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Mozambique – neither miracle nor mirage

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Título: Mozambique – neither miracle nor mirage

Autor(es): Carlos Nuno Castel-Branco and Elisa Greco

Data de Publicação: Março de 2022

Editora: Review of African Political Economy (a member of the Taylor & Francis Publishers)

Citação: Castel-Branco, Carlos Nuno; and Elisa Greco. 2022. “Mozambique – neither miracle nor mirage”. Review of African Political Economy, VOL. 49, NO. 171, 1-10, https://doi.org/10.1080/03056244.2022.2047297

Resumo: https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/23910 Editorial da edição especial da Review of African Political Economy (RoAPE) com o tema genério “Capital accumulation, financialisation and social reproduction in Mozambique”, volume 49, númer 171, de Março de 2022, co-editada por Carlos Nuno Castel-Branco e Elisa Greco.

Identificador: https://doi.org/10.1080/03056244.2022.2047297

Categoria: Outras publicações

Mozambique – neither miracle nor mirage de Carlos Nuno Castel-Branco e Elisa Greco explora como ao longo de duas décadas, nos anos 90 e 2000, organizações internacionais, agências de cooperação para o desenvolvimento, instituições financeiras e meios de comunicação social descreveram frequentemente a trajectória económica, social e política moçambicana como um “milagre”. Aclamado como a “estrela em ascensão” de África em 2005 pelo New York Times (2005) e pelo The Economist, o país tem sido há muito elogiado pelas instituições neoliberais como um modelo reformador, aberto e atractivo para o investimento directo estrangeiro (IDE), e pelas suas elevadas taxas de crescimento económico, com exportações de produtos primários em alta e inflação de um dígito. Embora uma versão mais suave desta imagem de um “milagre” moçambicano tenha persistido ao longo dos anos 2010, começou a chocar com a realidade do agravamento da desigualdade, pobreza e crise na reprodução social, bem como com a emergência dos primeiros sinais claros de uma crise da dívida ainda por vir. Nas principais cidades, tumultos violentos desencadeados pelo aumento dos custos dos bens e serviços salariais básicos, acima da inflação média, eclodiram em Fevereiro de 2008 e novamente em Setembro de 2010. Em Setembro de 2010, The Economist descreveu estes tumultos como a revolta dos “pobres zangados”, o que não impediu que os grupos de reflexão financeira internacionais e os meios de comunicação social continuassem a enfatizar o “milagre” moçambicano (The Economist 2010). O país viu a contradição do agravamento da pobreza, da elevada dependência da ajuda e da desigualdade ao mesmo tempo que estava a ser descrito pelo Financial Times como “no centro da atenção dos investidores internacionais sem precedentes” (Financial Times 2012, 2010). Em Maio de 2014, no seu discurso na conferência Africa Rising realizada em Maputo, a Directora Executiva do FMI, Christine Lagarde, salientou o desempenho impressionante de Moçambique no que diz respeito ao crescimento económico como sendo o resultado de décadas de desenvolvimento institucional e gestão macroeconómica sólida, o que justificou a autorização formal do FMI para Moçambique obter novos empréstimos em condições não concessionais (Orre e Rønning 2017). Dois anos mais tarde, em 2016, The Economist destacou a crescente dívida soberana do país num contexto de aumento do IDE e dos influxos de ajuda, e a solvabilidade da economia moçambicana foi rebaixada pelas agências de notação de risco de crédito de uma média estável, onde tinha sido de 2003 a 2015, para um risco grave de incumprimento (Castel-Branco 2020). Como podemos fazer sentido a esta informação de alguma forma contraditória? Moçambique é um ‘milagre’ ou uma ‘miragem’?

 

Resumo:

Editorial da edição especial da Review of African Political Economy (RoAPE) com o tema genério “Capital accumulation, financialisation and social reproduction in Mozambique”, volume 49, númer 171, de Março de 2022, co-editada por Carlos Nuno Castel-Branco e Elisa Greco.

 

Citação:

Castel-Branco, Carlos Nuno; and Elisa Greco. 2022. “Mozambique – neither miracle nor mirage”. Review of African Political Economy, VOL. 49, NO. 171, 1-10, https://doi.org/10.1080/03056244.2022.2047297

 

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