Working Paper 47/1997: Salazarisme, fascisme et colonialisme: problèmes d’interprétation en sciences sociales, ou le sébastianisme de l’exception
Título: Working Paper 47/1997: Salazarisme, fascisme et colonialisme: problèmes d'interprétation en sciences sociales, ou le sébastianisme de l'exception
Autor(es): Cahen, Michel
Data de Publicação: 1997
Editora: ISEG - CEsA
Citação: Cahen, Michel. 1997. "Salazarisme, fascisme et colonialisme: problèmes d'interprétation en sciences sociales, ou le sébastianisme de l'exception". Instituto Superior de Economia e Gestão. CEsA - Documentos de Trabalho nº 47/1997
Resumo: A discussão sobre a colonização portuguesa contemporânea situa-se necessariamente na encruzilhada de dois debates: o primeiro, relativo à natureza do sistema político em vigor em França de 1930-33 a 1974 (a "Situação" ou Estado Novo); uma segunda, sobre a profundidade das características particulares da colonização, do Congresso de Berlim (1884-85) a 1974, ou seja, de um fenómeno sobre o qual o Estado Novo pesou com considerável peso mas que lhe antecede. Para resumir a questão (demasiado) rapidamente, poderíamos formulá-la em duas etapas: se a metrópole experimentou um regime "fascista", as colônias seriam "coloniais-fascistas"? Se a metrópole não pode ser assim caracterizada, será também por isso que o império não assumiu a forma de "colonial-fascismo"? O debate é realmente muito mais amplo. Para apreender as realidades do complexo Portugal/Império no século XX, trata-se de saber se necessitamos de conceitos particulares que enfatizem a "exceção" lusitana ou se, pelo contrário, esta história só é compreensível recorrendo aos conceitos gerais de a história dos imperialismos europeus deste século.
Identificador: http://hdl.handle.net/10400.5/1255
Categoria: Working paper
Resumo:
A discussão sobre a colonização portuguesa contemporânea situa-se necessariamente na encruzilhada de dois debates: o primeiro, relativo à natureza do sistema político em vigor em França de 1930-33 a 1974 (a “Situação” ou Estado Novo); uma segunda, sobre a profundidade das características particulares da colonização, do Congresso de Berlim (1884-85) a 1974, ou seja, de um fenómeno sobre o qual o Estado Novo pesou com considerável peso mas que lhe antecede. Para resumir a questão (demasiado) rapidamente, poderíamos formulá-la em duas etapas: se a metrópole experimentou um regime “fascista”, as colônias seriam “coloniais-fascistas”? Se a metrópole não pode ser assim caracterizada, será também por isso que o império não assumiu a forma de “colonial-fascismo”? O debate é realmente muito mais amplo. Para apreender as realidades do complexo Portugal/Império no século XX, trata-se de saber se necessitamos de conceitos particulares que enfatizem a “exceção” lusitana ou se, pelo contrário, esta história só é compreensível recorrendo aos conceitos gerais de a história dos imperialismos europeus deste século. Após ter “enquadrado” esta contribuição com algumas considerações metropolitanas, a questão colonial (e a sua eventual excepcionalidade) será abordada em Salazarisme, fascisme et colonialisme: problèmes d’interprétation en sciences sociales, ou le sébastianisme de l’exception principalmente do ponto de vista da União Europeia, a questão colonial (e a sua eventual excepcionalidade) principalmente do ponto de vista da sua SOLIS, o ângulo das suas instituições políticas. Mas deve ser imediatamente sublinhado que as características de o ângulo económico (um “ultra-colonialismo’), e que não é possível discutir as características deste (um “ultra-colonialismo”? um “arcaísmo”? um “mercantilismo” mantido no coração do século XX? (uma “assimilação” profunda? um “métissage” sem paralelo? uma surpreendente “ausência de racismo”? uma surpreendente “ausência de racismo”?). O estudo de cada uma destas questões leva sempre ao destaque de particularidades que não são negligenciáveis, mas que, uma vez a população metropolitana e amplamente disseminada no estrangeiro, aparecem como nuances dentro dentro do fenómeno imperialista contemporâneo, o que torna necessário não criar categorias conceptuais se quisermos compreender as condições de produção e o funcionamento e a funcionar.
Citação:
Cahen, Michel. 1997. “Salazarisme, fascisme et colonialisme: problèmes d’interprétation en sciences sociales, ou le sébastianisme de l’exception”. Instituto Superior de Economia e Gestão. CEsA – Documentos de Trabalho nº 47/1997