Isabel Castro Henriques inaugura a exposição "Desconstruir...
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Investigadora do CEsA inaugura a exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades”

A historiadora e investigadora do CEsA, Professora Doutora Isabel Castro Henriques (CSG/ISEG-ULisboa, Portugal) inaugurou no passado 29 de outubro de 2024 a Exposição Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades, patente até 2 de novembro de 2025 na maior sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Etnologia (Avenida da Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa).

O projeto foi concebido e coordenado por Castro Henriques para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, sublinhando a importância de revisitar, refletir e compreender a história do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX para construir um futuro mais inclusivo. É co-organizado pelo CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e pelo Museu Nacional de Etnologia, com apoio da Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril.

A convite de Castro Henriques, a sessão de abertura teve a participação do Presidente do CEsA, Eduardo Moraes Sarmento (CSG/ISEG-ULisboa), do Diretor do Museu Nacional de Etnologia/Museu de Arte Popular, Paulo Ferreira da Costa, do Presidente da Museus e Monumentos de Portugal – EPE, Alexandre Pais, e da Secretária de Estado da Cultura, Maria de Lourdes Craveiro. Sarmento evocou o poema de Eugénio de Andrade, Urgentemente, para assinalar a importância da liberdade, cultura e memória enquanto valores constituintes das experiências individuais e coletivas para uma sociedade mais justa e solidária.

“A valorização da cultura, das tradições e da memória poderão ajudar a superar as desigualdades sociais e promover o diálogo intercultural. É impreterível que a nossa comunidade faça a sua parte para preservar o que não podemos esquecer enquanto sociedade, para que todos possamos aprender com as lições do passado, evitando perpetuá-las, e pacificando os nossos laços com a história”, disse Sarmento na abertura da exposição.

Estrutura da exposição

Dois eixos centrais estruturam a exposição: o poder da narrativa histórica, que parte do trabalho de pesquisa de cerca de 30 investigadores e investigadoras e do contributo de documentação iconográfica cedida por entidades portuguesas e estrangeiras, para articular texto e imagem que dão voz ao conhecimento histórico; e a voz das culturas africanas, que através de 139 obras de arte nos revela as evidências materiais dos pensamentos e das culturas de África, desafiando os estereótipos perpetuados pela ideologia colonial. Este segundo eixo da exposição é constituído por uma seleção de obras das coleções do Museu Nacional de Etnologia, peças em depósito da Fundação Calouste Gulbenkian e das coleções de Francisco Capelo, Lívio de Morais, Hilaire Balu Kuyangiko e Mónica de Miranda.

A Comissão Executiva da Exposição é presidida por Isabel Castro Henriques e integrada por Inocência Mata, Joana Pereira Leite, João Moreira da Silva, Luca Fazzini e Mariana Castro Henriques, e a sua Comissão Científica, igualmente presidida por Isabel Castro Henriques, é constituída por 20 elementos, entre os quais António Pinto Ribeiro, Aurora Almada Santos, Elsa Peralta, Isabel do Carmo e José Neves.

Programa paralelo

A exposição abrange ainda um extenso programa paralelo, constituído pela realização de um Ciclo de Cinema e Descolonização, com sessões no ISEG e no Museu Nacional de Etnologia, uma exposição itinerante em escolas e centros culturais em Portugal e em espaços de língua portuguesa em África e no Brasil, um ciclo de conversas a decorrer no Museu Nacional de Etnologia intitulado Desconstruir o Racismo, Descolonizar o Museu, Repensar o Saber, além de conferências e colóquios de caráter científico.

A realização da exposição é acompanhada pela edição de um livro homónimo, publicado pelas Edições Colibri, em cujas 344 páginas os cerca de trinta investigadores que colaboraram neste projeto desenvolvem os vários temas abordados.

 

Leia mais:

Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário (site da Edições Colibri)

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt) com informações da Comunicação do Museu Nacional de Etnologia
Imagens: Iria Simões


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