CESA

Diálogos de Campo – Pesquisas de Campo Participativas em Debate
Resumo:
Este volume reúne inquietações que servem de base para um debate continuado sobre as mútuas implicações de uma pesquisa no campo das Ciências Sociais. Os textos partem da constatação comum sobre o enfraquecimento das exigências em relação ao “como fazemos” em pesquisa social e tratam de aspetos relativos ao trabalho de campo que cada vez mais vai perdendo espaço na academia, essencialmente focada na produção de resultados. A partir dos campos das Ciências Sociais, Cinema, Literaturas, Psicologia entre outros, os temas transitam entre as dimensões das hierarquias de poder na pesquisa e os contextos que as exponenciam; a posição e posicionalidade do pesquisador e onde somos colocados pelos nossos interlocutores ou pessoas das situações abordadas. Especificamente, refletem sobre metodologias participativas e as mudanças na produção de conhecimento; a etnografia e a descolonização epistémica quando o investigador faz pesquisa no seu próprio contexto de vida; as interferências e determinações ditadas pelo campo, no percurso de uma pesquisa; a investigação colaborativa ou participativa seja com associações de refugiados, no campo da formação artística ou a investigação-ação sobre bicicletas e a cidade. Além disso, aborda-se a subjetividade do/da pesquisador(a) e a escrita a propósito do cinema antirracista; as implicações dos próprios investigadores em pesquisas de temas como o impacto da pandemia entre mulheres, o património cultural ou um objeto presente, em simultâneo, em diferentes continentes. Estão presentes as questões clássicas do debate sobre a metodologia que são, de fato, os alicerces de uma atualidade, trazendo diversas nuances do debate contemporâneo, em pesquisa social, num tempo em que o acesso mais facilitado à informação reduz a distância e o acesso da sociedade (e os sujeitos das pesquisas sociais) ao conhecimento sobre si produzido na academia. Este livro foi pensado no âmbito das oficinas de metodologia do projeto Afro-Port (FCT/CEsA) e coincide com o objetivo do projeto de contribuir para um programa em metodologia horizontal e grounded methodology original, inovativo e transdisciplinar, sustentado no interesse pelo diálogo entre académicos e não-académicos/discurso científico e não-científico.
Citação:
Évora, I. e Amorim, S. (2023). “Diálogos de Campo – Pesquisas de Campo Participativas em Debate”. Lisboa, CEsA/CSG. ISBN 978-989-54687-4-4

10.ª edição do Prémio Jornalismo e Direitos Humanos – Guiné-Bissau
Pelo décimo ano consecutivo, os promotores da Casa dos Direitos, a Liga Guineense dos Direitos Humanos, a ACEP – Associação para a Cooperação Entre os Povos e o CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento divulgam este galardão com o objetivo de reforçar o papel dos jornalistas enquanto agentes de mudança de mentalidades na sociedade guineense, estimulando a construção de uma cultura de participação democrática e cívica, com vista à promoção e a defesa dos direitos humanos.

Talk | Less Than 1%
No dia 8 de novembro, o ISEG recebe, com o apoio do CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento, a talk “Less Than 1%”, uma iniciativa que ocorre no âmbito da unidade curricular de Empreendedorismo.
O keynote speaker, Fernando Cabral, Managing Partner & Chief Venture Officer da Djassi Africa, irá apresentar a abordagem e framework da Djassi Africa para o aumento da diversidade e equidade em ecossistemas de inovação e empreendedorismo.
A Djassi Africa atua sobretudo em África, com especial atenção para os PALOP, e na Europa, com uma agenda de diversidade e equidade para ecossistemas de inovação e empreendedorismo.

CEsA Thinks 2023 – Ciclo de Seminários | 9 de novembro a 7 de dezembro de 2023, 18h-20h | ISEG – Anfiteatro 23 (F1)
Os coordenadores Vincent Agulonye e Daniel Adayi, o Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e o ISEG – Lisbon School of Economics and Management, da Universidade de Lisboa (ULisboa), convidam para o Ciclo de Seminários CEsA Thinks 2023. As apresentações visam promover discussões entre pares sobre a atual pesquisa conduzida por investigadores no âmbito do Desenvolvimento, com o objetivo de gerar contribuições e críticas aos trabalhos apresentados.
O Ciclo de Seminários CEsA Thinks 2023 decorrerá entre os dias 9 de novembro e 7 de dezembro de 2023, sempre às quintas-feiras*, das 18h às 20h (horário de Lisboa). Os encontros serão presenciais** no Anfiteatro 23, Francesinhas 1 – ISEG (Rua do Quelhas 6, 1200-781 Lisboa, Portugal). Consulte a programação completa no cartaz.
*A única exceção é ao dia 23 de novembro, no qual não haverá sessão.
**A única exceção é a sessão do dia 16 de novembro, que será online. Link Zoom: https://us06web.zoom.us/j/86512403600?pwd=CGMg30y64Lz48TPkrlZKyvllsuuRI1.1#success
CEsA Thinks 2023
Data: de 9 de novembro a 7 de dezembro de 2023, das 18h às 20h (horário de Lisboa). Sempre às quintas-feiras, à exceção do dia 23 de novembro, no qual não haverá sessão.
Local: Anfiteatro 23, Francesinhas 1 – ISEG (Rua do Quelhas 6, 1200-781, Lisboa, Portugal). Os seminários são presenciais, à exceção do dia 16 de novembro que será online (Link Zoom: https://us06web.zoom.us/j/86512403600?pwd=CGMg30y64Lz48TPkrlZKyvllsuuRI1.1#success).
Saiba mais sobre as sessões e os oradores
9 de Novembro – “Maria, a Filha de Deus: Os caminhos para a paz em Cabo Delgado”
Orador: Yussuf Adam (Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique)

Yussuf Adam é Chefe do Departamento de História e Professor Associado da Faculdade de Letras e Ciências Sociais – Departamento de História na Universidade Eduardo Mondlane (Maputo, Moçambique). É regente das disciplinas de História Social da Saúde e Meio Ambiente e Urbanização e Desenvolvimento Rural em África. Adam é Licenciado e Mestre em História e é Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Roskilde (Dinamarca).
16 de Novembro – “Autocratic and Democratic State-Centered Model and the Challenges for the Development of Africa”
Orador: Jacob Audu (Ahmadu Bello University, Zaria, Nigéria)
Jacob Audu é Professor do Departamento de Ciências Políticas e Estudos Internacionais – Faculdade de Ciências Sociais na Ahmadu Bello University (Zaria, Nigéria). É Doutor em Filosofia e investigador e consultor em segurança, governação e democracia.
30 de Novembro – “Fragilities and Shocks Effects on Communities in Eastern Africa”
Orador: Vincent Agulonye (CSG/ISEG/ULisboa)
Vincent Agulonye é investigador do CEsA (CSG/ISEG/ULisboa). É doutor em Estudos de Desenvolvimento pelo ISEG, Universidade de Lisboa. Neste momento, está envolvido no estudo das tendências de desenvolvimento no setor privado da Nigéria (especialmente na indústria de manufatura) em Anambra.
7 de Dezembro – “Understanding the Determinants of Growth in Developing Countries: The example of China-Sub-Saharan Africa economic relationships”
Oradora: Alice Sindzingre (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa)
Resumo: A relação económica entre a África Subsaariana e a China intensificou-se a partir da década de 2000. Um debate fundamental é saber se estas relações contribuíram para o crescimento económico das economias africanas – um debate que também tem implicações de economia política, tendo em conta as críticas à presença da China em África. Os determinantes do crescimento destacados pela teoria económica referem-se geralmente ao capital físico (investimento), ao capital humano, à inovação (incluindo a industrialização), às políticas económicas (por exemplo, abertura comercial) e às instituições. Curiosamente, os impactos empíricos das relações económicas China-África podem não ilustrar completamente as conclusões teóricas da literatura sobre crescimento. Argumenta-se que as relações económicas da China – comércio, investimento – têm sido motores do crescimento na África Subsariana, mas que o impacto da China no crescimento africano tem sido limitado pelas modalidades específicas destas relações: por exemplo, o peso económico da China torna-a um actor com o qual os países africanos não podem competir, nomeadamente pela sua própria industrialização que é ameaçada pelos produtos industriais chineses; uma parte substancial destas relações depende de produtos primários com baixo valor acrescentado e, portanto, de criação de riqueza; e a contribuição da China para a consolidação das instituições africanas permanece limitada, embora a teoria económica veja as instituições como determinantes fundamentais do crescimento. Um argumento subsequente é que a China pode não diferir dos anteriores parceiros económicos de África, por exemplo, os países ocidentais, que também apresentaram contribuições mistas para o crescimento de África.
Alice Sindzingre é Investigadora Associada no CEPN (Paris-North Economics Centre, University Paris-North, França), no LAM Research Centre (‘Africas in the World’, National Centre for Scientific Research/CNRS-SciencesPo-Bordeaux, França) e no CEsA/CSG/ISEG/ULIsboa. Ela foi membro da Equipa Central do World Development Report: Attacking Poverty do Banco Mundial. Ela realiza pesquisas sobre economia do desenvolvimento e economia política com foco na África Subsaariana e já publicou artigos em revistas acadêmicas e livros sobre uma ampla gama de tópicos, incluindo comércio internacional, ajuda externa, relações China-África, teoria das instituições, e a epistemologia da economia.
Leia mais:
Assista a todas as sessões do Ciclo de Seminários “CEsA Thinks”
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagem: CEsA/Reprodução

Working Paper CEsA nº 195/2023 investiga como que o extremismo violento afeta a identidade étnica das pessoas no Mali
O CEsA publicou o seu oitavo Working Paper de 2023 (n.º 195): “How Does Violent Extremism Influence Ethnic Identities? A Preparatory Study Of Mali”, em inglês, de autoria de Shigeyuki Hanaoka, investigador visitante do CEsA.
Clique aqui para aceder ao Working Paper n.º 195/2023: https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/29112
Resumo:
Como é que o extremismo violento afeta a identidade étnica das pessoas? Embora exista uma vasta investigação sobre o extremismo violento, que tem vindo a aumentar em África nos últimos anos, incluindo avaliações das suas origens, da coalescência de vários movimentos e das operações militares, a investigação sobre o seu impacto na identidade étnica e o comportamento político relacionado com isso continua a ser limitada. Este artigo analisa como as perceções políticas e respetivos comportamentos políticos relacionados com a identidade étnica evoluíram durante o período de expansão significativa do extremismo violento no Mali nos últimos anos.
Conheça as edições anteriores, publicadas em 2023:
Working Paper 189/2023: Fragilities and shocks effects on households and communities in West Africa
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução

Working Paper 195/2023: How Does Violent Extremism Influence Ethnic Identities? A Preparatory Study Of Mali
Resumo:
Como é que o extremismo violento afeta a identidade étnica das pessoas? Embora exista uma vasta investigação sobre o extremismo violento, que tem vindo a aumentar em África nos últimos anos, incluindo avaliações das suas origens, da coalescência de vários movimentos e das operações militares, a investigação sobre o seu impacto na identidade étnica e o comportamento político relacionado com isso continua a ser limitada. Este artigo analisa como as perceções políticas e respetivos comportamentos políticos relacionados com a identidade étnica evoluíram durante o período de expansão significativa do extremismo violento no Mali nos últimos anos.
Citação:
Hanaoka, Shigeyuki (2023). “How Does Violent Extremism Influence Ethnic Identities? A Preparatory Study Of Mali”. CEsA/CGS – Documentos de trabalho nº 195/2023

A Entrevista e os Estudos das Literaturas Africanas em Português
Resumo:
Este artigo defende que os livros de entrevistas fazem parte, “de pleno direito”, da história e da biblioteca crítica das literaturas africanas de língua portuguesa. Referimo-nos, em particular, à coleção de entrevistas Encontros com escritores de Michel Laban, publicada entre 1991 e 2002, e ao volume de depoimentos de escritores moçambicanos Vozes moçambicanas. Literatura e nacionalidade de Patrick Chabal, publicado em 1994. Trata-se de contribuições incontornáveis para a construção dos estudos das literaturas africanas de língua portuguesa que veicularam importantes mapeamentos dos espaços literários nacionais africanos. Partindo de uma introdução sobre a entrevista literária, procura-se compreender de que modo estes investigadores conceberam a entrevista como forma de construção do conhecimento em contextos literários e culturais periféricos, emergidos da dominação colonial. Consideram-se também outras experiências análogas e mais recentes para se refletir sobre a atual relevância da entrevista nos estudos destas literaturas.
Citação:
FALCONI, J. A entrevista e os estudos das literaturas africanas em português. Revista Mulemba, v. 15, n. 28, p. 24-45, 2023. doi: https://doi.org/10.35520/mulemba.2023.v15n28a56710

Investigadoras do CEsA Ana Mafalda Leite, Jessica Falconi e Doris Wieser compõem a Comissão Científica da I Conferência Internacional de Literatura Cabo-verdiana, a decorrer em Lisboa em 2024

As investigadoras do CEsA Ana Mafalda Leite, Jessica Falconi e Doris Wieser (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) participam como membros da Comissão Científica da I Conferência Internacional de Literatura Cabo-verdiana, cujo tema será “História Crítica da Literatura Cabo-verdiana – das origens até 1960: Almanaques, claridade & certeza”. A conferência internacional decorrerá entre os dias 4 e 6 de julho de 2024, na FCSH – Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCSH) e no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), em modalidade semipresencial.
O evento tem o apoio do Centro de Humanidades/NOVA FCSH/UAc (CHAM), da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCSH), da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), do Centro de Literatura Portuguesa – Universidade de Coimbra (CLP – UC), da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, do Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV) em Lisboa, da Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV), Universidade de Santiago (US), em Cabo Verde, do WomenLit (PTDC/LLT-LES/0858/2021) – CHAM, FCSH NOVA Lisboa como Instituição de Acolhimento, CES e CEAUL/ULICES como Instituições Parceiras.
Chamada de trabalhos
Conheça as nossas investigadoras:
Ana Mafalda LeiteAna Mafalda Leite é Primeira Secretária da Mesa da Assembleia Geral do CEsA. Poeta e ensaísta. Professora Associada com Agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL-UL) com grau de doutora em Literatura Portuguesa/Literaturas Africanas em Português (1989) e Mestre em Literaturas Brasileiras e Africanas. Iniciou a Licenciatura em Filologia Românica na Universidade Eduardo Mondlane, concluída na FLUL em 1978. Desde 2005, é membro integrado do CEsA/CSG/ISEG/ULisboa. Na sua actividade de investigação no quadro do CESA dirigiu três projetos financiados pela FCT sobre literaturas africanas, estudos pós-coloniais e culturais e estudos do Oceano Índico (2008-2011; 2013-2015; 2016-2020) de que resultaram várias publicações. Tem contribuído com o seu trabalho para uma importante divulgação crítica das literaturas africanas lusófonas e desenvolvido atividade como pesquisadora e como professora visitante em várias universidades africanas, brasileiras, americanas e europeias. Membro do Conselho Editorial e Científico de diversas revistas de estudos africanos. Sócia da Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO) e sócia Honorária da Academia Angolana de Letras (AAL). Seus atuais trabalhos de investigação focam-se nas Literaturas Africanas Comparadas, Humanidades Ambientais, Literatura Mundo e Estudos do Oceano Índico.
Mais informações no perfil da investigadora: https://cesa.rc.iseg.ulisboa.pt/investigacao/investigadores/amleite/
Jessica Falconi
Jessica Falconi é Vice-Presidente do CEsA (Gestão 2023-2025). É investigadora doutorada no CEsA/CSG/ISEG/ULisboa. É doutorada em Estudos Ibéricos pela Universidade de Nápoles (Itália) “L’Orientale”, onde leccionou na área das literaturas lusófonas e da língua portuguesa. Entre 2010 e 2017 foi bolseira de pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Portugal), tendo desenvolvido a sua investigação junto do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e, posteriormente, junto do CEsA/CSG/ISEG/ULisboa. Em 2018 foi professora visitante na Universitat Autònoma de Barcelona (Espanha) onde dirigiu o Centro de Língua Portuguesa/Instituto Camões. Tem participado em diversos projetos de investigação e tem publicado em revistas nacionais e internacionais na área das literaturas e dos cinemas africanos de língua portuguesa, com especial enfoque na literatura moçambicana. É também tradutora de português para italiano, tendo traduzido diversas obras literárias de língua portuguesa.
Mais informações no perfil da investigadora: https://cesa.rc.iseg.ulisboa.pt/investigacao/investigadores/jfalconi/
Leia mais:
Jessica Falconi é editora convidada da série Routledge Studies in Cultural History
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: Reprodução

Farming System Change Under Different Climate Scenarios and its Impact on Food Security: an analytical framework to inform adaptation policy in developing countries
Resumo:
Os países em desenvolvimento são considerados extremamente vulneráveis às alterações climáticas, devido ao seu contexto socioeconómico (elevados níveis de pobreza) e à elevada dependência dos seus meios de subsistência dos recursos naturais. As zonas rurais destes países concentram a maior parte das pessoas mais pobres e com insegurança alimentar do mundo, estando os agricultores entre os mais vulneráveis às alterações climáticas. Prevê-se que os impactos das alterações climáticas sejam espacialmente heterogéneos. Neste sentido, este artigo visa explorar o efeito directo e marginal das alterações climáticas na escolha do sistema agrícola e as suas implicações para a segurança alimentar em Moçambique, utilizando uma abordagem espaço-por-tempo. Os nossos resultados sugerem que são esperadas grandes mudanças na escolha do sistema agrícola e na sua distribuição espacial devido às alterações climáticas, o que terá potencialmente impacto nos meios de subsistência e no estado de segurança alimentar dos pequenos agricultores. Os sistemas agrícolas, incluindo culturas alimentares/de rendimento e/ou pecuária, que estão entre os mais seguros em termos alimentares, tenderão a ser substituídos por outros sistemas em todos os cenários climáticos. Os sistemas agrícolas mistos (incluindo alimentação e pecuária) e os sistemas orientados para a pecuária, na sua maioria inseguros em termos alimentares, predominantes em zonas áridas, deverão expandir-se com as alterações climáticas. Os mapas de stress da segurança alimentar e da inovação foram esboçados a partir dos resultados da modelização, identificando áreas prioritárias para intervenção pública. Destacamos também como a nossa abordagem pode ser um quadro eficaz e facilmente replicável para abordar este tipo de questões noutras regiões em desenvolvimento que enfrentam problemas semelhantes.
Citação:
Abbas, M., Ribeiro, P.F. & Santos, J.L. Farming System Change Under Different Climate Scenarios and its Impact on Food Security: an analytical framework to inform adaptation policy in developing countries. Mitig Adapt Strateg Glob Change 28, 43 (2023). https://doi.org/10.1007/s11027-023-10082-5

Investigadora Olga Iglésias/CEsA apresentará artigo sobre o legado samoriano na Conferência Internacional Samora Machel e a África Austral em Moçambique
A investigadora do CEsA (CSG/ISEG/ULisboa) Olga Iglésias apresentará o artigo “O Legado Samoriano para uma nova Linha da Frente” entre os dias 1 e 3 de novembro de 2023 na Conferência Internacional Samora Machel e a África Austral: Desafios de Convivência Pacífica e Desenvolvimento Sócio-económico dos Povos da Região: de 1960 ao séc. XXI., na Universidade Pedagógica em Maputo, Moçambique.
Mais informações podem ser consultadas no site da Conferência: http://www.upmanica.up.ac.mz/component/content/article/94-noticias/300-conferencia-internacional-samora-machel-e-a-africa-austral?Itemid=437
Conheça a nossa investigadora
Doutorada em História Económica e Social (2009) e pós-doutorada (2016), tendo investigado o movimento associativo em Moçambique (1908-1974), tem apresentado os resultados da pesquisa, em congressos e revistas nacionais e internacionais. Associada ao CEsA/CSG/ISEG/UL (2009) e ao CTROP (2021), faz parte do IHC/FCSH/UNL (2013) como Investigadora Integrada. Orienta teses de Mestrado e de doutoramento e faz parte de redes de pesquisadores, como por exemplo a Rede Ibérica de Estudos Africanos.
Mais informações no perfil da investigadora: https://cesa.rc.iseg.ulisboa.pt/investigacao/investigadores/oiglesias/
Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: Reprodução