Working Paper CEsA investiga refugiados e desenvolvimento
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Working Paper CEsA investiga a complexa relação entre deslocamento forçado e desenvolvimento humano

A investigação conclui que os fatores mais urgentes para a migração forçada são a violência política, especialmente os conflitos civis, e as alterações climáticas – agravados pelas crises económicas, a insegurança alimentar e danos nas infraestruturas

Como tem evoluído o fluxo de refugiados no mundo? Quais as principais causas dos deslocamentos forçados e quais características partilham os países de origem dos refugiados? Há uma relação entre a migração forçada e o desenvolvimento humano? Essas são as principais questões de investigação exploradas pelos autores Marcela Rocha, mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional (ISEG-Universidade de Lisboa), e o Professor Doutor Eduardo Moraes Sarmento, doutor em Economia com especialização em Turismo, no Working Paper CEsA n.º 121/2025, intitulado A Glance at International Challenges of Refugee Crises in the New Millenium.

O artigo é inovador ao ligar os estudos sobre refugiados e os estudos de desenvolvimento para investigar a relação entre o deslocamento forçado, as suas causas profundas e o desenvolvimento humano. A partir da utilização de uma metodologia qualitativa de estudo de caso, os autores examinaram as saídas de refugiados dos principais países de origem, nomeadamente Afeganistão, Sudão do Sul, Síria, Ucrânia e Venezuela (segundo a ACNUR), para buscar compreender os fatores que impulsionam estes movimentos e o seu efeito para o desenvolvimento.

O Working Paper n.º 121/2025 pode ser descarregado através da coleção do CEsA, disponível para consulta no Repositório da Universidade de Lisboa: https://repositorio.ulisboa.pt/handle/10400.5/97910

Resumo:

O presente estudo investiga a complexa relação entre deslocamento forçado e desenvolvimento humano. Utilizando uma metodologia qualitativa de estudo de caso, este artigo examina as saídas de refugiados de regiões-chave para buscar compreender os fatores que impulsionam estes movimentos e o seu efeito para o desenvolvimento. A investigação conclui que os fatores mais relevantes para a migração forçada são a violência política, especialmente os conflitos civis, e as alterações climáticas – agravados pelas crises económicas, a insegurança alimentar e danos nas infraestruturas. Apesar de não identificar correlações fortes entre deslocamento e desenvolvimento humano (medido através do IDH), exceto para a Síria, o estudo revela que estas emergências são simultaneamente desafios humanitários e de desenvolvimento. As repercussões são mais proeminentes no Sul Global (a origem e o destino de mais de 70% das pessoas deslocadas). As conclusões reiteram a urgência de intervenções integradas que unam iniciativas humanitárias e de desenvolvimento.

Sobre os autores:

Marcela Rocha é mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional (ISEG-Universidade de Lisboa).

Eduardo Moraes Sarmento é doutor em Economia com especialização em Turismo, coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional do ISEG (Universidade de Lisboa), investigador e presidente do CEsA e membro da Comissão Científica do ISEG Research.

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Autor: Comunicação CEsA (comunicacao@cesa.iseg.ulisboa.pt)
Imagens: CEsA/Reprodução

 


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