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Europa

Perspective piece on “Transfers in an Ageing European Union” by Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein and Tobias C. Vogt

Perspective Piece on “Transfers in an Aging European Union” by Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein and Tobias C. Vogt


Resumo:

O crescimento da longevidade da população europeia é uma consequência dos desenvolvimentos em vários domínios, incluindo medicina, nutrição e políticas de bem-estar, e reflecte o progresso geral do bem-estar, do desenvolvimento humano e da qualidade de vida. No entanto, como a melhoria contínua da esperança de vida tem sido acompanhada por um declínio nas taxas de fertilidade, que as migrações não são suficientes para compensar, resultou num envelhecimento crescente da população, o que levanta desafios societais críticos. Vários artigos apresentados nesta revista exploram os efeitos a curto e longo prazo do envelhecimento da população na UE e em cada um dos seus países membros. O artigo escrito por Fanny Kluge, Joshua Goldstein e Tobias Vogt, Transfers in an ageing European Union, (a seguir “KGV”) contribui para a compreensão dos efeitos do envelhecimento da população nos orçamentos fiscais dos países da UE-28 e “as suas implicações para os potenciais fluxos de transferência entre países da UE”. Os resultados de “KGV” abrem várias vias para a continuação da investigação. Elsa Fontainha comenta o trabalho de Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein e Tobias C. Vogt quanto às transferências de população na União Europeia.

 

Citação:

Fontainha, E. (2019). Perspective piece on “Transfers in an Ageing European Union” by Fanny A. Kluge, Joshua R. Goldstein and Tobias C. Vogt. Journal of the Economics of Ageing, 13, 55-55. https://doi.org/10.1016/j.jeoa.2018.10.006

A caminho de uma recaída da economia mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia

A Caminho de uma Recaída da Economia Mundial? Ainda Algumas Notas sobre a Natureza da Crise Económica e Financeira de 2008-2009 e os seus Impactos na Economia Europeia


Resumo:

Partindo da análise dos últimos dados sobre a evolução da economia mundial, discutem-se as razões que poderão estar na base da persistência das dificuldades em recuperar, de forma sustentada, os ritmos de crescimento, em particular na zona euro, mais de uma década após a eclosão da crise de 2008 – 2009. Discute-se em A caminho de uma recaída da economia mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia a natureza desta crise económica global, os seus impactos a nível regional europeu, a emergência do que se designou por crise de identidade do projeto de integração europeia, a ineficiência do sistema euro enquanto mecanismo de ajustamento, interno e externo, e o papel da política monetária não convencional. Conclui-se pela necessidade de a Europa proceder a uma redefinição profunda do seu projeto de integração, incluindo o redesenho do sistema euro à luz da experiência recente da política monetária não convencional. Neste processo, considera-se haver um lugar importante para Portugal, enquanto país europeu atlântico, cuja identidade se formou e consolidou no processo de constituição da economia global.

 

Citação:

Mendonça, António .2019. A caminho de uma recaída da economia mundial?: Ainda algumas notas sobre a natureza mundial?: Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia”, Lusíada – Economia & Empresa, nº 26, p. 31-66

Futuro(s) da Cooperação: Continuidades e rupturas

Futuro(s) da Cooperação: Continuidades e rupturas


Resumo:

Num momento de definição de uma nova estratégia da Cooperação Portuguesa e de alterações profundas a nível mundial, a ACEP e o CEsA decidiram assinalar os seus anos de experiência no sector com um documento, que pretende ser uma contribuição para uma avaliação do percurso da política da Cooperação Portuguesa, e para a definição do rumo para os futuros possíveis. Em Futuro(s) da Cooperação: Continuidades e Rupturas, para além da nossa visão e questionamentos sobre a política da Cooperação Portuguesa e da Cooperação Europeia, bem como sobre o papel da sociedade civil, incluímos também outras vozes de parceiros e especialistas, nomeadamente africanos, que percorrem todo o documento e lhe confere um carácter mais plural, multidisciplinar e multigeográfico. Este documento foi elaborado pela equipa da ACEP, no quadro de um projecto de advocacia e de influência política, desenvolvido em parceria com o CEsA (CSG/ISEG/ULisboa), com apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. A par do resgate dos princípios e valores – no discurso e na prática – deve ser iniciada uma discussão séria e descomplexada sobre relações de poder e sobre a “deslocalização da ajuda”, colocada a nu pela crise pandémica. Este debate, já na agenda em países como o Reino Unido, está ainda ausente na Cooperação Portuguesa. Uma abordagem à localização da cooperação como processo de autonomização implica uma lógica de processo, sem tempo fixo, em que os recursos não financeiros são valorizados, que permite um espaço/tempo subjectivo de crescimento e que perdura para lá deste ou daquele financiamento ou projecto.

 

Citação:

Oliveira, A. F., Proença, F., Cavaco, R. (2021). Futuro(s) da Cooperação: Continuidades e rupturas. Lisboa: ACEP e CEsA.

Comportamento de prevenção ao HIV/SIDA entre jovens de origem cabo-verdiana em Portugal

Comportamento de Prevenção ao HIV/SIDA entre Jovens de Origem Cabo-verdiana em Portugal


Resumo:

Este estudo que realizámos, e cujos resultados parciais aqui apresentamos, trata do comportamento de prevenção da população jovem cabo-verdiana imigrada em Portugal em relação ao HIV/SIDA. Os promotores de Comportamento de prevenção ao HIV/SIDA entre jovens de origem cabo-verdiana em Portugal foram duas instituições de Cabo Verde: o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Comitê de Coordenação do Combate à Sida de Cabo Verde, com o patrocínio do Banco Mundial. O objectivo deste estudo foi o de compreender a relação (ou o hiato) existente entre o conhecimento que os jovens têm sobre o HIV/SIDA e as suas práticas de prevenção no dia-a-dia. Igualmente, procurámos explorar as possíveis interferências do factor imigração nas atitudes e teorias dos jovens sobre o VIH/SIDA e as condutas que consideram as mais seguras. O estudo inclui-se, portanto, entre os que procuram fundamentar propostas de educação para a saúde relacionada ao VIH/SIDA, a partir da compreensão da forma como as diferentes populações ou colectividades concebem o cuidado com a saúde. O estudo foi realizado com jovens de origem cabo-verdiana a viver em Portugal, tendo nascido ou não em Cabo Verde. Abrangemos ambos os sexos de forma eqüitativa (8 homens e 7 mulheres), com idades entre 16-26 anos e que vivem em bairros de realojamento social, ou seja, bairros construídos pelas estruturas municipais em substituição a bairros de lata. As regiões abrangidas foram as que apresentam um grande número de caboverdianos e seus descendentes: Lisboa, Grande Lisboa e Loulé. Consideramos que a pertença a tais espaços circunscreve a situação social e económica deste grupo pois, embora questionável, a definição bairros de realojamento contém uma categorização social, em larga medida, atribuída pelo sistema de classificação social dominante a jovens de origem imigrante no país. Portanto, consideramos esta definição por causa das suas implicações na experiência social destes jovens e nas condições materiais e simbólicas de existência, das quais dependem as decisões quotidianas em relação aos cuidados com a saúde e a prevenção. Optámos pela utilização de uma metodologia qualitativa de recolha de dados que permitisse um estudo exploratório, em profundidade, e a identificação de determinados padrões de comportamentos e de percepção. Esta metodologia, desenvolvida por Rodrigues (1978, 1999) nos pareceu mais adequada para alcançarmos conteúdos irracionais, denominação esta frequentemente atribuída pelas ciências sociais a factores que “existem, mas que não podem ser apreendidos pela razão” (Rodrigues, 1999, p.4). Como refere a autora, trata-se de tentar alcançar “aquilo que não pode ser medido, mas que é digno de ser conhecido”, ou seja, os conteúdos emocionais e os significados mais profundos das explicações dos jovens acerca dos comportamentos preventivos em relação ao HIV/SIDA. Realizámos entrevistas individuais, em profundidade, de forma a levar os sujeitos a produzir um material capaz de revelar as representações, o tipo de percepção, os recursos explicativos utilizados e as explicações que produzem, a partir das posições que ocupam no interior dos seus grupos, em particular, a posição relativa à imigração e ao HIV/SIDA. A partir de uma reflexão sobre si mesmo (discurso livre), identificámos os temas de interesse e preocupação de cada jovem entrevistado, a seqüência dos temas e a forma como o jovem interliga os aspectos da sua vida e do seu mundo. Sobretudo, procurámos reconhecer o lugar onde os sujeitos colocam a questão da SIDA entre os temas da sua vida. Com as Perguntas Intermediárias propunhamos explorar as questões sobre HIV/SIDA que interessavam ao projeto e que não tinham sido trazidas, de forma espontânea, pelo jovem na primeira parte do discurso livre. Por fim, o Questionário sócio-económico permitiu chegar às condições de vida deste grupo em Portugal e também à história familiar. Incluímos aqui questões sobre a migração do seu grupo familiar nas suas diferentes fases e para cada um dos seus membros.

 

Citação:

Évora, Iolanda. 2011. “Comportamento de prevenção ao HIV/SIDA entre jovens de origem cabo-verdiana em Portugal”. Comunicação apresentada no II Encontro Internacional, Migrantes Subsaharianos na Europa, SociNova, Odivelas.

O acesso à água e ao saneamento nos países em desenvolvimento : a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné-Bissau

Brief Paper 1/2015: O Acesso à Água e ao Saneamento nos Países em Desenvolvimento: a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné-Bissau


Resumo:

Este documento nasce da readaptação da tese de mestrado “O acesso à água e ao saneamento nos países em desenvolvimento: a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné Bissau” realizada no decorrer de 2014 e defendida em Novembro do mesmo ano. O trabalho enquadra-se no tema da cooperação internacional com os Países em Desenvolvimento (PD) no sector da água, do saneamento e da higiene (WASH)3 e tem o propósito de investigar de que forma as boas práticas, acordadas pelos doadores internacionais, para o acesso à água e ao saneamento, influenciam o trabalho das ONGDs que atuam neste sector. Assim, procurou-se analisar como é que a União Europeia (UE), o mais importante doador no sector WASH a nível internacional, tem influenciado o trabalho no sector WASH da ONGD portuguesa – TESE – Associação Para o Desenvolvimento. Procurou-se observar de que forma a TESE interpreta as orientações da UE no sector WASH, tentando compreender se se verifica uma cega adaptação às linhas orientadoras de forma a captar os fundos, ou se ao contrário existe uma visão que orienta as ações da TESE independentemente da disponibilidade dos financiamentos. A UE, na primeira década de 2000, tem fortalecido o seu empenho no sector WASH, financiando inúmeros projetos de cooperação e contribuindo ativamente no debate político internacional. Entre os critérios que levaram à escolha da TESE, para além da proximidade geográfica e da oportunidade de colaboração com os membros da organização, figura o facto desta ser uma das poucas ONGD em Portugal empenhadas na cooperação no sector WASH no espaço lusófono. Esta, ao longo da última década, tem-se afirmado como organização de referência no panorama das ONGDs portuguesas estando envolvida em vários projetos no sector da água e do saneamento. Desde o seu nascimento até hoje, verificou-se uma evolução substancial da organização, que passou a ter uma estrutura estável e objetivos bem definidos. Com o tempo a TESE foi definindo um modelo de intervenção próprio à organização. Entre os projetos realizados destaca-se um, Bafatá Misti Iagu (BMI), cofinanciado pela UE em Bafatá, na Guiné Bissau (GB). Este será objeto de análise enquanto estudo de caso. Entre fevereiro e maio de 2014, foi acompanhado o trabalho diário da sede da TESE em Lisboa. Foram analisados os documentos que orientam a cooperação e as linhas de financiamento da UE no sector WASH e comparados com os resultados do caso de estudo sobre Bafatá, escrever o contexto de intervenção do projeto BMI. provenientes da análise dos documentos dos projetos realizados pela TESE, das avaliações dos projetos e das entrevistas realizadas aos membros atuais e anteriores da ONGD5. A comparação foi focada principalmente sobre: (1) os objetivos desejados, os grupos alvo, as ações propostas e a abordagem promovida nas ações; (2) a abordagem sobre as questões chave do acesso e da gestão dos serviços hídricos. Aqui procurou-se comparar os princípios inerentes a questões institucionais e de gestão (Qual o modelo de gestão do recurso que é promovido?), sociais e económicas (Qual o valor atribuído à água, na equidade, nos direitos humanos, na equidade de género, na qualidade dos serviços promovida, e nas questões de propriedade, preço, tarifação dos serviços?), e finalmente ambientais, de informação, educação, comunicação e tecnológicas6. Desta análise resultou uma substancial aproximação entre as orientações da UE e os projetos realizados pela TESE. Este resultado se torna mais interessante tendo em consideração que a linha de financiamento com a qual a TESE financiou o projeto BMI em 2009 não incluía orientações específicas sobre o sector da água e a definição dos objetivos, dos resultados esperados, das atividades e mais em geral da abordagem, não estando sujeita aos critérios de elegibilidade da CE no sector WASH. No que diz respeito os objetivos desejados, os grupos alvo, as ações propostas e a abordagem promovida nas ações encontra-se uma alta correspondência de visão. As ações da TESE englobam quer uma componente infraestrutural (construção e reabilitação de infraestruturas, implementação de medidas de prevenção da poluição e proteção da água), quer medidas direcionadas à melhoria da gestão dos recursos de forma a garantir a durabilidade da intervenção (sensibilização para a utilização correta dos recursos e educação para a higiene, reforço e gestão das instituições no sector da água). Entre as medidas partilhadas pela EU e a TESE direcionadas à gestão dos recursos encontra-se a da gestão da procura, a qual, porém, não foi aplicada indiscriminadamente nos projetos realizados pela TESE, sendo que cada vez houve uma identificação prévia do contexto e das suas necessidades. A afinidade de visão entre a CE e a TESE se mantém constante, se bem com alguma diferença, olhando para os princípios chave de acesso e gestão aplicados na implementação do projeto BMI (Ver Tabela A). Este não surgiu pela abertura de uma linha de financiamento, mas sim pela identificação das necessidades e das oportunidades de cooperação em Bafatá, numa ótica de complementaridade e de integração com as outras iniciativas em curso. Os resultados esperados não foram definidos para responder às condições de elegibilidade do Apelo para a Apresentação de Candidaturas (ou Call for Proposal -CfP-), mas sim para ter o melhor impacto do ponto de vista da sustentabilidade económica, humana e ambiental. A definição destes resultados deriva de um padrão de intervenção próprio da TESE, que pode sofrer alterações segundo o contexto e as exigências das linhas de financiamento, mas que na substância não é alterado. Através da análise dos projetos realizados pela TESE foi possível identificar um modelo de intervenção próprio da organização. Este modelo, fio condutor entre os projetos, é parte integrante da sua estratégia de cooperação. Tendo em conta o observado, pode-se afirmar que a TESE tem uma visão que orienta as suas ações no sector WASH, não limitando-se a aplicar ipsis verbis o que é pedido nas CfP da CE. Contudo, como vimos, existe uma boa correspondência nos objetivos e nas boas práticas aprovadas pela CE e a visão e o trabalho da TESE. Na comparação dos objetivos, dos princípios e das ações propostas, pode-se deduzir que, tendo como exemplo a aplicação do princípio da gestão da procura, não há execução das boas práticas reconhecidas internacionalmente sem uma prévia análise do contexto de intervenção.

 

Citação:

Gentili, Davide (2015). “O acesso à água e ao saneamento nos países em desenvolvimento : a União Europeia, as ONGDs e o caso de Bafatá na Guiné-Bissau”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Brief papers nº 1-2015.

Identités communautaires et diversités culturelles en Europe : une chance de dynamisation pour la coopération avec le Sud

Brief Paper 7/1998: Identités Communautaires et Diversités Culturelles en Europe: Une chance de dynamisation pour la coopération avec le Sud


Resumo:

Em Identités Communautaires et Diversités Culturelles en Europe: Une chance de dynamisation pour la coopération avec le Sud falamos sobre como a queda do Muro de Berlim permitiu a alguns observadores bastante apressados acreditar na chegada de uma era de valores universais, democracia e mercado através da livre circulação de pessoas e ideias. No entanto, a gravidade das crises que ocorreram desde então na Jugoslávia, no Golfo e em vários países africanos mostra, pelo contrário, um ressurgimento dos fenómenos de retirada de identidade, mal-entendidos e agressão em relação ao outro. Num certo número de países africanos, as situações de guerra civil com a consequente desestruturação económica e social podem mesmo transformar estes países em verdadeiras zonas brancas no mapa do comércio e das relações internacionais. Além disso, a presunção e o desprezo com que os ocidentais, incluindo os europeus, se recusam a admitir que as suas análises e perspectivas representam apenas um ponto de vista entre outros, provocam nos países do Sul e da periferia, comportamentos reaccionários exacerbados que muitas vezes contribuem para agravar um pouco mais a falta de entendimento entre a Europa e outras regiões do Sul. A nova ordem mediática mundial, ao cobrir as crises nos países do Sul, atinge frequentemente a sensibilidade não só das populações destes países, mas também dos seus cidadãos que emigraram para os nossos países, que, na sua maioria, se sentem humilhados, desprezados e sentem uma grande falta de compreensão da atitude dos países e das populações do Norte. Isto provoca o ressurgimento de todas as antigas disputas, incluindo disputas psicopatológicas, entre etnias, religiões e comunidades de diferentes origens.

 

Citação:

Carvalho, José Sequeira. 1998. “Identités Communautaires et Diversités Culturelles en Europe: Une chance de dynamisation pour la coopération avec le Sud”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Brief papers nº 7-1998.

Métodos de financiamento de projectos de investigação: análise do guia de financiamento de investigação da Comissão Europeia

Brief Paper 1/1997: Métodos de Financiamento de Projectos de Investigação: Análise do guia de financiamento de investigação da Comissão Europeia


Resumo:

A importância do investimento em investigação, no que diz respeito aos seus efeitos positivos sobre o crescimento económico, competitividade e criação de postos de trabalho, é hoje irrefutável. Esta é a posição tomada pela Comissão Europeia e que levou à implementação do Quarto Programa-Quadro das Actividades Comunitárias de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para 1994-1998. Ele abrange todo o trabalho de investigação anteriormente espalhado pelas várias Direcções Gerais, agrupando os projectos por áreas geográficas – Europa central e de leste, países em desenvolvimento e industrializados não-europeus. E dirigido aos projectos de investigação elaborados ao nível da União Europeia. Se a candidatura for bem sucedida, os coordenadores do projecto são convidados para as negociações contratuais – geralmente em Bruxelas ou Luxemburgo. Os concorrentes devem-se preparar para prestar esclarecimentos, com informação mais sofisticada sobre a estrutura, implementação e custos do projecto. Para este efeito recebem formulários que têm de ser preenchidos e submetidos à Comissão no período especificado. O trabalho no projecto não deve ser iniciado até todas as fases de negociação contratuais estarem completas e o contrato estiver assinado pelos parceiros e pelos departamentos da Comissão responsáveis. Métodos de Financiamento de Projectos de Investigação: Análise do guia de financiamento de investigação da Comissão Europeia foi elaborada com base no livro EC research funding – a guide for applicants, European Comission, Office for Oficial Publications of the European Comunities, Brussels-Luxembourg. 1996, 205p.

 

Citação:

Ferreira, Catarina. 1997. “Métodos de financiamento de projectos de investigação: análise do guia de financiamento de investigação da Comissão Europeia”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA. Brief papers nº 1-1997.

Monetary transitions in Cabo Verde : from the escudo zone to the exchange agreement with Portugal

Working Paper 179/2020: Monetary Transitions in Cabo Verde: From the escudo zone to the exchange agreement with Portugal


Resumo:

Em Monetary transitions in Cabo Verde : from the escudo zone to the exchange agreement with Portugal estuda-se como durante o período colonial e no quadro do sistema monetário das colónias portuguesas, Cabo Verde vivia numa situação de relativa estabilidade monetária e cambial. Após a independência, em 1975, o país passou por duas transições monetárias: a primeira, imediatamente após a independência e com o abandono da paridade cambial com o escudo português; e a segunda, a partir de 1998, na sequência de um acordo de cooperação cambial com Portugal. Durante ambas as transições, o país pôde reconstruir a estabilidade monetária e cambial, em função da forma como foram utilizados fatores de estabilidade institucional e externa em cada uma delas. No entanto, a segunda transição afetou significativamente a evolução do comércio e dos investimentos internacionais em Cabo Verde, cuja expansão resultou num forte crescimento da economia e das exportações. Este artigo analisa não apenas as condições de estabilidade monetária e cambial nas duas transições, mas também a natureza das mudanças que ocorreram com a segunda transição. Essas alterações traduziram-se numa tendência de transformação estrutural e consolidação da economia de mercado em Cabo Verde, abrindo caminho ao bom desempenho económico das últimas décadas.

 

Citação:

Estêvão, João (2020). “Monetary transitions in Cabo Verde : from the escudo zone to the exchange agreement with Portugal”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSGDocumentos de Trabalho nº 179/2020.

Ensaio sobre política externa portuguesa

Working Paper 176/2019: Ensaio sobre Política Externa Portuguesa


Resumo:

Em geral, a política externa portuguesa é “consolidada” e não tem sofrido “repentinas mudanças de rumo”. De acordo com o governo nacional, a matriz fundadora continua “bem presente e consolidada” ainda que “mais densa, mais rica, mais ampla”. O que é que isto quer dizer exatamente? Os nossos vetores estratégicos de política externa costumavam ser três (Europa, Atlântico e Lusofonia). A partir da década de 90 do séc. XX, alguns autores admitiram adicionar pilar estratégico complementar ao modelo anterior. Qual? Três hipóteses. Primeiro, a segurança, com enfoque para as missões internacionais das forças armadas portuguesas no quadro da NATO (OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte), da UE (União Europeia) ou da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo, a cooperação, sobretudo técnica e cultural, com os países lusófonos, mas também com países terceiros. Terceiro, a diplomacia económica, com as exportações, a diversificação da carteira de investimentos, a abertura ao mundo (e não apenas à UE) do mercado interno. De acordo com a literatura especializada, a política externa portuguesa é consolidada e não tem sofrido grandes alterações nas últimas quatro décadas. Isso significa que a sua matriz, variáveis e vetores estratégicos não sofreram alterações nos últimos anos? Será que o paradigma geopolítico mudou? Ensaio sobre Política Externa Portuguesa confronta a possibilidade de alteração de rumo, com a da reformulação criativa da visão original.

 

Citação:

Galito, Maria Sousa (2019). “Ensaio sobre política externa portuguesa”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG – Documentos de Trabalho nº 176/2019.

Women in politics : Portugal as a case study

Working Paper 173/2018: Women in Politics: Portugal as a case study


Resumo:

A democracia é sobre o poder do povo. A fim de sustentar, implica (pelo menos) a representatividade dos seus principais grupos. Quando a maioria governa minorias, os lobbies queixam-se quando não estão satisfeitos e algumas das suas exigências são satisfeitas; mas o sistema não se transforma totalmente a seu favor se isso for contra os interesses de uma assembleia maior. Quando a minoria governa a maioria, surgem problemas (populismo contra a elite, por exemplo); e mais cedo ou mais tarde há uma mudança significativa na sociedade. A quantidade dá poder. Os números contam na Democracia. As mulheres são a maioria da população. Nem sempre foi assim, mas hoje em dia é um facto inquestionável. Por razões culturais, institucionais ou socioeconómicas, foram submissas durante séculos a um sistema que não reconhecia a sua actividade pública. Elas não estavam envolvidos na tomada de decisões e rebelaram-se contra isso. No início, as suas exigências não eram atendidas. Mas as ondas estão a mudar. Enquanto prevalecer a democracia e o número de mulheres e as percentagens não caírem, provavelmente vão continuar a sensibilizar a sua causa, aumentando o seu poder e influência na sociedade. A evolução do empoderamento feminino é o foco de Women in Politics: Portugal as a case study, que procura analisar as principais características, causas e efeitos desse processo, com base na teoria e referências mundiais ou estatísticas. Portugal foi escolhido como estudo de caso por ser pouco pesquisado ou insuficientemente até agora.

 

Citação:

Galito, Maria Sousa (2018). “Women in politics : Portugal as a case study”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG – Documentos de Trabalho nº 173/2018.


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