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Working Paper 142/2016: ‘Policy externalisation’ inherent failure: international financial institutions’ conditionality in developing countries

Policy externalisation's inherent failure


Título: Working Paper 142/2016: 'Policy externalisation' inherent failure: international financial institutions' conditionality in developing countries

Autor(es): Sindzingre, Alice Nicole

Data de Publicação: 2016

Editora: ISEG - CEsA/ CSG

Citação: Sindzingre, Alice Nicole (2016). 'Policy externalisation' inherent failure: international financial institutions' conditionality in developing countries". Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG - Documentos de Trabalho nº 142/2016.

Resumo: As condicionalidades – ou seja, ‘trocar financiamento por reforma política’ em uma relação assimétrica entre o ‘doador’ e o ‘destinatário’ – são mecanismos centrais dos programas de reforma das instituições financeiras internacionais (IFIs). Como são impostas por entidades externas, elas também podem ser vistas como “externalização de políticas”, que é paradoxalmente uma intrusão maciça na formação das políticas domésticas de um país. A resiliência de tais dispositivos é notável, no entanto. De fato, no início da década de 1980, muitos países em desenvolvimento enfrentavam dificuldades no balanço de pagamentos e pediram ajuda a essas instituições financeiras internacionais. Em troca desse alívio, eles conceberam reformas económicas (fiscais, financeiras, monetárias), que eram as condições para seus empréstimos. Essas reformas não estavam associadas a um melhor desempenho económico, o que levou as IFIs a conceberem na década de 1990 diferentes reformas, que desta vez visavam o funcionamento do governo e sua 'governança', sendo os problemas económicos explicados pelas características dos governos (ex. -buscadores). O artigo demonstra as limitações do dispositivo de condicionalidade, que é uma questão teórica e política crucial, dada sua estabilidade ao longo do tempo e dos países. Essas limitações decorrem: i) do conceito de condicionalidade per se - o mecanismo de troca de financiamento por reforma; ii) o conteúdo das reformas prescritas dada a estrutura económica dos países em desenvolvimento (normalmente estruturas de exportação baseadas em commodities) e a fraqueza do conceito de “governança” em vista das economias políticas desses países; e iii) os vínculos intrínsecos entre condicionalidades económicas e políticas, cujas limitações, portanto, retroagem umas sobre as outras, em particular no que diz respeito à eficácia e credibilidade.

Identificador: http://hdl.handle.net/10400.5/11719

Categoria: Working paper

Resumo:

As condicionalidades – ou seja, ‘trocar financiamento por reforma política’ em uma relação assimétrica entre o ‘doador’ e o ‘destinatário’ – são mecanismos centrais dos programas de reforma das instituições financeiras internacionais (IFIs). Como são impostas por entidades externas, elas também podem ser vistas como “externalização de políticas”, que é paradoxalmente uma intrusão maciça na formação das políticas domésticas de um país. A resiliência de tais dispositivos é notável, no entanto. De fato, no início da década de 1980, muitos países em desenvolvimento enfrentavam dificuldades no balanço de pagamentos e pediram ajuda a essas instituições financeiras internacionais. Em troca desse alívio, eles conceberam reformas económicas (fiscais, financeiras, monetárias), que eram as condições para seus empréstimos. Essas reformas não estavam associadas a um melhor desempenho económico, o que levou as IFIs a conceberem na década de 1990 diferentes reformas, que desta vez visavam o funcionamento do governo e sua ‘governança’, sendo os problemas económicos explicados pelas características dos governos (ex. -buscadores). Policy externalisation’s inherent failure: international financial institutions’ conditionality in developing countries demonstra as limitações do dispositivo de condicionalidade, que é uma questão teórica e política crucial, dada sua estabilidade ao longo do tempo e dos países. Essas limitações decorrem: i) do conceito de condicionalidade per se – o mecanismo de troca de financiamento por reforma; ii) o conteúdo das reformas prescritas dada a estrutura económica dos países em desenvolvimento (normalmente estruturas de exportação baseadas em commodities) e a fraqueza do conceito de “governança” em vista das economias políticas desses países; e iii) os vínculos intrínsecos entre condicionalidades económicas e políticas, cujas limitações, portanto, retroagem umas sobre as outras, em particular no que diz respeito à eficácia e credibilidade.

 

Citação:

Sindzingre, Alice Nicole (2016). ‘Policy externalisation’s inherent failure: international financial institutions’ conditionality in developing countries”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG – Documentos de Trabalho nº 142/2016.


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