East Timor

Ready or not? The ultimate push of Timor-Leste to join ASEAN
Resumo:
Uma preocupação persistente levantada pelos estados-membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é que a disponibilidade de Timor-Leste para a adesão não é suficiente, uma vez que Díli, a mais pequena economia do Sudeste Asiático, pode não ser capaz de assinar e implementar compromissos-chave, nem de participar em todas as instituições e programas de trabalho da ASEAN. Desde o seu pedido formal de adesão em 2011, Timor-Leste intensificou recentemente os seus esforços de adesão à ASEAN, com o apoio técnico inicial da Agência de Cooperação Internacional do Japão e, em particular, com o apoio reforçado do Banco Asiático de Desenvolvimento. Em 2019, registou-se uma mudança de ritmo no sentido da adesão, com declarações claras da ASEAN a assinalar progressos a este respeito. A primeira missão de averiguação da ASEAN a Timor-Leste para avaliar o potencial de adesão do país foi concluída com êxito em Setembro de 2019. Estão previstas mais duas missões de apuramento de factos para 2020. Em Ready or not? The ultimate push of Timor-Leste to join ASEAN, avaliamos o grau de preparação de Timor-Leste para se tornar membro dos três pilares da comunidade ASEAN: segurança económica, sócio-cultural e política. Em particular, avaliamos a forma como os recentes desenvolvimentos abordam as preocupações historicamente levantadas por alguns estados-membros da ASEAN sobre a adesão de Timor-Leste. Concluímos que as presidências cambojana e, em particular, indonésia da ASEAN em 2022 e 2023 poderão ser um marco importante para a adesão de Timor-Leste à Associação.
Citação:
Martínez-Galán, E. (2021). ‘Ready or not? The ultimate push of Timor-Leste to join ASEAN’. Chapter 4B, pp. 405-435 in Leandro, F.J.B.S., dos Santos, P.P. and Li, Y. (eds) China and Portuguese-speaking Small Island States: From sporadic bilateral exchanges to a comprehensive multilateral platform. City University of Macau. Macao. China. ISBN 978-99981-956-3-9

East Timorese Literary Narratives (Twenty-First Century): Indian Ocean Crossings and Littoral Encounters
Resumo:
O objetivo de East Timorese Literary Narratives (Twenty-First Century): Indian Ocean Crossings and Littoral Encounters é analisar o livro Requiem para o Navegador Solitário (2007) de Luís Cardoso considerando os elementos marítimos que emergem no romance e combinando os Estudos do Oceano Índico com os Estudos de Género. Apontando para o imaginário timorense e a perspectiva da protagonista feminina, centrar-nos-emos nos elementos relacionados com a costa da ilha, tais como a costa, o mar, os navios, os marinheiros, e a interligação com outras ilhas e territórios durante o período colonial. De facto, acreditamos que estes elementos integram não só o espaço geográfico da narrativa, mas também o imaginário literário, como é o caso, por exemplo, dos recursos metafóricos e da construção da personagem principal, Catarina. Considerando que Timor Leste se situa na orla oriental do Oceano Índico e tendo em conta a teoria teórica de Indian Ocean Studics, pretendemos demonstrar que neste romance o oceano constitui um repertório transcontinental visual e metafórico que se relaciona com o próprio imaginário cultural timorense. Analisaremos a ligação entre a trajectória existencial de Catarina, a protagonista feminina do romance, a história de Timor Leste e as travessias do Oceano Índico. Este texto, escrito em português por um autor timorense, retrata a complexa história deste território durante a Segunda Guerra Mundial e oferece uma perspectiva única sobre a história timorense.
Citação:
Spinuzza, G. (2021). East Timorese Literary Narratives (Twenty-First Century): Indian Ocean Crossings and Littoral Encounters. Portuguese Studies 37(2), 242-255. doi:10.1353/port.2021.0017.

Brief Paper 1/2008: A Gestão do Fundo Petrolífero de Timor Leste: Alguns aspectos
Resumo:
Do Artº 11º da Lei do Fundo Petrolífero (Lei 9/2005 de 3 de Agosto) deduz-se que é ao Governo, através do Ministério das Finanças – anteriormente o Ministério do Plano e das Finanças – que compete decidir sobre as linhas fundamentais da política de investimentos do Fundo Petrolífero (FP) após receber o parecer do Comité de Assessoria do Investimento – ao qual, como parece que é, o Ministro não está o brigado a seguir mas que, por se tratar de um órgão constituído por técnicos especialistas, não deverá ser descartado sem fortes razões para o fazer e, ainda que tal não seja exigido por lei, sem justificação pública cabal. Tal como indica as características da série de textos do CEsA em que é publicado – a dos seus Brief Papers – A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos deve ser entendido como correspondendo a uma fase (pouco mais que) inicial se investigação sobre o tema que nos propusemos estudar. Por isso as suas conclusões – se é que podemos falar de verdadeiras conclusões ou, até, lições – são meramente provisórias e sujeitas a alguma modificação em resultado da continuação da investigação que vimos fazendo sobre o tema. Por isso e tanto ou mais que noutras circunstâncias faz sentido um apelo para que o leitor nos comunique as suas opiniões sobre o que fica escrito, incluindo eventuais incorrecções na abordagem do tema.
Citação:
Serra, António M. de Almeida. 2008. “A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Brief papers nº 1-2008.