Narrativa emergente contra a indústria extractiva em Tete
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Working Paper 150/2017: Narrativa emergente contra a indústria extractiva em Tete: renegociando instituições através de protestos populares?

Narrativa emergente contra a indústria extractiva em Tete : renegociando instituições através de protestos populares?


Título: Working Paper 150/2017: Narrativa emergente contra a indústria extractiva em Tete: renegociando instituições através de protestos populares?

Autor(es): Chivangue, Andes

Data de Publicação: 2017

Editora: ISEG - CEsA/ CSG

Citação: Chivangue, Andes (2017). "Narrativa emergente contra a indústria extractiva em Tete : renegociando instituições através de protestos populares?". Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG - Documentos de Trabalho nº 150/2017.

Resumo: O presente artigo discute a interacção de cinco variáveis fundamentais, nomeadamente protestos populares, responsabilidade social empresarial (RSE), arranjos institucionais, desenvolvimento local e inclusão social. Esta análise foi desenvolvida com recurso ao Structural Equation Modeling (SEM), concretamente na modalidade da Análise Factorial Confirmatória (AFC). Os resultados mostram forte relação de causalidade entre protestos populares e arranjos institucionais. Contudo, os reajustamentos dos dispositivos legais do sector mineiro não se têm traduzido na melhoria das condições de vida das famílias afectadas pela actividade mineira em Tete.

Identificador: http://hdl.handle.net/10400.5/13170

Categoria: Working paper

Resumo:

Nos últimos 10 anos África reemergiu como epicentro de mais um scrumble pelos recursos naturais. De facto, o boom das matérias-primas desmobilizou a velha imagem de um continente visto internacionalmente como o outro-distante (distant other) e no seu lugar espalhou a narrativa de África como a nova fronteira do mundo dos negócios, para onde passaram a afluir desde empresas de países emergentes – responsáveis pela valorização desses recursos no mercado internacional – às grandes companhias historicamente estabelecidas no sector do petróleo, gás e minerais. É neste quadro que se insere Moçambique, conhecido no mundo académico e na indústria do desenvolvimento por donor darling, cujo crescimento económico e a aliança com os doadores externos alimenta a ideia, por muitos autores considerada ingénua, segundo a qual o desenvolvimento pode ser promovido a partir da atracção de fluxos de Investimento Directo Estrangeiro [IDE]. No entanto, a natureza de enclave própria da indústria extractiva, as persistentes desigualdades sociais resultantes da incapacidade do crescimento económico em reduzir a pobreza, o engajamento das elites no mundo dos negócios e ausência de transformação estrutural colocam em cheque toda esta diegese de prosperidade e desenvolvimento que o executivo e seus aliados externos insistem em difundir. Narrativa emergente contra a indústria extractiva em Tete : renegociando instituições através de protestos populares? discute a interacção de cinco variáveis fundamentais, nomeadamente protestos populares, responsabilidade social empresarial (RSE), arranjos institucionais, desenvolvimento local e inclusão social. Esta análise foi desenvolvida com recurso ao Structural Equation Modeling (SEM), concretamente na modalidade da Análise Factorial Confirmatória (AFC). Os resultados mostram forte relação de causalidade entre protestos populares e arranjos institucionais. Contudo, os reajustamentos dos dispositivos legais do sector mineiro não se têm traduzido na melhoria das condições de vida das famílias afectadas pela actividade mineira em Tete.

 

Citação:

Chivangue, Andes (2017). “Narrativa emergente contra a indústria extractiva em Tete : renegociando instituições através de protestos populares?”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG – Documentos de Trabalho nº 150/2017.


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