da triangulação Portugal – Brasil-Angola em estudos literários e culturais comparativos e de orientação transnacional.

 

Citação:

Leite, A.M.; Brugioni, E. & Falconi, J. (2021) (eds). “Literatures and Cultures of the Indian Ocean”, Portuguese Studies 37.2.

Literatura colonial de autoria feminina: O Último Batuque, de Maria do Céu Coelho

Literatura colonial de autoria feminina: O Último Batuque, de Maria do Céu Coelho


Resumo:

A literatura colonial portuguesa escrita por mulheres tem recebido escassa atenção nos estudos literários e culturais lusófonos. A exceção mais relevante, neste âmbito, é o caso de Maria Archer, autora de um número significativo de textos de ficção e não ficção de ambientação e temática colonial que receberam diversas leituras e análises. Em particular, os trabalhos de Ferreira sobre a escrita de autoria feminina e as conexões entre género, nação e império foram pioneiros em abordar esta produção de acordo com um quadro teórico integrado, capaz de iluminar trânsitos materiais e simbólicos e reverberações identitárias entre a Nação e o Império, em linha com os paradigmas da historiografia colonial e feminista da década de 1990. Literatura colonial de autoria feminina: O Último Batuque, de Maria do Céu Coelho, pretende aprofundar e alargar o conhecimento da escrita das mulheres portuguesas sobre temática colonial, proporcionando uma leitura do livro O último batuque (1963) de Maria do Céu Coelho, publicado em Moçambique em princípios da década de 1960. Trata-se de uma obra singular, por focar o tópico eminentemente masculino da caça a partir da perspetiva de uma mulher, e também por ser um livro híbrido que combina a escrita memorialística e breves novelas sobre o universo rural do Moçambique colonial. O artigo discute algumas das caraterísticas essenciais da literatura colonial portuguesa, tal como tem vindo a ser conceitualizada por diversos autores em estudos anteriores. Recorrendo também à vasta bibliografia sobre as articulações entregénero, império e colonialismo, o artigo procura equacionar o posicionamento da autora no corpus da literatura colonial, bem como refletir sobre o modo como a sua escrita literária articula raça e género.

 

Citação:

Falconi, Jessica (2021) “Literatura colonial de autoria feminina: O Último Batuque, de Maria do Céu Coelho,” Portuguese Cultural Studies: Vol. 7: Iss. 1, Article 4.

East Timorese Literary Narratives (Twenty-First Century): Indian Ocean Crossings and Littoral Encounters

East Timorese Literary Narratives (Twenty-First Century): Indian Ocean Crossings and Littoral Encounters


Resumo:

O objetivo de East Timorese Literary Narratives (Twenty-First Century): Indian Ocean Crossings and Littoral Encounters é analisar o livro Requiem para o Navegador Solitário (2007) de Luís Cardoso considerando os elementos marítimos que emergem no romance e combinando os Estudos do Oceano Índico com os Estudos de Género. Apontando para o imaginário timorense e a perspectiva da protagonista feminina, centrar-nos-emos nos elementos relacionados com a costa da ilha, tais como a costa, o mar, os navios, os marinheiros, e a interligação com outras ilhas e territórios durante o período colonial. De facto, acreditamos que estes elementos integram não só o espaço geográfico da narrativa, mas também o imaginário literário, como é o caso, por exemplo, dos recursos metafóricos e da construção da personagem principal, Catarina. Considerando que Timor Leste se situa na orla oriental do Oceano Índico e tendo em conta a teoria teórica de Indian Ocean Studics, pretendemos demonstrar que neste romance o oceano constitui um repertório transcontinental visual e metafórico que se relaciona com o próprio imaginário cultural timorense. Analisaremos a ligação entre a trajectória existencial de Catarina, a protagonista feminina do romance, a história de Timor Leste e as travessias do Oceano Índico. Este texto, escrito em português por um autor timorense, retrata a complexa história deste território durante a Segunda Guerra Mundial e oferece uma perspectiva única sobre a história timorense.

 

Citação:

Spinuzza, G. (2021). East Timorese Literary Narratives (Twenty-First Century): Indian Ocean Crossings and Littoral Encounters. Portuguese Studies 37(2), 242-255. doi:10.1353/port.2021.0017.

História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX

História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX


Resumo:

Em História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX, o autor explica como foi que os navegadores portugueses chegaram às ilhas de São Tomé e Príncipe no terceiro quartel do século XV e transformaram-nas num contexto social para o seu desenvolvimento, mas em que as relações humanas e institucionais foram complexas e até insuportáveis para os mais desfavorecidos, particularmente na ilha de São Tomé. Houve conflitos de toda a ordem que se agravaram particularmente depois da transição da sociedade de habitação para a de plantação, com a intensificação de atividades do tráfico negreiro e da produção e exportação do açúcar. A longa distância das ilhas do poder central, localizado em Lisboa, constituiu um ingrediente que favoreceu o fomento dos conflitos em que o desrespeito às regras estabelecidas foi permanente e se manteve durante o período da dominação da elite nativa desde o século XVII, marcado em torno das principais famílias que disputavam o acesso ao poder e o controlo da riqueza. O autor mostra que, apesar da sua dureza, o modelo escravocrata colonial tinha dinâmicas de mobilidade social que permitiram que alguns escravizados se tornassem livres e outros chegaram a ser poderosos em termos económicos e políticos, ainda no decorrer do século XVI, vindo a ser dominantes até meados do século XIX.

 

Citação:

Espírito Santo, A. (2021). História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX. Lisboa: Edições Colibri.

Historical Guide to an African Lisbon, XV-XXI Century - Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana, Séculos XV-XXI

Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana


Resumo:

Lisboa, cidade de tantos vales e colinas quantos os mitos que envolvem a sua história e as populações que a inventaram, estende-se ao longo do Tejo, no lugar onde o rio termina o seu percurso por terras ibéricas e mergulha no oceano Atlântico. Lisboa nasceu na colina do Castelo de São Jorge, onde um povoado da Idade do Bronze deixou os seus vestígios, que cruzaram com muitas outras marcas gravadas por gregos, fenícios, lusitanos, romanos, visigodos, árabes, judeus e cristãos. Um longo caminho de gentes e de culturas, de estórias e de lendas, de deuses e de heróis que, como Ulisses o fundador mítico da cidade – Olisipo – que lhe deve o nome, construíram e reconstruíram este espaço urbano. O objetivo de Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana, Séculos XV-XXI é dar a ver a africanidade de Lisboa, dispersa numa pluralidade de memórias e de vestígios imaterais e invisíveis nos dias em que vivemos. A história diz-nos como foi a instalação e a vida de milhares de africanos que durante séculos participaram no processo de construção do facto nacional português. Percorrendo a cidade, munidos do conhecimento histórico, somos surpreendidos pela vigorosa presença africana que invadiu todos os espaços da sociedade lisboeta, reconstruímos uma Lisboa escondida, submersa por um preconceito secular que ainda domina o nosso imaginário coletivo e compreendemos, com mais clareza, não só comportamentos, valores, práticas que permanecem nos quotidianos urbanos, como também as reinvenções constantes das identidades portuguesas e africana, presentes no país.

 

Citação:

Castro Henriques, I. (2021). «Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana, Séculos XV-XXI», versão revista e actualizada, Lisboa, Edições Colibri, 2021.

Manuel Viegas Guerreiro: «Ovakwankala (Bochimanes) e Ovakwanyama (Bantos): aspectos do seu convívio». Uma interpretação histórica.

Manuel Viegas Guerreiro: «Ovakwankala (Bochimanes) e Ovakwanyama (Bantos): aspectos do seu convívio». Uma interpretação histórica


Resumo:

A investigação e o estudo de sociedades de caçadores-recolectores desenvolveram-se de forma significativa no quadro de uma antropologia social e cultural sobretudo neo-evolucionista, em particular anglo-americana, nos anos 50 e 60 do século passado. A África constituiu um espaço privilegiado para este tipo de estudos que procuravam pôr em evidência as relações íntimas destas populações com o meio ambiente em que viviam e do qual dependiam, mas também as consequências, sobre a sua evolução, do desenvolvimento e consolidação dos sistemas coloniais europeus, que obrigavam a alterações no seu quadro territorial de circulação conduzindo-as a situações-limite de sobrevivência. De uma forma mais precisa, no contexto intelectual da época, ligada a valores e princípios que marcavam a valorização da natureza, o conhecimento dos ecossistemas, o avanço da ecologia – em particular a ecologia-cultural ou antropologia ecológica americanas – como forma de pensar o mundo e as relações da humanidade com os espaços envolventes, multiplicaram-se também os estudos que procuravam sublinhar as virtudes e os benefícios destas sociedades, a que chamaram as primeiras sociedades de abundância (Marshall Sahlins, 1968). Mas a história destas sociedades ficou sempre no silêncio, os documentos escritos eram frágeis e os conhecimentos destes grupos humanos assentavam na ideia de um longo multissecular percurso marcado pela constância dos seus actos, das suas práticas, das suas vidas.  Esta ausência de movimento era incompatível com a noção de mudança, indispensável à evolução – e, portanto, à história –  das sociedades. A própria noção de “sociedade de abundância” remetia para o reconhecimento de uma suposta “riqueza” dos caçadores-recolectores, que encontravam na natureza envolvente tudo aquilo de que necessitavam para viver numa situação confortável, que resolvia a sua alimentação, dispensava relações com outros povos, e garantia tempos livres e de descanso, que permitiam facilmente a realização das suas práticas sociais e religiosas. Tratava-se de uma visão idílica que remetia para tempos históricos anteriores, quase sem movimento, e para a ausência de processos de transformação e mudança significativos da sua situação histórica. Em Manuel Viegas Guerreiro: «Ovakwankala (Bochimanes) e Ovakwanyama (Bantos): aspectos do seu convívio». Uma interpretação histórica. Isabel Castro Henriques comenta o estudo homónimo conduzido por Manuel Viegas Guerreiro.

 

Citação:

“Castro Henriques, I. (2021). «Manuel Viegas Guerreiro – Ovakwankala (Bochimanes) e Ovakwanyama (Bantos): aspectos do seu convívio. Uma interpretação histórica. Lisbon, Newsletter Fundação Manuel Viegas Guerreiro, no 27, julho-setembro 2021, pp. 10-16.”

Entre silêncios e interferências: mulheres na imprensa periódica colonial

Entre Silêncios e Interferências: Mulheres na imprensa periódica colonial


Resumo:

Abordar a presença das mulheres na imprensa periódica colonial do antigo império português significa tentarmos definir, ainda que provisoriamente, os aspetos principais do «objeto» de reflexão proposto no dossier que se apresenta. Em primeiro lugar, ao propormos uma abordagem conjunta, sob o termo «colonial», da imprensa periódica publicada tanto na antiga metrópole, quanto nos diversos espaços colonizados por Portugal, apontamos para algumas perspetivas da historiografia sobre os colonialismos europeus que têm vindo a estilhaçar as visões polarizadas, analisando as reverberações sociais e políticas entre metrópoles e colónias, os trânsitos de ideias e imaginários, bem como a dimensão «fabricada» da diferença (Burton 1994; Cooper e Stoler 1997). O dossiê resulta do painel «As ‘mulheres’ e a imprensa periódica colonial» organizado no âmbito do Congresso Internacional Política e Cultura na Imprensa Periódica Colonial, que teve lugar de 22 a 25 de maio de 2017, junto do CHAM-Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com o CEI-IUL-Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e o CEC-Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O Congresso foi uma iniciativa do Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português, criado por Sandra Ataíde Lobo (CHAM-UNL), Adelaide Vieira Machado (CHAM-UNL) e Cátia Miriam Costa (CEI-IUL). Ao Grupo aderiram várias entidades e investigadoras e investigadores de diversos centros de pesquisa.

 

Citação:

“Falconi, J.; Wieser, D. (2019). Entre silêncios e interferências: mulheres na imprensa periódica colonial, Revista ex aequo- Revista da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres, n. 39. https://doi.org/10.22355/. exaequo.2019.39.01.10.22355/”


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