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EADI CEsA Lisbon Conference 2023 | 12 de julho | Roundtable 11: As Economias Informais e o Papel das Associações Comunitárias nas Periferias dos Maiores Centros Urbanos de Cabo Verde no Contexto da Pandemia de Covid-19

Roundtable 11 – As Economias Informais e o Papel das Associações Comunitárias nas Periferias dos Maiores Centros Urbanos de Cabo Verde no Contexto da Pandemia de Covid-19
12 de julho de 2023
14:30h – 16h (UTC+1)
Sala 101, Francesinhas 1, ISEG, Lisboa

 

Coordenadores:

Odair Barros-Varela CEsA/CSG/ISEG/ULisboa
Redy Lima CEsA/CSG/ISEG/ULisboa

 

 

 

 

 

 

 

Descrição da Roundtable: Esta mesa-redonda tem como objetivo geral apresentar as visões e experiências que possam contribuir para um maior conhecimento e compreensão da realidade multifacetada das economias informais no contexto cabo-verdiano, bem como provocar uma discussão sobre as relações existentes entre a apelidada economia nacional (formal e/ou oficial) e as economias informais em Cabo Verde, mediante a análise das continuidades coloniais (a colonialidade), das ruturas e dos novos desenvolvimentos após a independência e perceber se os grupos sociais protagonistas das economias informais, nomeadamente as redes, associações comunitárias e movimentos sociais (nos Bairros dos grandes centros urbanos em Cabo verde) têm funcionado simultaneamente como atores alternativos à excludente economia capitalista neoliberal dominante e como os principais protagonistas de uma economia de feição social e/ou solidária, conferindo maior suporte às discussões políticas e académicas sobre as teses de “desenvolvimento alternativo”, “alternativas ao desenvolvimento” e de “novos ritmos de desenvolvimento”.

Deste modo, esta sessão pretende, igualmente, reunir trabalhos e experiências que se debruçam sobre a economia social e/ou solidária em Cabo Verde e os seus principais protagonistas, quer sejam as não reconhecidas oficialmente e as cooperativas (estipuladas na lei), os diferentes atores e circuitos económicos informais nos principais centros urbanos, os principais circuitos internacionais da economia informal; as práticas económicas informais nos centros urbanos das principais cidades cabo-verdianas e desde o período colonial à atualidade, dados quantitativos e as práticas económicas informais o peso das economias informais no Produto Interno Bruto (PIB) e na economia geral de Cabo Verde, o perfil sociopolítico e económico dos sujeitos integrantes das economias informais, as políticas e as legislações governamentais em relação às economias informais, propostas e medidas de reconhecimento e de integração das economias informais não só no campo da economia social e/ou solidária mas também no âmbito da economia nacional.

 

Comunicações da Roundtable 11 – As Economias Informais e o Papel das Associações Comunitárias nas Periferias dos Maiores Centros Urbanos de Cabo Verde no Contexto da Pandemia Covid-19

 

  • Economia informal e a pandemia de Covid 19: Algumas reflexões sobre as rabidantes cabo-verdianas

Tatiana Reis
Universidade Estadual do Maranhão, Brasil

Resumo:
A presente comunicação tem como objetivo refletir acerca dos impactos da pandemia de Covid-19 sobre a atividade desenvolvida pelas rabidantes cabo-verdianas. Estas mulheres detêm um poder fundamental na economia, especialmente pela comercialização de produtos que acabam por sanar grande parte das necessidades da população local. No entanto, a rabidância, que se estrutura a partir de uma complexa teia de relações, de práticas comerciais e produtos comercializados, não tem recebido a devida atenção por parte do poder público, gerando assim uma relação profundamente desigual no interior das dinâmicas económicas efetivadas no país. A pandemia de Covid-19 agravou este cenário uma vez que os trabalhadores e trabalhadoras informais passaram a vivenciar um cenário de maior vulnerabilidade social. Frente ao contexto acima exposto, objetivamos refletir sobre ações conjuntas de maior alcance e impacto social que consigam envolver essas mulheres e demais agentes da economia informal.

 

  • Entre Informalidade e Resistência: Lutas sociais em contextos de crise

Redy Lima
CEsA/CSG/ISEG/ULisboa

Resumo:

Esta comunicação baseia-se numa pesquisa colaborativa desenvolvida com a Rede de Associações Comunitárias e Movimentos Sociais – RACMS entre os anos de 2020 e 2022 e tem como objetivo evidenciar os processos de afirmação e de resistência de duas associações comunitárias integradas na RACMS ativas nos bairros de Safende (ACAS) e Eugénio Lima (ACAEL), em Cabo Verde, ambos tidos como periféricos. A partir de suas práticas, buscamos discutir as noções de informalidade tanto no sentido territorial como em termos organizacionais e de cuidados, bem como analisar as respostas comunitárias destas associações à crise pandémica da Covid-19.

 

  • Informal ou essencial? Dimensões psicossociais da prática da ajuda-mútua entre comunidades africanas e afrodescendentes na Área Metropolitana de Lisboa durante a pandemia da Covid-19.

Iolanda Évora
CEsA/CSG/ISEG/ULisboa

Resumo:

A partir de um estudo de caso, analisamos as dimensões psicossociais da prática da ajuda-mútua, conhecida como djunta-mon, protagonizada por jovens africanos e afrodescendentes na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Buscamos entender quais as modalidades aplicadas de práticas de economia coletiva e cuidado social, as competências demonstradas para a resposta no âmbito local/social e as ferramentas utilizadas para a prestação e garantia do cuidado social e material. Discutimos de que modo a eficiência da autogestão do cotidiano da rede de ajuda-mútua, a rapidez na tomada de decisão e a eficácia da ajuda demonstradas confirmam a solidez do repertório de respostas de solidariedade social historicamente aplicado pelas comunidades.

 

  • Mulheres Rabidantes e a Economia “Informal” em Cabo Verde no Contexto da Pandemia e da Crise. O Ativismo Académico para uma Governação Económica Inclusiva em Cabo Verde

Odair Barros-Varela
CEsA/CSG/ISEG/ULisboa

Resumo:

O principal objetivo desta investigação é, no contexto da era da pandemia e da crise, contribuir para a criação de uma agenda de investigação endógena (Furtado, Laurent & Évora, 2016; Cardoso, 2012; Barros-Varela, 2006, 2008, 2009, 2017) sobre a luta das mulheres rabidantes pelo reconhecimento da sua atividade económica e, em geral, sobre as economias informais (enquanto membros da Economia Social e/ou Solidária), olhando para o conhecimento não como uma simples reprodução concetual de dados objetivos da realidade, mas antes, como uma constituição e/ou fundamentação autêntica, centrada nos sujeitos. Esta proposta enquadra-se na área da Economia Política Africana crítica – na esteira de Thandika Mkandawire (1995, 1999, 2005) – e na Ciência Política Africanista, cuja tarefa é trazer a transformação social de volta à agenda em África, de acordo com Abdul Raufu Mustapha (2006). A questão de investigação deste trabalho é perceber se, na atual era de crises, pandemias e epidemias, as mulheres rabidantes serão não só actores alternativos à exclusiva economia capitalista neoliberal dominante, mas também protagonistas de uma Economia Solidária. O trabalho tem, como outros objectivos principais, contribuir para o conhecimento da realidade multifacetada das Economias “Informais” em Cabo Verde; compreender a relação entre a economia nacional (formal e/ou oficial) e as economias “informais” em Cabo Verde, através da análise das continuidades em relação ao período colonial, das ruturas e dos novos desenvolvimentos após a independência.

 

Leia mais:

Site da EADI: RT 11 – As Economias Informais e o Papel das Associações Comunitárias nas Periferias dos Maiores Centros de Cabo Verde no Contexto da Pandemia Covid-19

Site da EADI: Lista das Roundtables (em inglês)

Site da EADI: Programa preliminar (em inglês)

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Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução e EADI


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