Dans le dernier sursaut de l’Estado da Índia (1951-1961)
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Working Paper 183/2021: Dans le Dernier Sursaut de l’Estado da Índia (1951-1961): Témoignages inédits de deux femmes portugaises

Dans le dernier sursaut de l’Estado da Índia (1951-1961)


Título: Working Paper 183/2021: Dans le Dernier Sursaut de l’Estado da Índia (1951-1961): Témoignages inédits de deux femmes portugaises

Autor(es): Khouri, Nicole; Leite, Joana Pereira

Data de Publicação: 2021

Editora: ISEG – CEsA/CSG

Citação: Khouri, Nicole e Joana Pereira Leite (2021). "Dans le dernier sursaut de l’Estado da Índia (1951-1961) : témoignages inédits de deux femmes portugaises". Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG -Documentos de Trabalho nº 183/2021.

Resumo: Durante a última década do Estado da India, os testemunhos de duas mulheres portuguesas que viajam a Goa, atraíram a nossa atenção. Primeira geração do Estado Novo, as autoras, nascidas em 1926, fazem parte de uma elite educada e partilham de uma aguda consciência política que as levou , na metrópole, a engajarem-se nos movimentos de oposição ao regime . Ambas deixam Portugal em direção a Goa, uma terra de exílio político , uma sociedade que lhes é totalmente estranha, um momento importante de experiência pessoal. A última década da dominação portuguesa convive com o último sobressalto do Estado da Índia que conduziria ao regresso dos seus territórios à União Indiana, em 1961. As narrativas que nos deixam estas duas mulheres articulam uma História do Império português aprendida nos bancos da escola , a sua experiência do regime salazarista e a confrontação com a sua vivência em Goa. Aí vivem no fio da navalha , numa dupla margem criada quer pela distância face à administração colonial e quer pela difícil penetrabilidade da sociedade goesa. Nesta postura de interface e a partir de um quotidiano de grande precaridade existencial, elas aprendem a conhecer a sociedade e engajam-se nos desafios culturais e políticos que a atravessam. De regresso a Portugal, e bem mais tarde, uma das autoras escreve as suas e memórias e a outra aspira a que as suas cartas, enviadas quase quotidianamente à sua família, sejam conhecidas. Memórias e cartas constituem testemunho em contraponto, por um lado ao dos portugueses do Império, cujos estatutos eram definidos no interior e pela sociedade colonial e, por outro, ao das diásporas que tinham pertencido ao Império (portuguesas, goesas e indianas), donde é igualmente interessante ler o centro a partir da sua periferia. Os seus testemunhos e as suas reflexões revelam-se da maior valia e atualidade no que respeita a maneira de escrever, de pensar e de viver nas fronteiras tanto existenciais, como materiais e simbólicas que separam e unem os povos.

Identificador: http://hdl.handle.net/10400.5/21219

Categoria: Working paper

Resumo:

Durante a última década do Estado da India, os testemunhos de duas mulheres portuguesas que viajam a Goa, atraíram a nossa atenção, levando-nos a escrever Dans le Dernier Sursaut de l’Estado da Índia (1951-1961): Témoignages inédits de deux femmes portugaises. Primeira geração do Estado Novo, as autoras, nascidas em 1926, fazem parte de uma elite educada e partilham de uma aguda consciência política que as levou , na metrópole, a engajarem-se nos movimentos de oposição ao regime. Ambas deixam Portugal em direção a Goa, uma terra de exílio político , uma sociedade que lhes é totalmente estranha, um momento importante de experiência pessoal. A última década da dominação portuguesa convive com o último sobressalto do Estado da Índia que conduziria ao regresso dos seus territórios à União Indiana, em 1961. As narrativas que nos deixam estas duas mulheres articulam uma História do Império português aprendida nos bancos da escola , a sua experiência do regime salazarista e a confrontação com a sua vivência em Goa. Aí vivem no fio da navalha , numa dupla margem criada quer pela distância face à administração colonial e quer pela difícil penetrabilidade da sociedade goesa. Nesta postura de interface e a partir de um quotidiano de grande precaridade existencial, elas aprendem a conhecer a sociedade e engajam-se nos desafios culturais e políticos que a atravessam. De regresso a Portugal, e bem mais tarde, uma das autoras escreve as suas e memórias e a outra aspira a que as suas cartas, enviadas quase quotidianamente à sua família, sejam conhecidas. Memórias e cartas constituem testemunho em contraponto, por um lado ao dos portugueses do Império, cujos estatutos eram definidos no interior e pela sociedade colonial e, por outro, ao das diásporas que tinham pertencido ao Império ( portuguesas, goesas e indianas), donde é igualmente interessante ler o centro a partir da sua periferia. Os seus testemunhos e as suas reflexões revelam-se da maior valia e atualidade no que respeita a maneira de escrever, de pensar e de viver nas fronteiras tanto existenciais, como materiais e simbólicas que separam e unem os povos.

 

Citação:

Khouri, Nicole e Joana Pereira Leite (2021). “Dans le dernier sursaut de l’Estado da Índia (1951-1961) : témoignages inédits de deux femmes portugaises”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG –Documentos de Trabalho nº 183/2021.


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