ULISBOA ENTREVISTA | Iolanda Évora e Inocência Mata – “Não fomos nós que inventamos o negro, foram os brancos”

A Edição 14, da Universidade de Lisboa (2020) traz uma entrevista com as Professoras Iolanda Évora e Inocência Mata, respectivamente PI e Co-PI do Projeto AFRO-PORT.

Iolanda Évora é doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo e professora do mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do Instituto Superior de Economia e Gestão. Inocência Mata é professora na Faculdade de Letras, na área de Literaturas, Artes e Culturas, tendo feito o seu percurso académico na ULisboa.  Coordenam em conjunto o projeto AFRO-PORT – Afrodescendência em Portugal e o projeto Discursos Memorialistas e a Construção da História. A Revista da ULisboa assistiu ao diálogo entre ambas.

“Fiz a proposta do projeto porque estava absolutamente insatisfeita com a categoria de imigrante, algo que não se aplicava a muitas pessoas a viver em Portugal. Até existe a designação “imigrante de quarta geração”. É demais! Não colocámos “afrodescendente” no título do projeto, mas antes “afrodescendência”, para o foco não ficar no sujeito”. IOLANDA ÉVORA

Alguém se lembra de dizer que o Sarkozy é imigrante de segunda geração? Os pais são húngaros. Os meus sobrinhos, por exemplo, continuam a ser vistos como imigrantes, mas são portugueses. Se não se é branco, não se é português. Se a Assunção Cristas não fosse branca, nunca seria vista como portuguesa. Sendo branca, pode reivindicar que nasceu em Angola e a sua portugalidade não é posta em causa”. INOCÊNCIA MATA

A Edição completa pode ser acessada AQUI

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