Investigação e Publicações

O Comité publicou desde 1998 um conjunto de Estudos e de Fontes no âmbito da sua  Colecção A Rota do Escravo.

Colecção A Rota do Escravo  – Estudos

Esta colecção, beneficiando certamente do trabalho internacional consagrado à questão da escravatura e do comércio negreiro, pretende assumir a responsabilidade de suscitar e de editar os documentos e os estudos capazes de devolver à historiografia portuguesa que estuda esta problemática histórica, nas suas diferentes fases e metamorfoses, a densidade teórica que nunca devia ter perdido.

Estudos Publicados

 1

Isabel Castro Henriques (coord. e prefácio)  – Escravatura e transformações culturais (África- Brasil Caraíbas), Lisboa, CEA/FLUL e VULGATA, 2002, 300 páginas.

2

Jorge Fonseca – Escravos no Sul de Portugal (Séculos XVI – XVII), Lisboa, CEA/FLUL. e VULGATA 2002, 261 páginas.

 

Colecção A Rota do Escravo – Fontes

A Colecção inicia, com este sétimo volume inédito da Monumenta Missionaria Africana – segunda série – do Padre António Brásio, a publicação da série Fontes. Se a série Estudos procura fornecer análises históricas e reflexões teóricas, a série Fontes tem como objectivo assegurar a identificação, a sistematização e a publicação dos ainda muitos documentos guardados nos arquivos portugueses, brasileiros e africanos, em particular,  nos países africanos de língua portuguesa, sem os quais não é possível organizar uma história africana sistemática e credível, onde as práticas da escravatura e a sua variável mais brutal o tráfico negreiro ocupam lugar primordial.

3

António Brásio –  Monumenta Missionaria Africana, Lisboa, 2004, 662 páginas. Organização e introdução de Isabel Castro Henriques.

 

Edições em colaboração

Se é certo que se multiplicaram nos últimos anos os trabalhos relativos à questão da escravatura e do comércio negreiro, traduzidos ou redigidos em língua portuguesa, estamos ainda longe de dispor de informação suficiente para eliminar as muitas zonas do não conhecimento. De resto, a tarefa não é fácil, de tal modo se aceitou entre nós a ideia de uma escravatura natural, que seria a dos africanos.

Pretendemos libertar-nos por isso do peso das ideologias da auto-satisfação, sobretudo das várias formas caricaturais do lusotropicalismo que procura recuperar a sua função de panaceia mágica para absolver os portugueses da parte que tomaram, ao lado dos muitos outros europeus, nessa tarefa desumanizante.  Nem de resto a História poderia agir de outra maneira, com rigor, recorrendo aos milhares de documentos conservados nos arquivos portugueses. Não pretendemos mais do que contribuir para o inventário, a análise, o conhecimento destas operações que estruturaram o mundo moderno e marcam ainda a história dos nossos dias.

4

Isabel Castro Henriques e Louis Sala-Molins (coord. e introdução ),  Déraison, esclavage et droit: Les fondements idéologiques et juridiques de la traite négrière et de lesclavage, Paris, Éditions UNESCO, 2002, 375 páginas.

5

José C. Curto –   Álcool e Escravos: O Comércio luso-brasileiro de álcool em Mpinda e Benguela durante o tráfico atlântico de escravos (c.1480-1830) e o seu impacto nas sociedades de África Central Ocidental, Lisboa, VULGATA, 2002, 402 páginas. Prefácio de Alfredo Margarido.

6

Isabel Castro Henriques (coord. e prefácio) , Novas Relações com África:Que Perspectivas?, Lisboa, Editora Vulgata, 2003, 494 páginas.

7

Isabel Castro Henriques (coord. e introdução), Alfredo Margarido: Um pensador livre e crítico, Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal, 2012, 342 páginas.

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