Working Paper CEsA/ISEG Research analisa a Global Gateway
Categories
Notícias

Working Paper CEsA/ISEG Research n.º 206/2025 propõe modelo para compreender a dependência dos atores envolvidos na estratégia Global Gateway da União Europeia

O Working Paper CEsA/ISEG Research n.º 206/2025, intitulado Multiplexing Corporate Power: Navigating corporate autonomy in the EU Global Gateway, apresenta o quadro conceptual de “multiplexação de força geoeconómica” para explicar como as corporações processam inputs públicos através de dimensões geográficas, sectoriais, temporais e de rede

As dinâmicas de dependência entre corporações e os diversos atores envolvidos nos projetos da iniciativa Global Gateway, da União Europeia, bem como o impacto dessa relação no alcance de objetivos geoeconómicos, são o foco do novo Working Paper CEsA/ISEG Research n.º 206/2025, intitulado Multiplexing Corporate Power: Navigating corporate autonomy in the EU Global Gateway.

Da autoria de Luís Pais Bernardo, investigador do CEsA/ISEG Research, o estudo analisa três projetos emblemáticos — Corredor do Lobito (Angola), BRT de Dakar (Senegal) e Cidade Industrial Marítima de Lumut (Malásia) — a partir dos quais desenvolve um quadro conceptual inovador que explica como as corporações processam inputs públicos em diferentes dimensões: geográfica, sectorial, temporal e de rede.

Com base nessas interações, o autor identifica quatro “perfis de multiplexador”: autónomo (alta alavancagem, baixa dependência), dirigido (alta alavancagem, alta dependência), limitado (baixa alavancagem, alta dependência) e oportunista (baixa alavancagem, baixa dependência). O estudo mostra ainda que, ao delegar a implementação da iniciativa em atores corporativos, a UE cria bloqueios dependentes de trajetória que podem redirecionar ou comprometer os objetivos originais da Global Gateway.

O Working Paper n.º 206/2025 pode ser descarregado neste link: https://cesa.rc.iseg.ulisboa.pt/publicacoes/working-paper-206-2025-multiplexing-corporate-power-navigating-corporate-autonomy-in-the-eu-global-gateway/

 

Resumo:

A iniciativa Global Gateway da EU depende de corporações para alcançar objetivos geoeconómicos, criando dependência estrutural de atores com capacidade autónoma de transformação. Analisando documentos oficiais e três projetos emblemáticos (Corredor do Lobito em Angola, BRT de Dakar no Senegal e Cidade Industrial Marítima de Lumut na Malásia), desenvolvo um quadro conceptual de “multiplexação de força geoeconómica” que explica como as corporações processam inputs públicos através de dimensões geográficas, sectoriais, temporais e de rede. Quatro “perfis de multiplexador” emergem da interação entre alavancagem e dependência de patrono: autónomo (alta alavancagem, baixa dependência), dirigido (alta alavancagem, alta dependência), limitado (baixa alavancagem, alta dependência) e oportunista (baixa alavancagem, baixa dependência). A EU enfrenta tensão inerente: canalizar prioridades através de corporações de alta alavancagem convida menor dirigibilidade, enquanto atores mais dependentes carecem de capacidade transformadora. Delegar implementação a atores corporativos cria bloqueios dependentes de trajetória que podem redirecionar ou minar objetivos originais.

 

Sobre o autor:

Luís Pais Bernardo é investigador do CEsA/ISEG Research. Atua nas áreas de Ciências Sociais com ênfase em Ciências Políticas.

Clique aqui e consulte toda a Coleção de Working Papers do CEsA

 

Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução


ISEG - Lisbon School of Economics and Management

Rua Miguel Lupi, nº20
1249-078 Lisboa
Portugal

  +351 21 392 5983 

   comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt

Pesquisa

Search