Arquivo de António Mendonça - CEsA

António Mendonça

Lições de macroeconomia: uma introdução


Resumo:

O livro que agora se publica, sob a forma de lições de macroeconomia, é o resultado de 3 anos de trabalho na lecionação da disciplina de Economia II, das licenciaturas em Economia, Matemática Aplicada à Economia e à Gestão e Estudos Gerais, do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa. Estas Lições de Macroeconomia são o resultado de uma experiência pedagógica de lecionação de uma disciplina de nível introdutório e do objetivo de facilitar a transmissão de conhecimentos de uma matéria que não deixa de ser complexa, mas que é indispensável na formação de qualquer economista ou gestor. A abordagem apresentada neste livro reflete três opções metodológicas que visam torná-lo mais atrativo e de utilização amigável para os seus leitores. A primeira é a procura da maior clareza e simplificação possível na apresentação de conceitos e teorias. A segunda, é o propósito de fazer compreender a distinção entre modelo da realidade e realidade. A terceira, é a inclusão da realidade económica portuguesa em praticamente todos os capítulos, seja como referência para a discussão de conceitos, que adquirem por esta via uma dimensão concreta e quantificada, seja como objeto específico de análise macroeconómica. Destinando-se prioritariamente a estudantes que iniciam a sua formação universitária, estas Lições não deixam de ir mais além, no tratamento das questões, podendo ser úteis a todos aqueles que, independentemente dos motivos, pretendam adquirir uma visão introdutória da análise macroeconómica contemporânea.

 

Citação:

Mendonça, António (Coordenador) e Vitor Magriço … [et al.] .(2021) . “Lições de macroeconomia: uma introdução”. Edições Silabo, Lisboa: p. 451.

Coronacrise 2020: que crise?

Coronacrise 2020: que crise?


Resumo:

As previsões já divulgadas das instituições nacionais e internacionais sobre os impactos da Covid-19 sobre as economias, vêm confirmar aquilo que já se antecipava: quebras profundas no produto e emprego, alimentadas pela redução conjunta do consumo, do investimento e do comércio internacional, com consequentes efeitos sobre défices e dívidas públicas. Discute-se em Coronacrise 2020: que crise? a crise económica desencadeada pela Covid-19, designadamente nas suas particularidades e nos elementos comuns com as crises económicas que a antecederam. Em particular, discutem-se os elementos de ligação com a crise de 2008-2009, com destaque para a comparação entre as respostas que foram dadas nessa altura com as respostas que estão a ser dadas na situação atual, procurando-se evidenciar as diferenças entre a intervenção mais ativa do Banco Central Europeu e a intervenção hesitante e contraditória das instituições nacionais e europeias com responsabilidade na política orçamental. Destaca-se a necessidade de um plano de recuperação económica, de dimensão europeia e integrador das especificidades nacionais, bem como a necessidade de uma alteração de postura relativamente ao papel da política económica, que deve privilegiar uma perspetiva expansionista de longo prazo em substituição da perspetiva contracionista que tem condicionado a gestão macroeconómica europeia nos últimos anos.

 

Citação:

Mendonça, A. (2020). “Coronacrise 2020: que crise?”. Lusíada. Economia & Empresa, nº 28 (2020), pp. 11-41. https://doi.org/10.34628/gp7b-es79

Europe at the crossroads of the COVID-19 crisis: integrated macroeconomic policy solutions for an asymmetric area

Europe at the crossroads of the COVID-19 crisis: integrated macroeconomic policy solutions for an asymmetric area


Resumo:

A crise económica desencadeada pela pandemia da COVID-19 levanta mais uma vez dúvidas sobre a capacidade da zona euro para lidar com problemas económicos conjuntos, dada a sua dinâmicas assimétricas e disparidades. Europe at the crossroads of the COVID-19 crisis: integrated macroeconomic policy solutions for an asymmetric area contribui para uma mudança de paradigma na governação da zona euro, no sentido de uma abordagem mais abrangente e integrada. São consideradas duas dimensões deste paradigma. Primeiro, a necessidade de uma mudança na política económica relativa à recuperação, de uma orientação da oferta para uma orientação da procura, apoiada numa combinação de política fiscal e monetária, integrada numa abordagem macroeconómica abrangente. Em segundo lugar, analisamos a necessidade de uma mudança nas relações externas no sentido de uma política mais global orientada para a integração, posicionando-se a zona euro como uma alternativa à actual polarização entre os Estados Unidos e a China. As nossas conclusões apontam nesse sentido: (i) dar prioridade ao crescimento e ao emprego; (ii) promover a sustentabilidade económica a longo prazo com base em políticas macroeconómicas integradas, a redução da concentração de rendimentos, e a reconstituição de classes médias fortes; (iii) reorientar as relações internacionais para uma perspectiva de cooperação; (iv) reforçar a regulamentação e a governação global; e (v) eliminar situações excepcionais e formas de escapar aos controlos económicos.

 

Citação:

“Mendonça, A. and Vale, S. (forthcoming). “Europe at the crossroads of the COVID-19 crisis: integrated macroeconomic policy solutions for an asymmetric area”, (co-autoria com Vale, S.), in New challenges for Eurozone Governance: Are there joint solutions for common threats? (Edit. José Caetano, Isabel Vieira, and António Caleiro), London: Springer. ISBN-10:3030623718″

A caminho de uma recaída da economia mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia

A Caminho de uma Recaída da Economia Mundial? Ainda Algumas Notas sobre a Natureza da Crise Económica e Financeira de 2008-2009 e os seus Impactos na Economia Europeia


Resumo:

Partindo da análise dos últimos dados sobre a evolução da economia mundial, discutem-se as razões que poderão estar na base da persistência das dificuldades em recuperar, de forma sustentada, os ritmos de crescimento, em particular na zona euro, mais de uma década após a eclosão da crise de 2008 – 2009. Discute-se em A caminho de uma recaída da economia mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza mundial? : Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia a natureza desta crise económica global, os seus impactos a nível regional europeu, a emergência do que se designou por crise de identidade do projeto de integração europeia, a ineficiência do sistema euro enquanto mecanismo de ajustamento, interno e externo, e o papel da política monetária não convencional. Conclui-se pela necessidade de a Europa proceder a uma redefinição profunda do seu projeto de integração, incluindo o redesenho do sistema euro à luz da experiência recente da política monetária não convencional. Neste processo, considera-se haver um lugar importante para Portugal, enquanto país europeu atlântico, cuja identidade se formou e consolidou no processo de constituição da economia global.

 

Citação:

Mendonça, António .2019. A caminho de uma recaída da economia mundial?: Ainda algumas notas sobre a natureza mundial?: Ainda algumas notas sobre a natureza da crise económica e financeira de 2008-2009 e os seus impactos na economia europeia”, Lusíada – Economia & Empresa, nº 26, p. 31-66

A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos

Brief Paper 1/2008: A Gestão do Fundo Petrolífero de Timor Leste: Alguns aspectos


Resumo:

Do Artº 11º da Lei do Fundo Petrolífero (Lei 9/2005 de 3 de Agosto) deduz-se que é ao Governo, através do Ministério das Finanças – anteriormente o Ministério do Plano e das Finanças – que compete decidir sobre as linhas fundamentais da política de investimentos do Fundo Petrolífero (FP) após receber o parecer do Comité de Assessoria do Investimento – ao qual, como parece que é, o Ministro não está o brigado a seguir mas que, por se tratar de um órgão constituído por técnicos especialistas, não deverá ser descartado sem fortes razões para o fazer e, ainda que tal não seja exigido por lei, sem justificação pública cabal. Tal como indica as características da série de textos do CEsA em que é publicado – a dos seus Brief Papers – A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos deve ser entendido como correspondendo a uma fase (pouco mais que) inicial se investigação sobre o tema que nos propusemos estudar. Por isso as suas conclusões – se é que podemos falar de verdadeiras conclusões ou, até, lições – são meramente provisórias e sujeitas a alguma modificação em resultado da continuação da investigação que vimos fazendo sobre o tema. Por isso e tanto ou mais que noutras circunstâncias faz sentido um apelo para que o leitor nos comunique as suas opiniões sobre o que fica escrito, incluindo eventuais incorrecções na abordagem do tema.

 

Citação:

Serra, António M. de Almeida. 2008. “A gestão do fundo petrolífero de Timor Leste: alguns aspectos”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Brief papers nº 1-2008.

O(s) modelo(s) de desenvolvimento da Ásia Oriental e a África Subsaariana

Brief Paper 1/1994: O(s) Modelo(s) de Desenvolvimento da Ásia Oriental e a África Subsaariana


Resumo:

O facto de as economias da Ásia Oriental e do Sudeste Asiático terem vindo a manifestar-se como um exemplo de desenvolvimento económico e social relativamente conseguido tem levado muitos autores e, em particular, instituições económicas internacionais como as “sisters in the woods” (designação feliz dada por um survey do The Economist ao Banco Mundial e ao FMI), a verem no modelo de crescimento extrovertido adotado pelos países daquelas regiões um verdadeiro horizonte e um “manual para a ação” para os países da África Subsaariana. O relativo sucesso da ilha Maurícia ao prosseguir uma estratégia aparentada com aquele modelo veio reforçar a ideia da possibilidade (até mesmo da conveniência) da aplicação do modelo asiático de crescimento à África Negra. Em O(s) modelo(s) de desenvolvimento da Ásia Oriental e a África Subsaariana propõe-se discutir esta “transferibilidade”. Para isso começaremos por sintetizar as características do(s) modelo(s) asiático(s), passando depois a confrontar a realidade da Ásia Oriental com a africana para determinar se os elementos que se mostraram fundamentais no êxito dos países do Extremo Oriente estão presentes ao sul do Saara.

 

Citação:

Serra, António M. de Almeida. 1994. “O(s) modelo(s) de desenvolvimento da Ásia Oriental e a África Subsaariana”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA Brief papers nº 1-1994.

Portugal and the Euro

Working Paper 166/2018: Portugal and the Euro


Resumo:

Portugal and the Euro está dividido em duas partes. Na primeira parte, apresentamos alguns dados da economia portuguesa com o objetivo de captar algumas das suas principais tendências longas e a forma como reage à introdução da moeda única na Europa. Dado que Portugal segue um caminho semelhante ao de Espanha no que diz respeito ao processo de integração económica europeia, desenvolvemos uma análise comparativa entre os dois países ibéricos procurando captar algumas dinâmicas que possam ajudar a compreender as diferentes formas como as duas economias reagiram à introdução do euro e, nesta fase da integração económica na Europa, como sofreram a crise internacional de 2007-2008 e reagiram aos seus efeitos. Para avaliar e comparar as trajetórias dos dois países utilizamos alguns indicadores macroeconómicos fundamentais como, produto e emprego, investimento, contas externas, saldos orçamentários e dívidas governamentais. A comparação com o desempenho económico médio da Europa também está presente, procurando perceber qual o país que segue um “caminho mais europeu”. Na segunda parte, concentramo-nos na crise do sistema euro procurando dar alguns contributos para a discussão em curso sobre o papel e a eficácia do euro como variável de ajustamento interno. Não só em termos de pré-criação de melhores condições para a economia europeia responder a processos de crise conjunturais e estruturais, mas também em termos de lidar com os desenvolvimentos do processo de crise real que explodiu na Europa em 2007-2008 e deu origem à chamada “crise da dívida soberana” que prejudicou profundamente as economias mais fracas, como Portugal mas também como Espanha. Em particular, discutimos a questão da eficácia versus esgotamento da política monetária seguida pelo BCE em resposta aos efeitos da crise económica e financeira global na Zona Euro.

 

Citação:

Mendonça, António (2018). “Portugal and the Euro”. Instituto Superior de Economia e Gestão – CEsA/ CSG – Documentos de Trabalho nº 166/2018.


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