Arquivo de Armindo Espírito Santo - CEsA

Armindo Espírito Santo

História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX

História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX


Resumo:

Em História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX, o autor explica como foi que os navegadores portugueses chegaram às ilhas de São Tomé e Príncipe no terceiro quartel do século XV e transformaram-nas num contexto social para o seu desenvolvimento, mas em que as relações humanas e institucionais foram complexas e até insuportáveis para os mais desfavorecidos, particularmente na ilha de São Tomé. Houve conflitos de toda a ordem que se agravaram particularmente depois da transição da sociedade de habitação para a de plantação, com a intensificação de atividades do tráfico negreiro e da produção e exportação do açúcar. A longa distância das ilhas do poder central, localizado em Lisboa, constituiu um ingrediente que favoreceu o fomento dos conflitos em que o desrespeito às regras estabelecidas foi permanente e se manteve durante o período da dominação da elite nativa desde o século XVII, marcado em torno das principais famílias que disputavam o acesso ao poder e o controlo da riqueza. O autor mostra que, apesar da sua dureza, o modelo escravocrata colonial tinha dinâmicas de mobilidade social que permitiram que alguns escravizados se tornassem livres e outros chegaram a ser poderosos em termos económicos e políticos, ainda no decorrer do século XVI, vindo a ser dominantes até meados do século XIX.

 

Citação:

Espírito Santo, A. (2021). História de São Tomé e Príncipe: da descoberta a meados do século XIX. Lisboa: Edições Colibri.

O elemento angolar de São Tomé: uma discussão da sua origem

Working Paper 180/2021: O Elemento Angolar de São Tomé: Uma discussão da sua origem


Resumo:

São Tomé e Príncipe é um pequeno arquipélago do golfo da Guiné formado por duas ilhas principais a saber: a ilha de São Tomé, que é a maior das duas, e a ilha do Príncipe. A sua área total é de 997 km2 (Cf. BM, BdP) e dista da costa ocidental do continente africano cerca de 300 km. O arquipélago foi colonizado por Portugal entre 1485 e 1974 e tornouse independente deste em 12 de julho de 1975, após um período de transição de sete meses. O território foi povoado com degredados, pequenos judeus, muitos escravos africanos e alguns voluntários da Europa. O regime de trabalho escravo introduzido desde o início do povoamento foi muito violento para a mão-de-obra africana de tal modo que alguns encontraram nas fugas para as matas próximas das fazendas uma forma para se escaparem dos maus-tratos dos europeus e viver em liberdade e de bens de subsistência e de alguns esquemas para comporem a sua sobrevivência, nomeadamente assaltos e ataques às fazendas para obterem alimentos e mulheres. Esta população que viveu e reproduziu-se no mato durante séculos, diferentemente de uma população originária, que uns julgam ter existido, deu origem aos chamados “angolares” e tem sido tema de debates entre os académicos quanto a sua origem. Este artigo discute isto mesmo e procura clarificar a origem da etnia “angolar” da ilha de São Tomé. O Elemento Angolar de São Tomé: Uma discussão da sua origem está dividido em tês partes: a primeira parte (ponto 2) discute a narrativa do naufrágio, a segunda parte (ponto 3) estabelece uma relação entre Escravos fujões e “negros gentios” e o último ponto explica a origem da designação “angolares” para aquele grupo populacional do sul da ilha de São Tomé.

 

Citação:

Santo, Armindo Espírito (2021). “O elemento angolar de São Tomé: uma discussão da sua origem”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG – Documentos de Trabalho nº 180/2021.


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